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sábado, 15 de abril de 2017


Ontem o Benfica ganhou e aumentou a vantagem em relação ao F.C.Porto para 4 pontos - sem esquecer que o Sporting também venceu, diminuiu a desvantagem e ficou a 4 pontos do nosso 2º lugar que dá entrada directa na Champions League; sábado há um derby em Alvalade, talvez a última possibilidade para o clube do regime ceder e permitir a ultrapassagem. Portanto, a priori, o jogo desta noite na "Pedreira" era para os Dragões, o JOGO, fundamental por isso conquistar os 3 pontos, voltar a encostar no líder.
Com um quadro destes pela frente, esperava-se um Porto forte, intenso, convicto, determinado a fazer acontecer desde o início do jogo, um Porto que não ficasse à espera que o triunfo caísse de maduro. Esperava-se uma postura de verdadeiro candidato ao título na prática e não apenas na teoria das palavras. Mas mais uma vez, o F.C.Porto falhou e a sensação é que falhou porque o seu treinador persiste a não entrar com a equipa natural, aquela que se adapta melhor às características dos seus jogadores. Continuo a bater na mesma tecla e não saio disto.
Agora tudo ficou mais difícil, um simples empate do líder podia permitir uma ultrapassagem, agora só uma derrota e pode não chegar. Três jogos em que era necessário mostrar estofo, fica a sensação que o estofo ainda é pouco, mas o pior é sentir que o que falta ou faltou, nem é tanto dos jogadores que dão tudo, têm carácter a nunca deixam de tentar.

Entrando com Casillas; Maxi, Felipe, Marcano, Alex Telles; Danilo, André André, Óliver; Brahimi, André Silva e Soares, o F.C.Porto entrou mal, nervoso, desconcentrado, precipitado - quem pegou na bandeira foram Danilo e Felipe -, como consequência aos 5 minutos sofreu um golo. Em desvantagem e frente a uma equipa que disputava todas as bolas como se fosse a última e com isso obrigava a pensar e executar rápido, coisa que raramente aconteceu, o conjunto de Nuno Espírito Santo pouco incomodou a baliza bracarense. Se a isso acrescentarmos que com André Silva a equipa estava coxa do lado direito, o F.C.Porto, tinha mais bola, mas o jogo dos Dragões não era fluído, daí não saía nada de útil, os azuis e brancos nunca se conseguiram encontrar. Por isso, mesmo defendendo mais que atacando, o Braga era mais perigoso - uma cabeça que saiu perto do poste; um toque na cara de Casillas que quase seu golo e um penalty por mão de Óliver, que Pedro Santos desperdiçou no último minuto do tempo de descontos, fazem com que a vantagem da equipa de Jorge Simão fosse justa ao intervalo.

Mesmo que os problemas que afectavam a sua equipa fossem notórios, NES entrou com o mesmo onze para a etapa complementar. Só que os defeitos persistiam, André André continuava curtinho e Óliver desastrado, Soares e André Silva para além de não estarem bem, nunca recebiam a bola em condições, só Brahimi ia remando contra a maré. Era preciso mexer, arriscar e assim foi: aos 55 minutos o treinador do F.C.Porto tirou Óliver, meteu Corona, a equipa passou a jogar com 4 defesas, 2 médios e quatro avançados. O mexicano entrou muito bem, começou por colocar a bola na cabeça de Brahimi, que sozinho desperdiçou, mas não demorou muito tempo até aparecer o empate, que já era mais que se justo. Canto na direita de Alex Telles, Tiquinho Soares de cabeça subiu e igualou a partida. Faltava meia-hora para terminar, tempo mais que suficiente para dar a volta completa ao resultado. Mas se era importante marcar para ganhar, para chegar à vitória não podia haver sofreguidão, só coração, era preciso organizar, era preciso cabeça, não dar hipóteses ao Braga de num contra-ataque marcar, deitar tudo a perder. E se é verdade que até final nunca o Braga criou perigo, contentou-se com o empate - caíram para o 5º lugar, mas festejaram em grande. Todos sabemos porquê... -, o F.C.Porto dominou, mas apesar do domínio, raramente conseguiu oportunidades flagrantes, a mais flagrante foi já na parte final, com Danilo a cabecear como defesa, quando se pedia uma cabeçada à avançado. E não há muito mais a dizer... apenas acrescentar que Herrera não trouxe nada de importante à equipa, idem para Ótavio, mas quem entra a poucos minutos do fim, só por milagre pode alterar os acontecimentos. E que Brahimi foi expulso, já no banco, o que também foi muito mau.
Mais uma vez não faltou apoio, milhares de portistas fizeram-se notar e de que maneira na "Pedreira". Continuam dar muito mais do que recebem. ´E fiquemos por aqui...

Nota final:
A desfaçatez e falta de vergonha é tanta que José Mendes, Secretário de Estado do Ambiente, não se inibiu de festejar exuberantemente o golo do Braga na tribuna do estádio.

Uma Santa Páscoa para todos
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