Populares Mês

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


42.209 espectadores, grande ambiente, muito entusiasmo, muito apoio do público portista, mas também de realçar o forte apoio ao Málaga, por parte de mais de 3000 espanhóis.
Jogo grande, de Champions, intenso, disputado, daqueles que o tempo passa a correr. Porto melhor, muito melhor, numa exibição de qualidade e que justificava, pelo menos, mais um golo.
Entrando forte, concentrado, organizado e pressionante, apesar de algum nervosismo atrás, no início do jogo e por parte de Mangala, o conjunto de Vítor Pereira dominou os 45 minutos iniciais e fez o suficiente para ir em vantagem para o descanso. Não foi, porque apesar de ser dono da bola, procurar atacar bem por ambos os lados, ter jogadas de belo efeito, como disse há dias atrás, falta à equipa portista a contundência no último terço do campo, o poder de fogo que ajuda a desbloquear as situações mais complicadas. Isso e hoje, um Cha Cha Cha, complicativo, abaixo das suas possibilidades e a tentar forçar nas jogadas individuais, quando se pedia toque, desmarcação e objectividade - tem a seu favor ter de lutar contra uma dupla de centrais fortes e que nunca lhe deram tréguas.

A etapa complementar foi muito parecida com a primeira, mas com duas nuances que merecem referência: uma, obviamente, o golo de Moutinho, o melhor jogador em campo - houve outros muito próximos na qualidade exibicional, mas fica mais lá para a frente. Outra, a partir do minuto 75 começou a faltar ao F.C.Porto a frescura física que teve até a esse momento. Normal, primeiro, porque foi a equipa portista que teve toda a despesa do jogo e isso desgasta. Segundo, porque jogos com este ritmo e intensidade são raros no futebol português, isso vira-se contra a equipa azul e branca. E assim, mesmo com técnico portista a mexer bem - apesar de me parecer que Izmaylov devia ter saído primeiro que Varela -, Atsu ter cumprido e James já ter dado um cheirinho da sua qualidade  - Castro entrou já no fim -, já não havia a clarividência, nem a capacidade explosiva para ir mais longe.

De toda a maneira e apesar da superioridade do F.C.Porto merecer mais um golo, foi um resultado que permite encarar a segunda mão com optimismo e sonhar com a passagem aos quartos-de-final. Não vai ser fácil, a equipa espanhola a jogar em casa e apoiada pelo seu público - hoje deu para ver como será esse apoio...-, vai ser um adversário complicado, mas acredito na capacidade, qualidade e experiência do bi-campeão português para seguir em frente. Com o Málaga a ter de correr atrás do prejuízo e para isso ser obrigado a dar mais espaços, acredito na capacidade da equipa portista para marcar, mas para isso temos ser eficazes e aproveitar as oportunidades.

Helton não teve muito trabalho e tirando aquele susto na primeira-parte, quando entregou a bola a um jogador do Málaga, fez bem o que tinha a fazer.
Danilo fez 45 minutos bons, os primeiros; fez cerca de 20 ao mesmo nível; os primeiros da etapa complementar; foi o primeiro acusar desgaste na parte final da partida, baixando rendimento.
Os centrais estiveram em grande plano, Otamendi os 90 minutos, Mangala 85 - os 5 que faltam são os do início da partida.
Alex Sandro, a umas milésimas do Super-Moutinho, na qualidade e durante todo o jogo. É apenas porque ele passou e o nº 8 marcou.
Fernando foi outro que esteve soberbo e todo o tempo.
Lucho, bem, bastante bem, mas a partir de determinada altura, tal como Danilo, caiu na parte final. Quando a meia desce, é o sinal que Lucho já pouco tem para dar.
João Moutinho, o homem do golo, jogo, do jogo e espero, da eliminatória. Trabalhador de grande classe.
Castro sem tempo para fazer nada de relevante.
Izamylov, está a surprender-me. 45 minutos muito bons; os 15 iniciais da segunda-parte, ao mesmo nível; talvez devesse ter saído aí.
Atsu, cumpriu e agitou pela esquerda, foi capaz de trazer bolas para a frente, num altura que a equipa já não queria muito descer até próximo dos Super-Dragões.
Varela, até nem começou bem, mas depois recompôs-se e fez um jogo interessante. Saiu primeiro que Marat, como disse anteriormente, acho que devia ter saído depois.
Finalmente, Jackson. Pelas razões que apontei, acho que não foi o dia do colombiano e no Porto de honra, apenas faltou o Cha Cha Cha do costume. É, talvez esteja a ser um pouco injusto, mas ele é o culpado de ter colocado a bitóla tão alta.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset