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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018


A propósito do que li hoje na Dragões Diário, "Se o futebol português não fosse uma mentira...", mesmo que não seja o meu estilo resumir tudo a factores externos e quem aqui vem já sabe porquê, mas deixo uma dica - colocar todas as culpas nos outros, é uma má prática, desresponsabiliza os que servem profissionalmente o F.C.Porto e isso não é saudável. Ontem não jogamos bem, mas bastava aproveitar uma das várias oportunidades para termos ganho - , gostaria de dizer o seguinte:
Sou do tempo do três para o Benfica e um para o Sporting, o F.C.Porto não tinha poder nenhum, éramos apenas uns tipos simpáticos, bons rapazes. Depois, primeiro com José Maria Pedroto e Jorge Nuno Pinto da Costa à frente de todos e depois com o actual presidente a ser o principal protagonista, o F.C.Porto com um grande coragem, foi à luta contra o status quo, não para conquistar todo o poder - isso é impossível num país descaradamente centralista e com o Benfica a merecer tratamento privilegiado por parte de uma comunicação social prostituída e que não é isenta, nem equilibrada -, mas para que o poder fosse repartido de forma que fosse a competência, qualidade e profissionalismo a fazer a diferença. E isso foi notório, o F.C.Porto transformou-se no melhor clube português, juntou ao sucesso interno um sucesso externo que até ultrapassou os sonhos dos maiores sonhadores. O F.C.Porto ganhava Champions, Taças UEFA e eles apitavam, apitavam, colocavam os apitos e os apitos eram apontados como as razões do êxito, sem perceberem o ridículo da situação. Alguns são os mesmos vermes, a mesma escumalha que perante as evidências e elas são tão grandes que até um cego as vê, não admitem que se toque nem com uma luva de pelica no clube que em seis jogos, teve ZERO, ZERO pontos na Fase de Grupos da Prova Rainha da UEFA. Mas continuando, como disse, no passado foi preciso o verdadeiro espírito de um Dragão criado, afirmado, sempre activo e de chama alta, para que o F.C.Porto deixasse de ser olhado de soslaio, um clube de gente simpática apenas, o coitadinho lá de cima, para ser o alvo a abater.
Agora estamos numa situação parecida, não temos força, poder, ninguém nos respeita, ninguém nos leva a sério, como tem sido evidente em tantas e tantas situações. Por isso era preciso um regresso ao passado, colocar o mesmo vigor, empenho e determinação, a mesma capacidade de luta de outrora, a mesma vontade e determinção para questionar os poderes instituídos e ao mais alto nível. Mas o que vemos? Uns posts do Baluarte do Dragão, uns tweets mais ou menos acutilantes, umas páginas mais ou menos afirmativas no Dragões Diário, os Universos Porto e da Bancada e o Francisco J.Marques. E não chega, como está à vista, não tem resultado, tem de se ir mais longe, tem de haver uma reacção forte e institucional do F.C.Porto. Quem tem de dar o murro na mesa tem de ser o líder, o director de comunicação e informação e tudo o resto vem depois. Por razões óbvias não vai acontecer, Jorge Nuno Pinto da Costa já não é o mesmo de há 30 anos, o que nos arrastava e mobilizava para as lutas pelo F.C.Porto, como são exemplo a manifestação junto ao Governo Civil ou a no caso da penhora, mas que para mim era fundamental, ai isso era.
 
Não é de hoje, já há anos que venho dizendo que um dos graves problemas que afectam a arbitragem são os critérios dos árbitros a que se junta agora, o VAR, essa nova tecnologia que podia ser tão importante, mas que no caso dos jogos do F.C.Porto só tem funcionado em nosso prejuízo. Nem preciso de fazer comparações com jogos dos nossos rivais, bastam dois exemplos recentes e sintomáticos: golo de Soares no F.C.Porto versus Sporting para a Taça da Liga; golo de Waris no Moreirense versus F.C.Porto de ontem.
No jogo da Pedreira, árbitro assistente não assinalou fora-de-jogo, Nuno Almeida validou o golo, Artur Soares Dias e Rui Licínio, mesmo que as imagens em nenhum momento mostrem a irregularidade, resolveram ser protagonistas, em vez de cumprirem o protocolo e ficar quietos ou pelo menos sugerir que o árbitro fosse ver as imagens, não, foram peremptórios, fora-de-jogo. Ora, como se viu, não há fora-de-jogo nenhum. O que vai acontecer à dupla que estava no VAR e tomou uma decisão altamente lesiva dos interesses portistas e da verdade desportiva?
Ontem e segundo uma explicação de um expert de arbitragem em quem confio totalmente, o assistente estava mal colocado, viu fora-de-jogo - também fiquei com essa sensação ao ver apenas as imagens televisivas, hoje com mais calma e com a imagem que anexo a opinião já é diferente -, mas cumpriu o protocolo, só levantou a bandeira depois da bola entrar, precisamente para que o VAR fosse chamado à liça. Não sei foi ou não e assim não sei se a responsabilidade é de Luís Ferreira ou do VAR, no caso Manuel Oliveira. Mas sei que os critérios dos árbitros e do VAR foram diferentes, nos dois jogos citados e sempre em prejuízo do F.C.Porto. Perante este e muitos outros lances que têm afectado o F.C.Porto esta época, não chega apenas falar do VAR com desdém. Não e não, é preciso ir mais longe, gritar que o VAR tem tido comportamentos totalmente antagónicos e sempre em nosso prejuízo, é preciso gritar que este VAR é uma vergonha!

Todas as equipas têm momentos bons e menos bons, Jesus dizia que o Sporting estava num grande momento antes da final-four da Taça da Liga, mas aquilo, apesar da vitória, foi mauzinho, agora diz ele, passou a jogar à italiana. O SLB também estava exuberante e em Belém a exuberância sem a paixão do Bruno tinha ido para o brejo. Portanto, mesmo havendo alguns jogadores que me parecem cansados, física e mentalmente, Aboubakar é o caso mais flagrante e outros tardem em aproveitar as oportunidades que tanto reclamam, Óliver por exemplo, uma equipa que acaba em força não pode ser uma equipa tão cansada assim. E mesmo não jogando muito, tendo sempre grandes dificuldades frentes a estas equipas e em campos pequenos, o F.C.Porto fez mais que suficiente para ganhar. Isto, sem deixar de repetir e sublinhar, apesar de ter acordado tarde para o jogo. E porque é verdade, se faltou eficácia, também faltou aquela pontinha de sorte que às vezes faz a bola bater na trave e entrar e outras sair. Quanto ao Sérgio ter feito más opções de início ou durante o jogo: de início discordo, se virem aquela equipa que entrou era a que eu coloquei no post de antevisão, já durante o jogo, a entrada a 2 minutos do fim do Sérgio Oliveira e que parecia não lembrar ao diabo, só não decidiu pelas razões conhecidas. E se isso tem acontecido o treinador se calhar já era genial.
Vamos entrar num ciclo terrível, onde se vai decidir muito sobre esta época. O treinador e a equipa podem contar com todo o meu apoio.

Apesar disto não vejo nenhuma razão para alterar nada da primeira-parte do post.

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