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sábado, 21 de março de 2015


Dois primeiros a jogar fora e em campos difíceis, na parte que nos interessa, qualquer que fosse o resultado do Rio Ave - Benfica, o F.C.Porto que jogava depois na Choupana, frente ao Nacional, entraria sempre pressionado: no caso de vitória dos lisboetas para não permitir maior vantagem pontual; no caso de empate ou derrota dos da Luz, para encurtar distâncias, ficar a depender apenas de si. O líder perdeu e perdeu bem em Vila do Conde, era uma oportunidade de ouro para os Dragões darem um sinal forte, encostarem ao primeiro-lugar, mostrarem que têm estofo para chegar ao título. Andávamos à espera de um deslize do Benfica há tanto tempo e quando eles deram clamorosamente o flanco, nós não estivemos à altura. Quando tínhamos de comer a relva, se fosse preciso, ir buscar a vitória ao Inferno, não fomos capazes,  desperdiçamos dois pontos e embora agora dependamos apenas de nós, não é a mesma coisa ficar a três ou a um ponto. Podíamos ter dado uma machada na confiança dos vermelhos, podíamos tê-los colocado sobre grande pressão, mas falhamos. Uma desilusão. Seremos capazes de olhar para o aspecto positivo - só dependemos de nós -, ultrapassar este empate comprometedor e ter a crença necessária para chegar ao título? Temos de ser!

Entrando com Helton, Danilo, Maicon, Marcano e Alex Sandro, Casemiro (depois Rúben Neves aos 53 minutos), Herrera e Evandro (depois Quintero aos 65), Tello, Aboubakar e Brahimi (depois Quaresma aos 73), isto é, com a excepção de Fabiano, foi a mesma equipa que tão brilhantemente tinha jogado frente ao Basileia e conseguido o passaporte para os quartos-de-final, o conjunto de Julen Lopetegui fez uma primeira-parte razoável e uma segunda fraca, podia ter ganho, mas o empate aceita-se.
Nos 45 minutos iniciais, sem ser contundente, nem tão dominador como em outros jogos, tendo dificuldades em entrar e criar perigo no último terço do campo, mérito do Nacional, o F.C.Porto foi superior, colocou-se em vantagem numa grande jogada individual de Tello e chegou ao descanso por cima no marcador e atendendo à altura em que marcou, minuto 45, com um suporte moral muito importante.

E no início da etapa complementar, com o livre de Maicon à barra, até parecia que tudo iria correr bem. Mas não correu. A equipa perdeu qualidade, intensidade, com a saída de Casemiro e a entrada de Rúben, organização e equilíbrio, os madeirenses começaram a criar problemas, conseguiram chegar ao empate aos 62 minutos. Reacção dos portistas, Danilo ao poste e Aboubakar a obrigar Gottardi a grande defesa, podiam voltar  acolocar o F.C.Porto por cima, como também o Nacional podia ter chegado à vitória quando Lucas João falhou uma boa oportunidade. Não chegou e o jogo terminou empatado, com os nacionalistas contentes e os portistas sem esconder uma certa frustração.

Se no jogo frente ao Arouca porque o Basileia tinha sido há poucos dias e cedo ficamos com menos um, a exibição não podia ser muito famosa, hoje não há razões para que não tenha estado na Choupana um Porto diferente em quase tudo, um Porto à altura do que andava a fazer nos últimos jogos.

Se Quaresma, mesmo entrando mais tarde, entrou bem e com o espírito correcto, já Quintero desperdiçou mais uma oportunidade de mostrar serviço. Não é assim que se diz ao treinador que está errado, se justificam mais oportunidades.

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