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sábado, 3 de agosto de 2013


Como tinha dito no post de antevisão, o adversário era difícil, o teste era exigente, bom para ver quem é quem, ver o que já está bem, menos bem e o que precisa ainda de ser muito trabalhado. Com dois jogos em apenas 24 horas e atendendo ao grau de dificuldade de ambos, Paulo Fonseca, até porque tinha possibilidades de fazer seis substituições, procurou gerir o plantel de forma a que pudesse ter equipas equilibradas e competitivas, hoje frente aos turcos e amanhã frente aos italianos. Assim, o treinador portista fez entrar de início frente ao Galatasaray: Fabiano, Danilo, Maicon, Abdoulaye e Alex Sandro; Castro Defour e Lucho; Kelvin, Jackson e Varela. Isto é, um núcleo duro capaz de manter a equipa no trilho certo, jogadores que quase de certeza vão iniciar a época a titulares, Alex Sandro, Defour, Lucho e Jackson e Varela, junto com outros que fazem pela vida, gente experiente como Castro, Maicon, Abdoulaye e Kelvin, já que Danilo não pode ser opção frente ao Vitória e Fabiano não coloca em causa a titularidade de Helton. E no teste, pode dizer que o F.C.Porto tem nota positiva na primeira-parte, nota negativa na segunda e um zero na marcação de penaltis. Como esperava, o jogo também permitiu ver que ainda há muito a fazer, que alguns têm de melhorar muito, outros até podem ser muito generosos, ter muita vontade, mas falta-lhe o resto...

Depois de nos 45 minutos iniciais ter entrado a jogar bem e a dominar, com uma boa organização e boa dinâmica; justificar ir para o intervalo a ganhar, pelo menos pela diferença mínima - teve uma oportunidade de oiro para o conseguir, não fora Jackson, ao minuto 18, falhar mais um penalty; e para além disso, nunca ter permitido aos turcos nada de relevante; o F.C.Porto na segunda-parte esteve muito mal, perdeu tudo o que tinha conseguido de bom na etapa inicial. A equipa de Paulo Fonseca nos segundos 45 minutos foi uma equipa desorganizada, desconcentrada, lenta a pensar e a executar; complicativa a sair para o ataque; trapalhona com a bola; incapaz de encontrar as melhores soluções, mesmo quando as soluções pediam coisas simples. E como o Galatasaray não tinha nada a ver com a equipa da primeira-parte... Mantendo os mesmos  jogadores, mas com outra atitude e outra qualidade, o campeão turco passou a ocupar bem os espaços, a marcar melhor, cresceu, ameaçou e marcou, venceu. É verdade que o F.C.Porto ainda podia ter empatado, só que na única ocasião da segunda-parte, Lucho falhou outro penalti, mas esse penalty caiu do céu, foi apenas um fogacho de Danilo que lhe deu origem.

Resumindo:
Perdemos e perder nunca é bom, mas se esta derrota fizer baixar à terra alguma euforia que se instalava; servir para que alguns percebam o que é o F.C.Porto e as responsabilidades de envergar a camisola do F.C.Porto, então até pode ser um mal que vem por bem. Será que se pode falar de injustiça, porque o F.C.Porto falhou dois penaltis? Talvez, mas o Gala foi mais equipa na qualiddae de jogo, na segunda-parte, que o F.C.Porto na primeira.

Como o torneio são dois jogos, análises individuais só no fim do torneio.

Notas para o treinador:
Não percebi a insistência em Jackson para marcar penaltis. Pensei que depois do que se tinha passado na época passada essa questão já estava arrumada. Cha Cha Cha não sabe bater penaltis. Ponto. O que ganhamos com isso? Nada. O colombiano nunca será um marcador de castigos máximos. Mas perdemos alguma coisa: para já e neste jogo, Jackson nunca mais se encontrou, foi uma sombra do que pode e sabe. No futuro próximo, veremos se ele não precisará de algum tempo para recuperar a confiança, ele que estava muito bem.
Com a equipa a perder organização no meio-campo, a ser incapaz de ter bola, segurá-la, precisar como do pão para boca de ter alguém que pegasse na batuta e colocasse ordem na casa, o que fez Paulo Fonseca? Nada. Porquê, quando tinha seis substituições para fazer e só tinha feito duas?
Qual a ideia, com a equipa a perder, de meter Ghilas aos 88 minutos?
Orgulho nos jogadores, depois de uma derrota, dois penaltis falhados e uma segunda-parte fraquissíma? OK, se for apenas para fora...
Parece que tal como os jogadores novos, Paulo Fonseca também precisa de tempo. Da minha parte terá todo, mas cuidado, nem todos são como eu.

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