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segunda-feira, 21 de setembro de 2015


É verdade que o F.C.Porto tem melhor plantel que o Benfica, não precisam de nos andar constantemente a dizer, nós portistas sabemos isso muito bem. Mas também sabemos bem das condicionantes do jogo de ontem e também que um jogo é sempre um jogo, num jogo tudo pode acontecer, nem sempre ganha o melhor. E equipas grandes que se comportam no Dragão como equipas que apenas lutam para não descer, estamos nós cansados de ver... Aliás, foi assim na época passada que o clube do regime venceu no Estádio do F.C.Porto. Limitando-se a aproveitar duas abébias da defesa portista, guarda-redes incluído e depois contando com toda a sorte do jogo. Tem piada, nessa altura só loas para o Mestre da Táctica, ninguém falou do resto, já na vitória portista de ontem, segundo Vítor Serpa, o Pastel de Belém - não foi só ele a analisar assim...-, tudo se resume: "A uma dádiva de Santo André que salvou Lopetegui." A análise do director, entre aspas, do panfleto da queimada é distorcida, desonesta, eivada de  má-fé.
Não vou repetir os problemas e as dificuldades que atrapalharam a preparação do F.C.Porto para o clássico, faz parte das regras do jogo, mas, primeiro, esquecer o facto na equipa de Lopetegui que iniciou o jogo de ontem, apenas TRÊS jogadores, eram, pode dizer-se, titulares indiscutíveis na temporada anterior: Maicon, Marcano e Brahimi; enquanto o Benfica tinha SETE: Júlio César, Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris, Jonas, Gaitán; e depois, não valorizar a forma assertiva como o técnico do F.C.Porto mexeu para ganhar, dizendo que o treinador não arriscou nada, como se um treinador só arriscasse tirando um defesa e metendo um avançado, por exemplo, é de bradar aos céus. Um mete um jogador no tempo de descontos, esse jogador é derrubado, penalty, golo, vitória quando o relógio já marcava 90+7. Treinador genial. Outro, vai metendo jogadores para ganhar, as entradas melhoram o rendimento da equipa, ganha a quatro minutos do fim, quando teve oportunidades soberanas para marcar bem antes, milagre de Santo André. Pobre e triste, Pastel de Belém, vermelho por dentro e azul por fora, por mais que tentes, a azia é indisfarçável.
Claro que esperávamos mais na primeira-parte; claro que ainda há muito a melhorar, em particular no meio-campo e como diz um amigo meu, no posicionamento de Imbula; mas esta vitória e a forma como ela foi construída, é um bom indicativo para o futuro. Como não me canso de dizer, quando não é possível com uma exibição de grande qualidade, temos de ser capazes de procurar ganhar na raça, crença... Ontem fomos melhores, quisemos mais ganhar, ganhámos com justiça. Não fizemos uma exibição brilhante, é verdade e até começamos bem, só que depois ficámos intranquilos, confusos, trapalhões, individualistas, mas daí aos exageros que têm apenas por objectivo cozinhar Lopetegui em lume brando, vai uma grande diferença. Dois exemplos paradigmáticos: Rúben Neves não jogava porque Lopetegui tinha prometido a titularidade a Danilo. Nota-se... Varela foi castigado, estava arrumado, ia ser ostracizado. Ontem entrou e como foi importante... Ah e o protegido de Lopetegui, o espanhol Tello, até tem jogado bem pouco, o mesmo amigo que falou na posição do Imbula, até diz que Tello tem de jogar muito mais, é um jogador que dá profundidade, não podemos ter nas alas dois jogadores parecidos, Corona e Brahimi. Outro ah, a primeira-parte como disse e repeti, até não foi nada famosa, mas aquele onze que entrou de início, não era o que 95% dos portistas queriam?
Continuo na minha, ou sabemos distinguir aquilo que são análises sérias, críticas objectivas, do deita abaixo e perseguição ao treinador do F.C.Porto que grassa por aí, ou teremos mais dificuldades em atingir o sucesso pretendido.

É preciso proteger o talento.
André Silva é um jovem de apenas 19 anos, talentoso, com um potencial enorme e que em condições normais o levarão à titularidade no F.C.Porto e na selecção portuguesa tão carenciada de pontas-de-lança de qualidade. Por isso, se por um lado todos temos consciência que o futebol é um jogo de choques, de contacto, onde podem acontecer lesões graves; e não esperamos que estendam uma passadeira ao nosso jovem avançado; por outro, entradas brutais, claramente às pernas do jogador, como foi o caso do jogador Duarte Machado no jogo da Tapadinha entre o Atlético e o F.C.Porto B, devem ser sancionadas sem qualquer contemplação e com cartão vermelho directo. Espero que o que aconteceu sirva de exemplo, o artista que dirige os árbitros aproveite o lance para fazer pedagogia junto dos homens do apito e no futuro, entradas daquelas sejam penalizadas em conformidade com a lei. Foi sofrendo entradas semelhantes àquela que sofreu ontem André Silva, que um dos melhores do futebol mundial, Marco van Basten, terminou prematuramente a carreira.

Notas finais:
- Parabéns, Carlos Daniel, benfiquista de Paredes, pelo profissionalismo, rigor e noção do que é importante noticiar. Eleições gregas, refugiados, abertura do ano escolar, campanha eleitoral e só depois, às 13:45, é tempo de falar da vitória do F.C.Porto no clássico de ontem. Merece o nosso grande aplauso. Nós portistas temos a certeza absoluta que se o Benfica tivesse ganho no Dragão seria a mesma coisa.

Continuo a dizer que Maxi levou injustamente um primeiro cartão amarelo, no lance que os entendidos acham que era amarelo, mas o árbitro não mostrou, o jogador do F.C.Porto tenta apenas jogar a bola, faz um corte em desequilíbrio, não tem qualquer intenção de derrubar Jonas. É verdade que lhe toca, mas toca-lhe ao de leve, o jogador do Benfica habituado ao colinho que leva os juízes a sancionarem os adversários ao mínimo gritinho esganiçado, faz teatro e por isso, lance correctamente analisado por Artur Soares Dias.

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