Populares Mês

sábado, 4 de março de 2017


À procura da oitava consecutiva, frente a um adversário abaixo da linha de água e com muito mais a ganhar que a perder neste jogo, o F.C.Porto não podia facilitar, entrar relaxado, desconcentrado, pensar que os 3 pontos estavam garantidos. Não, não há jogos fáceis a priori, há jogos que se tornam fáceis pela atitude, determinação, qualidade de jogo, vontade de rapidamente fazer acontecer, não ficar à espera que aconteça. O F.C.Porto na noite de hoje fez um grande jogo, tornou-o fácil, porque começou por respeitar o adversário e depois, mesmo com uma vantagem confortável e a vitória garantida, respeitou o público.
Foi o oitavo triunfo consecutivo, a maior goleada do campeonato até ao momento, uma manifestação de força que deu mais um forte sinal para a concorrência.
Quando é acusado de coagir, podemos concluir que foi coacção de alto nível, com nota artística. É desta coacção que eles têm medo, é este Porto cada vez melhor que tanto os assusta.

Com Casillas, Layún - no lugar do castigado Maxi -, Felipe - de regresso após castigo no de Boly -, Marcano e Alex Telles, Danilo, Óliver e André André, André Silva - no lugar do lesionado Corona -, Soares e Brahimi, o conjunto de Nuno Espírito Santo construiu a goleada através de Óliver Torres aos 31 minutos, Brahimi aos 45, André Silva aos 51, Soares aos 55, Layún aos 63, Soares bisou aos 71, André Silva não ficou atrás e conseguiu o mesmo ao minuto 89.
Na equipa do F.C.Porto ainda jogaram Diogo Jota que entrou para o Lugar de Danilo ao minuto 66, Otávio para o lugar de Brahimi ao minuto 72 e João Carlos Teixeira substituiu André André para jogar o último quarto-de-hora.

Na primeira-parte e depois de 4 minutos prometedores, em que ganhou três cantos e parecia querer jogar no campo todo, o Nacional recuou, colocou todos no seu meio-campo, durante um período que durou cerca de 20 minutos, o F.C.Porto teve muita bola, mas esteve lento a pensar e a executar, não encontrou as melhores soluções e o melhor caminho para chegar à baliza de Adriano. O problema estava na falta de capacidade para romper de Óliver e André André, na falta de alguém na direita que fizesse o que Brahimi fazia na esquerda - André Silva aparecia lá, mas não é um extremo, tinha dificuldades em desequilibrar. A partir dos 25 minutos os Dragões aumentaram o ritmo, começaram a chegar na frente com mais critério, veio o golo de Óliver e a partir daí os azuis e brancos soltaram-se, conseguiram encontrar mais espaços, ameaçaram e voltaram a marcar no último minuto antes do descanso, num excelente golo de Brahimi.
Fez-se justiça, dois golos de vantagem ao intervalo eram o corolário lógico de um domínio e uma superioridade da equipa de Nuno Espírito Santo. É verdade que a máquina começou e manteve-se emperrada durante algum tempo, mas depois entrou nos eixos, foi para o intervalo com a tranquilidade de uma diferença que se não era decisiva, era muito importante.

Para a segunda-parte era fundamental não adormecer, manter a atitude e a concentração, ir rapidamente à procura do terceiro. E foi o que aconteceu. Aumentando a vantagem logo aos 6 minutos, o F.C.Porto arrancou para uma exibição de grande de grande qualidade, encostou o Nacional às cordas, chegou aos sete, podia ter chegado à dezena. Para isso muito contribuiu o facto da equipa nunca ter abrandado, relaxado. Pelo contrário, numa atitude que se aplaude, apesar do avolumar do marcador, equipa de NES continuou a pressionar, conseguia recuperar rapidamente a bola, na posse da redondinha, atacava bem, ora pelos flancos ora pelo meio, num turbilhão que destroçou a organização defensiva de um Nacional que nunca encontrou a solução para travar Brahimi e companhia - também porque quem entrou não quis ficar atrás e entrou com vontade de mostrar serviço, manteve a dinâmica e o ritmo.
O jogo terminou com o público portista entusiasmado e a aplaudir a belíssima exibição da sua equipa.

Agora é preciso ter os pés no chão, não embandeirar em arco, perder a humildade. O caminho faz-se caminhando. Mas que neste momento e a cada jornada que passa, é clara no universo que torce pelo F.C.Porto a convicção e a crença que em Maio, mês do coração, o coração que vai festejar tem duas cores, azul e branco.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset