Frente a uma frota de autocarros, o F.C.Porto na noite fria de hoje, voltou a dominar totalmente o adversário, a ter uma posse esmagadora - na primeira-parte deve ter sido record mundial, 82-18 - mas voltou a ter as mesmas dificuldades dos últimos jogos. Falta velocidade, falta largura, falta profundidade, falta qualidade de passe, raramente há passes de rotura, falta gente na zona de finalização. Se juntarmos a isso, o facto de jogadores nucleares e desequilibradores - Lucho tantos passes errados; James, tirando a assistência para o 1º golo, só fez asneiras e até falhou um penalty; Moutinho, também não esteve bem; Alex Sandro teve de sair ao intervalo para evitar contrair uma lesão; Atsu desastrado, deu lugar a Varela ainda nos 45 minutos iniciais -, uns bons furos abaixo das suas capacidades, está explicado porque hoje, como aconteceu muitas vezes, no Dragão e principalmente fora de casa, o conjunto de Vítor Pereira ganhou, sem discussão, mas teve de sofrer mais do que o previsto.

O jogo teve uma primeira-parte fraquinha, como disse, com muito domínio portista, mas poucas ocasiões de perigo, apenas uma ou duas oportunidades, daquelas que são mesmo. A segunda melhor, mas só até ao 1º golo. Até chegar ao golo, a equipa azul e branca, sem ser brilhante, foi mais dinâmica, mais pressionante, foi chegando com mais gente à frente, foi encostando o Vitória às cordas, desperdiçou o penalty, mas não desistiu, continuou a tentar e bem, marcou. Depois de chegar à vantagem, vá lá saber-se porque e mesmo a faltar ainda muito tempo para acabar, a equipa parece que respirou fundo, disse está feito, desligou, passou apenas a controlar, sem tentar dilatar a vantagem. É verdade que não sofreu nenhum calafrio, mas não evitou que o conjunto sadino arrebitasse, chegasse algumas vezes à área de Helton e beneficiasse de alguns cantos, felizmente sem consequências. Quase em cima dos 90, Defour que tinha substituído Lucho, marcou o segundo golo e só aí, a vitória ficou garantida.

Resumindo:
Vitória justíssima, exibição fraquita. Mas e isso nesta altura é que importa, conquistamos os 3 pontos, voltamos a encostar no líder e a pressioná-lo. Agora resta-nos esperar para ver o que acontece na segunda-feira.

Helton, Danilo - embora melhor na primeira que na segunda-parte -, Otamendi, Abdoulaye, Mangala e Alex Sandro, exibições bem positivas, se tivesse de escolher um, escolhia o francês, curiosamente, melhor na esquerda que no centro. No meio-campo, bem Fernando, sempre no lugar certo, sempre na mesma rotação, sempre a tentar aparecer na frente, uma boa novidade no seu jogo; em plano inferior Lucho e Moutinho. O capitão pelas razões apontadas em cima. Embora, como teve o mérito de estar no sítio certo e fazer o golo que deu a vantagem... se fosse o caso de haver notas, fazia a nota subir; Moutinho, porque não foi tão influente como o costume, mas também tem algo a seu favor: o facto de sofrido algumas entradas nada meigas; Defour entrou bem e até marcou, um golo numa jogada parecida com a que deu o golo a Lucho, só que do lado contrário.
Na frente, Atsu desperdiçou uma boa oportunidade para mostrar serviço e jogou pouco; ao contrário do seu substituto, Silvestre Varela que entrou bem e fez um bela partida. Jackson sem ser brilhante, cumpriu, não marcou, mas só porque o poste o impediu no último suspiro do jogo. Sobre James só vou acrescentar mais o seguinte:. talvez porque aos melhores se exige muito, não tenho gostado nada do nº10 do F.C.Porto

Notas finais:
No campo não vi se o lance do penalty que James desperdiçou foi ou não, como não vi, ainda estava mais longe, se os lances que o treinador do Vitória reclama, foram ou não bem ajuizados, mas nem me interessa. Nesta fase e pelo que tenho visto, até aplaudia um golo com a mão no último minuto do tempo de desconto.

Alguém que quando se sentiu prejudicado fez uma grande barulheira, reuniu freteiros, recadeiros e afins, ameaçou não disputar a Taça da Liga, romper com tudo e com todos e um patético apelo aos adeptos do Benfica para fazerem boicote a jogos do seu clube fora da Luz, devia ter um pingo de vergonha na cara, estar quietinho e caladinho. Mas seria pedir muito a alguém tão trauliteiro, populista a demagogo como Luís Filipe Vieira. A arbitragem de João Capela, no último Benfica-Sporting, foi um escândalo, uma pouca vergonha, reconhecida por todos e se o presidente do clube do regime fica incomodado que se fale nisso, paciência, aguente e não chore, vai custar, mas é só mais um bocadinho. Quem sabe a partir de segunda-feira o protagonista não tem outro nome e vai de mota?

Neste fim-de-semana, o clube da freguesia da Luz, perdeu em Voleibol, em Andebol, teve um empate que pode ter sido comprometedor no Hóquei. Já agora, espero que continuem assim até segunda-feira...