Populares Mês

sexta-feira, 28 de julho de 2017


Sérgio Conceição no final do jogo de ontem:
«Sou perfeccionista, gosto de estar perto da perfeição. Não gostei dos últimos 20 minutos da primeira parte. Não digo isto armado em treinador. Não gostei dos últimos minutos. Deixámos de fazer bem o que estávamos a fazer. É preciso criar dúvidas no adversário, sempre. É preciso grande mobilidade, mudanças de ritmo...»

Como sabem todos os que vêm aqui beber uns copos, não gosto de treinadores que douram a pílula, parece que têm medo de dizer, ganhamos, mas houve coisas que não me agradaram, não devemos repetir, temos de melhorar rapidamente, até costumo dar exemplos, como os de Zidane, Mourinho ou Allegri, treinadores que batem nos seus jogadores mesmo quando o resultado até é bom, mas a exibição foi fraca. Por isso recebi com agrado a declarações de Sérgio Conceição, no final do jogo, realçando os espectos positivos, mas não se inibindo de críticar alguns períodos da exibição portista, após uma goleada, mesmo que estejamos no início da época, as pernas pesem, o cansaço acumulado se faça sentir, a cabeça não raciocine tão rapidamente e tão bem como seria desejável.
Muito bem, Sérgio!

Quando se ganha e de goleada, como foi o caso de ontem, normalmente tende-se a valorizar o que esteve bem, esquecer o que esteve mal. Não foi o que fez o treinador do F.C.Porto e gostei que o tenha feito. Significa que fez o diagnóstico correcto, não ficou eufórico com a goleada, foi capaz de apontar erros. E houve alguns que foram notórios. A forma de jogar do F.C.Porto pede rapidez de pensamento e processos simples, qualidade na execução e na primeira fase de construção, particularmente através de Danilo, houve lentidão, passes errados, a saída não aconteceu como devia. Uma equipa que se solta rapidamente e ataca com muita gente, incluindo laterais bem projectados, tem de ter qualidade de passe, especialmente no chamado trinco, jogador que tem muita bola. Uma demora no passe pode permitir pressão, desarme, apanhar a equipa desequilibrada, dar origem a um contra-ataque fatal. Idem para um passe errado, principalmente se for parar a um adversário - sem esquecer que se a equipa na zona central do meio-campo, não passa e circula bem, tende a hesitar, arrisca menos no passe longo, joga curto, mastiga, frente a equipas fechadas isso pode fazer toda a diferença entre aproveitar um espaço ou o espaço ficar coberto, criar ou desaproveitar uma possível oportunidade de golo. Há muitas coisas boas neste Porto versão 2017/2018 - por exemplo: pressão alta e de forma organizada; dinâmica bastante aceitável; mais pragmatismo, objectividade e verticalidade na circulação e na procura da baliza adversária; mais gente a aparecer na zona de finalização... E há alguns defeitos a corrigir, aqueles apontados anteriormente, algum individualismo que persiste em Brahimi e Corona, dois jogadores que começam a entrar na fase do ou dá agora...

Com menos cansaço e mais tempo de treino, essas lacunas, espero tendam a diminuir, mas para mim é óptimo que Sérgio Conceição tenha percebido onde estão alguns dos problemas, tenha tido o à vontade para falar deles, mesmo publicamente, sem qualquer receio. Conquista-se o grupo pela qualidade de trabalho/competência, pela forma justa, equilibrada, respeitosa e frontal como se tratam os profissionais, sejam os chamados craques, sejam aqueles menos badalados, mas sempre com exigência, elogiando ou criticando conforme as circunstâncias. Claro  que se pode ter toda a gente contente assobiando para o lado, não fazendo ondas, tendo medo desagradar ou ferir susceptibilidades e há quem tenha essa forma de liderar. Tenho é muitas dúvidas que assim se tenha sucesso. Como tenho muitas dúvidas que se tenha sucesso com um grupo cheio de primas donas, incapazes de aguentar uma reprimenda, desde que ela seja feita dentro do respeito referido ou com meninos que não aguentam um ou outro assobio.
O F.C.Porto está há demasiado tempo sem ganhar e os seus profissionais até nem se podem queixar muito...

O ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira, vai exercer nesta época as mesmas funções no futebol grego. Que vá à vidinha dele e não volte tão cedo, é o meu desejo. Mas sobre o que li das declarações que fez nos últimos dias,duas notas:
Disse Vítor Pereira que com ele a liderar a arbitragem não foi apenas um clube que ganhou...
É verdade, mas se formos comparar a postura dele em relação às queixas de uns, com as queixas do outro, concretamente, o clube do regime, nem é bom falar, como não é bom falar do seu comportamento em relação a vários árbitros, aqueles que não agradavam ao Benfica, com Marco Ferreira a ser o mais vergonhoso exemplo.

Quem também se referiu a Vítor Pereira e de forma muito elogiosa, foi o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado. Disse o freteiro que Vítor Pereira, por cá, serviu, na derradeira fase, de bode expiatório para insucessos alheios.
Deve andar a comer muito queijo, o freteiro e por isso teve um lamentável esquecimento. Mas nós vamos avivar-lhe a memória:
- freteiro, lembras-te de tu e o Reco-reco Guerra, participarem numa reunião com dirigentes do Benfica de onde saiu um fortíssimo ataque, contra tudo e contra todos, a coisa foi de tal ordem que Vítor Pereira teve de vir explicar-se, abrindo um precedente que nunca mais repetiu, mesmo quando outros tiveram tantas ou mais queixas que o clube do regime? Foi em Setembro de 2010, não foi na derradeira fase.
Lembras-te, do Título do F.C.Porto é um tributo dos árbitros ou do Não temos de mudar de treinador, temos é de mudar de árbitros? Foi em Maio de 2012, não foi na derradeira fase. Compreende-se que agora, dentro do lema seguido por ti e pelo panfleto da queimada, o campeonato pode ser a pior das bandalheiras, mas se for o Benfica a ganhar está tudo bem, ninguém se atreva beliscar o mérito do clube do regime, a tua memória só alcance a derradeira fase do mandato de Vítor Pereira, mas olha que não, freteiro, é apenas a tua memória selectiva a funcionar.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset