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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016


Quem é apaixonado pelo F.C.Porto, obviamente, não gosta dos espectáculos proporcionados pela sua equipa; de perder com o Arouca; de sofrer para vencer o Moreirense e o Belenenses; de ficar fora da Champions de uma forma inglória; dar uma imagem pobre, longe da imagem de força e poder que dava e não faz muito tempo, na eliminatória frente ao Borussia de Dortmund; etc., etc., etc. Eu não fujo à regra, também não gosto, sofro pra carago! Mas em vez de andar constantemente a dizer que gastamos milhões em jogadores e tostões em treinadores; que temos o pior plantel dos últimos anos; que nunca gastamos tanto e temos um plantel tão fraco e desequilibrado; que fulano é o pior jogador a história do F.C.Porto ou beltrano até devia pagar para vestir o Brasão Abençoado - viva, Pedro Marques Lopes...; até porque agora não adianta nada, não vou por aí. São estes que temos, são estes que temos de apoiar e ajudar para ganhar, prefiro valorizar aquilo que temos conseguido. Por exemplo, depois de tantas críticas ao facto de não ganharmos em Lisboa, já lá vão três consecutivas; de, apesar de a certa altura tudo parecer perdido, neste momento até podemos dizer que ainda estamos na luta, se ganharmos em Braga - não me venham  com a mesma conversa de se jogarmos como em Belém não temos hipóteses. Já tinham dito isso antes do jogo da Luz... Cada jogo tem a sua história... -, vão ter de contar connosco até ao fim; o trabalho de Peseiro, que em condições muito difíceis(*) tem mantido a chama e a esperança - se bem se lembram, para alguns e não faz muito tempo, mesmo o terceiro lugar estava em causa.

(*) - Em condições normais, não é fácil substituir um treinador a meio da época, pior se a sequência de jogos, praticamente sempre de três em três dias, não permitir um trabalho com o mínimo de condições. Para além disso, José Peseiro herdou uma equipa psicologicamente muito em baixo, um modelo de posse trabalhada, sistematizada e que não privilegiava as saídas rápidas, o mínimo risco e sendo assim, implementar ideias novas, não direi uma antítese, mas quase, não é fácil, é difícil. Principalmente se a equipa, muito por força do trabalho que era feito anteriormente, não tem capacidade física para de repente passar a ter de correr muito mais, durar muito mais, quando tenta pressionar alto, sem bola, recuperar - não é uma crítica, é uma constatação. Com o modelo de posse de Lopetegui, uma equipa não precisa de correr tanto, ter ritmos altos, capacidade de explosão... Se a isto juntarmos, lesões, castigos, Maiconadas, rapidamente, se estivermos de boa-fé, só temos de elogiar o trabalho de José Peseiro... mesmo que, como acontece com todos os treinadores, falhe aqui e ali, tome opções que não seriam as nossas, faça substituições que muitas vezes não concordamos. Tempo é coisa que não temos, margem para errar também não, por isso, disse há dias e repito agora: com menos jogos, mais horas para treinar colectiva e individualmente, será em Maio que o balanço deve ser feito do trabalho do treinador, se alguns jogadores têm ou não condições para servir um clube com a dimensão e exigência do F.C.Porto. Quando uma equipa funciona bem, é colectivamente forte, tem processos bem trabalhados e consolidados, exagerando, até um perna de pau parece um craque.
Com o Gil Vicente, com o devido respeito, a não atrapalhar, Braga pode ser o fim, mas sem decidir nada, também pode significar algo que há pouco tempo considerávamos irrealista e impossível.

Não me revejo em muitas coisas que se passam no F.C.Porto e delas tenho dado conta no Dragão até à morte e não só... mas não preciso de faltar ao respeito a ninguém, fazer piadas de mau gosto, insultar ou denegrir a imagem de ninguém, de repente perder a memória. Por isso, acho natural que tendo o F.C.Porto uma SAD e a servi-la em diversas áreas, profissionais e bem pagos, que haja uma exigência superior há que existia no passado, quando os dirigentes eram amadores. Mas tendo o F.C.Porto eleições a breve prazo e como tudo indica, sendo mais uma vez Jorge Nuno Pinto da Costa, candidato único, expliquem-me: o que ganhará o F.C.Porto com estas críticas sistemáticas em que de repente tudo está mal, nada se aproveita. Se querem mudanças têm de fazer mais que ser muito activos, mas apenas em blogs, sites, redes sociais...

Mais uma Vieirada para animar a malta
Se não conhecessemos o presidente do Benfica e o que aquela casa gasta; ou se fossemos comerciantes de papel como Vítor Serpa e precisássemos de vender jornais, até podíamos ser levados a pensar na bondade do discurso de Luís Filipe Vieira quando diz: «Podemos continuar a aceitar aqueles que fazem da divisão, do conflito, da intimidação o seu modo de vida, e achar que o futebol português pode sobreviver a isso. Ou, então, temos de rejeitar tudo isto e exigir comportamentos orientados pela ética e pela responsabilidade. O Benfica está aqui e entende que não pode valer tudo. Todos nós temos a obrigação de fazer crescer o futebol em Portugal, de o projetar como produto de excelência, de o valorizar a nível internacional, e isso obriga-nos a ter de combater o fanatismo mais agressivo e mais primário»; mas como conhecemos bem Vieira e sus muchachos e não precisamos de vender a alma ao diabo para vender nada; a conversa de Vieira para nós é, como dizem os brasileiros, conversa para boi dormir. Viera é o paradigma do olhem para o que eu digo, não olhem para o que eu faço. Basta ver o que dizem e fazem, não, simples adeptos como eu ou outros, mas um vice-presidente do Benfica, como Rui Gomes da Silva, ou os assalariados do clube do regime, Pedro Guerra e João Gabriel - o almoçinho ou terá sido jantar, com o director da lixeira da manhã, já começou a render, não é Gabi? Promiscuidade? Não. Amizade; aquilo que constantemente se passava na Benfica Tv; e mesmo as já aqui muito realçadas e repetidas declarações do próprio Vieira; para concluirmos que aquele discurso do presidente do Benfica é pura conversa da treta. Se Vieira quer ser levado a sério, olhem, que comece por por ordem na sua casa, impeça que os fanáticos e pirómanos do seu clube, diariamente nos brindem com discursos do mais puro fundamentalismo e constantes faltas de respeito. Até lá, bem pode Vieira vir com falinhas mansas, fazer discursos muito bonitos, dar ares de estadista. Só o levará a sério gente com interesses particulares ou os adeptos do seu clube. Já agora e para terminar: porque só diz agora que quer que Slimani jogue e não disse muito antes, já que o problema arrasta-se há meses? Será que foi porque o Conselho de Justiça devolveu os processos de Jardel e Eliseu ao Conselho de Disciplina? Será porque se o avançado do Sporting fosse castigado, agora, o escândalo seria enorme, não havia OMO capaz de limpar a pouca vergonha e definitivamente ficaria demonstrada a velha teoria de Vieira, já estou a fazer as coisas por outro lado?
 

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