Terminou com uma goleada e em beleza, a digressão do F.C.Porto pela América do Sul - Venezuela e Colômbia. Foi, pode dizer-se sem qualquer dúvida, um grande sucesso desportivo e social. Não deixamos os nossos créditos por mãos alheias; consolidamos o nosso prestígio; escancaramos portas para voltar; deixamos marcas de rigor, profissionalismo, qualidade, para que naquela zona do Mundo, o F.C.Porto seja cada vez mais uma clube de referência. Há cansaço, certamente, como há desgaste, mas há uma enorme satisfação do dever cumprido. Foi um Porto à Porto!

Apresentando uma nova equipa, Helton, Danilo, Otamendi, Abdoulaye e Alex Sandro, Castro e Josué, Lucho, Kelvin, Jackson e Licá, frente a uma equipa que marcava bem e defendia bem, o F.C.Porto voltou a mostrar algumas das virtudes dos jogos anteriores: dinâmica, pressão, qualidade e já uma boa intensidade de jogo; e melhorou na forma como se organizou defensivamente.
Na primeira-parte, embora dominando e tendo alguns bons períodos, a equipa de Paulo Fonseca teve dificuldades, poucas vezes encontrou espaços, criou poucas oportunidades e só chegou à vantagem num grande trabalho individual de Danilo, sem esquecer o pormaior do movimento de Jackson, que, ao arrastar consigo o defesa que o marcava, abriu uma passadeira azul para o lateral-direito marcar.
Resumindo, ao intervalo, vantagem mínima e justa da melhor equipa, boa réplica dos Millionarios.

Mantendo o mesmo onze que terminou a primeira-parte, o conjunto de Paulo Fonseca entrou muito forte, ameaçou por Kelvin, após excelente jogada de envolvimento, marcou por Danilo, de livre, a castigar falta sobre Jackson à entrada da área, ia decorrido o minuto 52 - sem Moutinho e James, Danilo que já na época passada e por várias vezes, se tinha posicionado, sem possibilidades de bater, esta temporada deve ser o marcador de serviço e que marcador! A vencer por 2-0 e se até aí quase só dava Porto, a partir do minuto 56 e com a expulsão, correcta, de um colombiano, ainda mais Porto deu.
Continuando a jogar e a pressionar bem, mantendo o ritmo, o Campeão português foi dono e senhor do jogo, voltou a marcar ao minuto 72, por Danilo, em mais um livre superiormente marcado. Para que o jogo e digressão terminassem em beleza, Jackson, ao minuto 85, fechou a conta, em mais um golo de bandeira.

Temos muita gente e muita qualidade. Com calma, serenidade, sem bazófia e sem arrogância, mantendo a humildade e low-profile que nos caracteriza, estaremos em condições de lutar pelos objectivos que temos para 2013/2014.

Substituições: ao minuto 60 saiu Alex Sandro para a entrada de Mangala; ao minuto 66 saiu Licá para a entrada de Izmaylov; ao minuto 78 saíram Abdoulaye, Josué e Kelvin, entraram Reyes, Herrera e Ricardo.

Dos novos, Josué e Licá, gostei de ambos. O primeiro, tem um pé esquerdo que escreve, segura, dá, recebe, marca ritmos, procura passes de rotura. Erra passes? Pois erra, mas é ele quem mais arrisca no passe longo, o mais difícil, logo a margem de erro é bem maior.
O ex-Estoril, é daqueles jogadores utilitários e que qualquer treinador gosta. Rápido a atacar, rápido e generoso a vir atrás fechar. Fica a perder no génio para Kelvin ou Iturbe? É verdade, mas há jogos em que este tipo de jogadores é bem mais útil.
Reyes, Herrera e Ricardo, pouco tempo em jogo para mostrar serviço relevante.
Dos mais antigos, quando o colectivo funciona tão bem e todos cumpriram, não vale a pena destacar ninguém. Talvez a capacidade de pressionar alto, do capitão, mereça realce

Vila Pouca - Danilo, cara, você caprichou. Parabéns. 3 golos e grandíssima exibição!
Danilo - Obrigado Vila. Você acha que depois deste jogo, ainda há alguém a questionar a minha qualidade e o meu preço?
Vila Pouca - Danilo, vai sempre haver, mas você não ligue, continue a fazer o seu trabalho como até aqui... a verdade é como o azeite...

PS - O F.C.Porto conseguiu Danilo e Alex Sandro em competição com o Benfica. Imaginemos que tínhamos desistido, porque eram caros e eles tinham ido para a Luz...?