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domingo, 3 de agosto de 2014


A menos de duas semanas do primeiro jogo oficial, para o campeonato, frente ao Marítimo e com o play-off da Champions League já na mira, o F.C.Porto deslocou-se a Goodison Park, casa do Everton, 5º classificado da edição 2013/2014 da Premiere League. Era um teste difícil, contra uma boa e bem orientada equipa, um jogo ideal para mostrar a evolução da equipa portista após uma apresentação aos sócios que não correu lá muito bem. E pode dizer-se que já se viram coisas bonitas, períodos de muito bom futebol, a prometer uma época à altura dos pergaminhos e da responsabilidade do F.C.Porto. Há muito talento, há um plantel com qualidade, ainda não há uma equipa, mas estamos no caminho certo, houve uma evolução notória em relação ao último jogo.

Na primeira-parte, o F.C.Porto com Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex Sandro, Rúbem Neves, Evandro e Herrera, Óliver Torres, Adrián e Quaresma, dominou, controlou e atacou mais, a bola esteve sempre mais próxima da baliza do Everton, mas numa caixa monumental de Fabiano, os ingleses, sem saberem ler nem escrever, chegaram à vantagem, claramente contra a corrente do jogo. Durante os 45 minutos iniciais a equipa de Lopetegui tocou, circulou e pressionou bem; sem bola esteve sempre subida, curta, compacta, organizada e equilibrada; apenas faltou ataque - tanto domínio teve pouca correspondência em lances de perigo. Foi esse, para além do erro de Fabiano, o único defeito a apontar à equipa portista.

Na segunda-parte, com as entradas de Jackson e Brahimi desde o minuto 46 e passado pouco tempo, minuto 54, Tello, Quintero e Casimiro, para os lugares de Quaresma e Óliver os primeiros, para os lugares de Adrián, Rúben Neves e Evandro, os segundos, até começou por parecer que a equipa de Lopetegui tinha perdido aquilo que tinha feito de bom na etapa inicial. Mas não, com o golo de Jackson ao minuto 56, após uma grande jogada de envolvência e de um passe açucarado de Herrera que deixou o colombiano em posição privilegiada para marcar, o F.C.Porto tomou conta do jogo, teve um período de grande fulgor, jogadas bem delineadas, Tello, Quintero, Brahimi em destaque, criou perigo, merecia chegar à vantagem. Não chegou. Depois, minuto 76, com as saídas de Maicon, Alex e Herrera para as entradas de Reyes, Josè Angel e Carlos Eduardo, a equipa foi perdendo o controlo do jogo, não consegiu ter tanta posse - não por culpa dos jogadores que entraram, mas porque o conjunto ressentiu-se, a organização abalou -, o Everton arrebitou, chegou-se à frente com mais perigo e Fabiano foi mais solicitado, embora sem lances de golo cantado.
Tudo somado, o empate pode considerar-se justo, mas a haver um vencedor, pela melhor qualidade de jogo, teria de ser o F.C.Porto.

Três notas individuais:
Martins Indi estreou-se e a um nível altíssimo. Certinho, valente, rápido, sempre bem colocado, o inetrnacional holandês mostrou que no centro da defesa ou me engano muito... ou vai pegar de estaca. Tem presença, a comparação com Jorge Costa, feita por Co Adriaanse, é feliz.

Rúben continua a jogar como gente grande, quem não soubesse que tem apenas 17 anos, nem notaria, tal a maturidade com que joga.

Acerca de Fabiano sempre disse que tinha algumas lacunas: principalmente, o jogo de pés; a capacidade para jogar fora da baliza, muito importante num equipa que joga muito subida. Hoje notou-se essa lacuna e de uma forma notória. Era um jogo particular, não houve problemas graves, mas em jogos importantes, jogos, como aconteceu hoje, em que a superioridade do F.C.Porto estava ser flagrante, o guarda-redes não pode, numa jogada sem perigo, cometer um erro desses.
Espero que seja capaz de ultrapassar o deslize e trabalhar essa lacuna grave.
 

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