sexta-feira, 16 de maio de 2014
Faz quarta-feira 11 anos que o F.C.Porto bateu o Celtic por 3-2 e conquistou a Taça UEFA.
Foi uma final com prolongamento, disputada sob um calor tórrido e que o F.C.Porto venceu com muito sofrimento, muito espírito de sacrifício, mas também com muito mérito. Chegámos a essa final depois de eliminar a favorita Lazio de Roma - 4-1 e 0-0 - e entramos no Olímpico de Sevilha sem Hélder Postiga que estava castigado, ele que estava em grande forma e tinha sido muito importante na meia-final; sem o seu possível substituto, Jankauskas, lesionado; Costinha o pêndulo e equilíbrio da equipa, jogador fundamental nas bolas paradas defensivas e ofensivas, jogou preso por arames e teve de sair aos 9 minutos de jogo, entrando Ricardo Costa para lateral-direito e passando Paulo Ferreira para o meio-campo: aos 71, portanto ainda com 20+30 minutos para disputar, Jorge Costa estoirou e teve de sair para dar lugar a Pedro Emanuel. Mesmo com todos os contratempos já referidos, ganhámos essa final, fizemos história, conquistamos a primeira Taça UEFA para o futebol português. Nessa época ganhamos o campeonato e a Taça de Portugal.
Depois de ver tudo o que tem sido dito sobre esta época do Benfica, como devo adjectivar essa época do F.C.Porto? Ou a seguinte em que ganhamos a Supertaça, campeonato e Champions League? Ou a de 2010/2011 em que à Supertaça, o F.C.Porto juntou o campeonato, Liga Europa e Taça de Portugal, nalguns casos com absolutas humilhações ao Benfica? Para quê tantas justificações para explicar o inexplicável, da derrota frente ao Sevilha? Afinal, não tinham aprendido a lição da época anterior? Os processos não estavam tão bem assimilados que qualquer Manel cumpria e bem a sua função? Não andaram a badalar o super-favoritismo de forma arrogante? Agora aguentem e deixem-se de desculpas. Chega de tanto tempo de antena à procura de uma palavra que ninguém tem a coragem de dizer: incompetência! Falta de estaleca para ganhar finais ao mais alto nível. É a apologia da mediocridade, o Portugal dos pequeninos, dos calimeros, da falta de sorte, da triste sina.
Pois, pois, uma petição contra a UEFA. Claro que sim, os parolos somos nós... Complexos de inferioridade temos nós...
Somos diferentes e porque somos diferentes, temos de fazer tudo para manter a nossa marca, a nossa cultura de exigência que demorou muito a construir e a consolidar e é algo que nós, os mesmos de sempre, temos de preservar, de forma alguma, podemos permitir que se perca. A marca F.C.Porto tem de continuar a ser aquela que fez o outrora tão badalado e idolatrado Platini, engolir em seco, dar-nos os parabéns e entregar-nos a taça, passados apenas 3 anos de nos tentar tirar da Champions.
Os tempos estão difíceis, as vacas estão magras, não temos as facilidades de outros, mas temos de criar as condições para voltar a ser PORTO. Épocas como esta têm de ser sempre excepções, aproveitadas para dar passos à frente. É um grande desafio, mas temos de o ganhar. Se fosse fácil ia para lá eu. Virem-se.
Depois falamos do jogo entre F.C.Porto - Barcelona de homenagem a Anderson Luíz de Souza, Deco, a ter lugar dia 25 de Julho no Estádio do Dragão.