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sexta-feira, 17 de novembro de 2017


Numa noite fria e com menos público que o habitual, menos até que no jogo da Taça da Liga, apenas 20.687 espectadores, havia a expectativa de saber que Porto após a pausa para as selecções e antes da Champions, num jogo a eliminar e frente a uma boa equipa. Não foi um Porto brilhante, longe disso, mas foi um Porto que se não teve razão, teve coração, venceu com mérito e com justiça, apesar da excelente réplica de um Portimonense bem orientado, bem organizado e que lutou até ao fim.

Com o regressado Casillas na baliza, a defesa tradicional, Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Óliver e André André, Hernâni, Aboubakar e Corona, o F.C.Porto entrou a marcar cedo, iam decorridos apenas 4 minutos: canto de Alex Telles, Danilo só teve de encostar para abrir o marcador. Em vantagem desde muito cedo, melhor não podia ter acontecido para o F.C.Porto. Só que a equipa não aproveitou essa tónico para arrancar para uma boa primeira-parte, uma primeira-parte que lhe permitisse uma vantagem tranquila para depois gerir. É verdade que a espaços fez bem e até criou oportunidades, mas a maior parte do tempo, muito por culpa de um ritmo lento, alguns jogadores notoriamente desconcentrados e outros desinspirados - Hernâni foi, mais uma vez, o exemplo mais flagrante -, a equipa de Sérgio Conceição não engrenava e pior, facilitava, permitia que os algarvios se aproximassem da baliza de Casillas com perigo. Numa dessas jogadas e perante uma defesa apática e a ver jogar, o Portimonense empatou, resultado que se manteve até ao intervalo e que castigava a displicência e preguiça dos portistas.
Resumindo, entrando a prometer muito, os Dragões não cumpriram, foram penalizados por isso. E  sem tirar mérito ao Portimonense, foi muito por culpa dos Dragões que quando as equipas recolheram aos balneários o marcador registava um golo para cada lado.

Para o segundo tempo, Sérgio Conceição, acredito que apesar de não ter gostado, não mexeu, entrou com o mesmo onze. Só que perante o desacerto, não demorou muito a retirar o elo mais fraco, ao minuto 53 saiu Hernâni para entrar Brahimi.
O argelino mesmo não entrando exuberante - até começou por complicar -, sempre é outra coisa, faz-se sentir, obriga a outros cuidados e com ele o F.C.Porto finalmente passou a dois flancos. Sem que o ritmo e a qualidade de jogo portista aumentasse muito e com o Portimonense dentro daquela toada que lhe interessava, defender bem e procurar surpreender no contra-golpe, o jogo tornou-se enrolado, o F.C.Porto melhor, por cima, mas nunca dinâmico, intenso e inspirado, quando Pedro Sá arrancou um grande pontapé, colocou os algarvios em vantagem. Faltavam pouco mais de 20 minutos para o fim, era preciso reagir. Sérgio Conceição reagiu logo - saiu um André André sem capacidade para jogos em que é preciso ultrapassar barreiras, dar intensidade, velocidade de pensamento e execução e entrou muito bem o miúdo da B, André Pereira - público também, a equipa demorou mais um pouco, mas também fez pela vida. O domínio acentuou-se, a pressão aumentou, o pupilos de Vítor Oliveira sem nunca perderem a capacidade para tentar jogar, começaram a ter de defender muito, já em tempo de descontos o conjunto de Sérgio Conceição - na altura já não estava no banco, tinha sido expulso por indicação do árbitro assistente do lado dos bancos, acho que Rui Licínio e que Artur Soares Dias acatou de imediato. Bravo, Artur! Mostraste a todos e de uma vez para sempre, que aqueles que não se cansam de falar que aquela ida à Maia te pressionou e coagiu, é apenas balela, conversa da treta - deu a cambalhota, segue para a próxima eliminatória.
Ufa, que alívio! Mas soube bem. Calma, ainda estamos cá, só perdemos o treinador. Esperemos para ver qual vai ser o castigo de Sérgio Conceição... 

É verdade que o resultado passou de 1-2 para 3-2, quando o Portimonense já jogava com 10, fruto da expulsão de Felipe Macedo, mas não houve nenhuma responsabilidade portista nessa expulsão? O jogador fez-se expulsar por nada? As jogadas que deram origem aos golos de Aboubakar e Brahimi não foram bem construídas, as assistências não deixaram os avançados na cara do guarda-redes em posição privilegiada para marcar? É que quem ouviu alguns entendidos da bola até parece que que os golos que deram a vitória ao F.C.Porto saíram de dois chouriços - sem ofensa - caídos do céu. Será que já estavam a salivar com a perspectiva do F.C.Porto ficar pelo caminho e não conseguiram disfarçar a desilusão?

Objectivo cumprido e como há sempre coisas positivas a retirar, mesmo quando a exibição não foi famosa, fica o coração e a alma de uma equipa que não baixa os braços e não desiste.
Fica também que depois da pausa, a forma como o jogo se desenrolou, obrigou os jogadores a darem à pinhanha, na terça-feira já não há o risco dos turcos irem de mota e os portuenses de bicicleta.
Mais uma vez, grandíssimo público.

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