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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015


A poucos dias de um compromisso importante para a Champions League e sem qualquer margem para errar, sob pena de ficar numa situação muito complicada na Liga, o F.C.Porto que entrou com Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano e Alex Sandro, Casemiro, Herrera(depois Rúben Neves aos 65 minutos) e Óliver, Quaresma(Hernâni aos 87), Jackson e Brahimi(Tello aos 65), venceu com todo o mérito o Vitória, mas o 1-0 é manifestamente escasso. Se na segunda-parte o jogo foi mais equilibrado, mesmo sendo dos Dragões as únicas e claras oportunidades de golo - Maicon, Danilo e Hernâni podiam ter aumentado a contagem -, na primeira-parte só deu Porto, o conjunto de Lopetegui merecia ter chegado ao intervalo com uma vantagem de três ou quatro golos. Não é um exagero dizer que a qualidade da exibição e superioridade que os azuis e brancos exerceram sobre um Vitória atordoado e vergado ao bom futebol portista dos primeiros 45 minutos, justificava que quando as equipas regressaram às cabines, a história do jogo já estivesse contada.

Na verdade, foi um regalo para a vista a forma como o F.C.Porto jogou na primeira-parte, teve tudo que os adeptos gostam a apresentação dos pupilos de Lopetegui nos 45 minutos iniciais, apenas faltou eficácia para que não possa ser apelidada de brilhante. Pressão asfixiante, intensidade alta, largura pelas laterais, variações de flanco, ora da direita para a esquerda ora o contrário, posse, circulação rápida e para a frente, jogadas belíssimas, domínio total, facilidade em chegar à zona de finalização, oportunidades a aparecerem com frequência, faltou apenas metê-las lá dentro. Foi, para mim, a mais exuberante exibição colectiva do F.C.Porto que vi no Dragão esta época. Repito, merecia mais golos a qualidade de jogo dos Dragões até ao intervalo.

Na segunda-parte o Vitória apareceu mais agressivo, às vezes no limite da violência, o F.C.Porto perdeu coesão, algumas das virtudes que tinha exibido na primeira-parte, o jogo ficou mais repartido e com a vantagem a ser mínima, um golo podia surgir e complicar a vida ao conjunto de Lopetegui. Seria uma grande injustiça, mas no futebol quem não marca às vezes sujeita-se a empatar e até perder. Não houve injustiça na conquista dos três pontos, houve nítida injustiça no resultado.

Resumindo: era preciso ganhar, ganhamos, cumprimos a nossa obrigação, estamos provisoriamente a um ponto do líder. Aguardemos o que vai acontecer domingo no Benfica frente ao Setúbal. Embora pelo que vamos vendo e só não vê quem é cego ou desonesto, para os sadinos conquistarem pontos na casa do clube sempre do regime seja preciso um santo cair do altar.

Nota final:
Não tenho dúvidas, com este mesmo árbitro ou outro qualquer, se fosse na Luz, o Vitória tinha acabado o jogo com oito ou nove jogadores. Uma vergonha, mas não uma surpresa, que a entrada, brutal, de Cafú a Casemiro, tenha merecido apenas cartão amarelo. Nem é preciso compararmos com a entrada de Maicon no jogo frente ao Boavista, basta comparar com o jogo de hoje e com os jogadores do F.C.Porto amarelados.
Mas quando a voz do F.C.Porto é apenas a voz do seu treinador, não espanta que a desfaçatez de gentinha e gentalha que arbitra o grande clube nortenho, ultrapasse todos os limites.

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