Populares Mês

sábado, 11 de abril de 2015


Sem qualquer margem para errar e sem tempo para pensar no Bayern que está à vista, o F.C.Porto deslocou-se  a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave que no último jogo em casa tinha conseguido a proeza de derrotar o líder e só tinha uma alternativa: ganhar. Não admira por isso que Lopetegui tenha feito entrar aquela que é a equipa mais forte do momento, Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano e Alex Sandro, Casemiro, Óliver e Herrera, Quaresma, Aboubakar e Brahimi. Era um sinal claro dado pelo treinador da importância do jogo, era também uma manifestação de coerência, como que dizer na prática, aquilo que tinha dito na teoria: só pensámos no Rio Ave, o Bayern vem depois. E tirando os primeiros cinco minutos em que a equipa de Pedro Martins beneficiando de ter o vento pelas costas e de alguma dificuldade de adaptação a esse factor por parte do F.C.Porto, pressionou, atrapalhou a fase de construção da equipa portista, criou dificuldades. Depois desse período os Dragões começaram a tomar conta do jogo, a recuperar e a sair rápido para o ataque, aproximarem-se com perigo da baliza de Ederson e após cruzamento de Quaresma na direita, Brahimi fez um golo que, inexplicavelmente, o árbitro invalidou, num dos mais escandalosos erros que tenho memória. Incrível! Apesar desse autêntico crime de lesa futebol, não se deixou perturbar o conjunto de Lopetegui, que continuou a jogar bem, a trocar bem a bola e ora atacando pela direita ora pela esquerda e, hoje, envolvendo muitos jogadores em jogadas ofensivas. Esperava-se a qualquer momento o golo do F.C.Porto, tal era o domínios dos azuis e ele podia ter acontecido 14 minutos quando três jogadores, Brahimi, Óliver e Quaresma, todos em excelente posição, não conseguiram desfeitear o guarda-redes vilacondense; podia ter acontecido depois quando Aboubakar em dois lances quase consecutivos e tendo dois colegas bem em boa posição para ficarem na cara do golo, errou os passes e as jogadas perigosas perderam-se. Mas quem joga assim, quem cria tanto perigo, mais tarde ou mais cedo, só por muito azar  não chega ao golo. E assim foi. Mais uma boa jogada, Quaresma remata à barra, a bola sobra para Danilo, o capitão e número 2 a ser derrubado, penalty bem assinalado e exemplarmente marcado por Quaresma, Porto em vantagem, mais que merecida.
Conseguido o mais difícil, que Porto a partir daí, atendendo ao que tem acontecido em alguns jogos e com a Champions à porta? Um Porto a manter a dinâmica, a pressão, a concentração e a qualidade, atento à reacção do Rio Ave e na procura do segundo golo? Ou um Porto apenas preocupado em controlar e a facilitar a vida ao adversário, como aconteceu na Madeira frente ao Marítimo? Tirando um ou outro erro, algumas perdas de bola, Herrera, principalmente, mas um Porto atento, determinado, nunca deixando de tentar aumentar a contagem. Que aconteceu em cima do intervalo e com o golo de Danilo, grande golo diga-se, fez-se justiça, F.C.Porto com dois golos de vantagem, tudo bem encaminhado para sair de Vila do Conde com os três pontos. Mas era preciso não abrandar, não relaxar, um golo do Rio Ave podia relançar o jogo e não convinha nada, por todos os motivos.

Mantendo os mesmos jogadores para os segundos 45 minutos, F.C.Porto entrou bem, a atacar logo com perigo, um sinal que indiciava que a equipa vinha desperta das cabines. E foi assim, se a equipa não atingiu o brilhantismo dos primeiros 45 minutos, tirando um lance de Jebor, quando o Rio Ave reduziu a vantagem, não tinha feito muito para isso, apesar de algum adormecimento natural - Bayern no pensamento -, o F.C.Porto podia antes ter matado o jogo. Sem Quaresma substituído por Hernâni e com o golo de Tarantini, as coisas podiam complicar-se, os vilacondenses acreditaram, reagiram, mas nunca estiveram perto do empate. Lopetegui mexeu, retirou Brahimi e meteu Rúben, acautelou-se, a equipa ficou com mais gente no meio-campo, não permitiu grandes veleidades e quando Hernâni fez o 3-1, o jogo ficou decidido e bem para o conjunto da Invicta. Evandro só entrou para marcar o ponto.

Resumindo, magnífica primeira-parte do F.C.Porto que chegou ao intervalo com uma vantagem escassa para o seu domínio e a sua qualidade de jogo. Uma segunda pior, já com muita Champions na cabeça, mas sem colocar em causa uma vitória claramente justa.
Era preciso ganhar, ganhámos e sem discussão, estamos aí na luta pelo título.

Como é possível invalidar este golo de Brahimi?

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset