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segunda-feira, 4 de agosto de 2014


Analisar e perspectivar o que vai na cabeça de Julen Lopetegui para o F.C.Porto 2014/2015, à luz do pouco tempo de trabalho e do pouco que se tem visto, pode ser prematuro, ser um exercício especulativo, mas como não virá nenhum mal ao BES, muito menos ao Mundo...
Não me parece que o 4x3x3 clássico: 4 defesas, 1 trinco, dois médios interiores, 2 alas e 1 ponta-de-lança, possa ter preferência. Vai ser usado em muitos jogos, principalmente naqueles contra equipas muito fechadas e quando o sistema preferido não estiver a resultar, mas nessa altura também pode haver outras nuances, como jogar apenas com 3 defesas, por exemplo. Aquilo que penso estar na cabeça do Mister é um 4x5x1 de muito toque, muita posse, muita circulação, muita gente envolvida e a aparecer perto e na área. Uma espécie de carrossel em movimento, com os laterais subidos,1 pivot, mas com um raio de acção alargado, 4 médios, 2 mais interiores e 2 sobre as faixas e 1 avançado, no caso, Jackson. Aliás por o avançado colombiano não ser estático, daqueles que só fica na área, mas pelo contrário, ser capaz de deambular, receber, segurar, tocar, tabelar, é que o treinador do F.C.Porto quis muito a continuidade de Cha Cha Cha. Para o seu Porto, Jackson é fundamental. Neste momento as coisas ainda emperram aqui e ali, as dinâmicas ainda não são as melhores, ainda é preciso muito trabalho, ainda há espaços mal ocupados e por ocupar, não há automatismos, mas quando o carrossel estiver afinado e a funcionar bem... pode ser complicado para os adversários do F.C.Porto. Há muita gente talentosa, criativa, gente capaz de do nada fazer muito e tudo somado pode resultar num futebol bonito e produtivo. Não é por se ter muitos avançados que se marcam muitos golos. Isto com bola. Sem bola, a equipa, pelo que se tem visto, vai pressionar muito - na primeira-parte do jogo de ontem, mal perdíamos a bola logo a recuperávamos - ou vai baixar para perto da linha do meio-campo, com Jackson como homem mais adiantado e à frente de duas linhas: uma de 5 médios interiores e os alas, outra com os 4 defesas. Na forma como a equipa defende também há muito trabalho a fazer, principalmente porque ficando muito espaço nas costas da defesa, é preciso muita atenção, capacidade para reagir rápido, um guarda-redes que leia bem o jogo e saiba jogar fora da baliza.
Como conclusão:
Há ideias que me parecem boas, há matéria prima para várias soluções alternativas, mas parece-me ser este o pensamento de Lopetegui. O futuro responderá.

Sem euforia excessiva, muito menos com arrogância, até porque o caminho é longo e cheio de obstáculos, sem esquecer que o futebol é fértil em grandes surpresas, há razões para estarmos confiantes e optimistas. Está a nascer um F.C.Porto capaz de corresponder às nossas expectativas e ambições.

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