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terça-feira, 30 de janeiro de 2018


No post de antevisão tinha dito o seguinte:
«Tenho muito receio destes jogos, tem sido frente a equipas como Desportivo das Aves, Tondela, Feirense, Estoril, por exemplo, que o F.C.Porto tem sentido mais dificuldades, particularmente nos jogos fora de casa. Campos pequenos, relva quase sempre em mau estado, equipas fechadas e que dificultam a profundidade de uma equipa que gosta de ter espaços, são factores que têm criado problemas ao conjunto de Sérgio Conceição, as exibições não têm sido brilhantes e as vitórias têm sido conseguidas com dificuldades. Recordo que nas Aves deixamos dois pontos, no Estoril estamos a perder ao intervalo. Para além disso, como já disse e repito, a nós ninguém dá nada de borla, o VAR só por uma vez decidiu a nosso favor e uma coisa que já estava decidida, amanhã todos os cuidados são poucos, é preciso um grande Porto, um Dragão a chispar e desde o primeiro minuto.»

Lamentavelmente, confirmaram-se os meus receios, Mais uma vez o F.C.Porto teve muitas dificuldades, desperdiçou dois pontos preciosos. Com isso não só não aproveitou a oportunidade para se distanciar do Benfica e colocar pressão no Sporting, como pode, em caso de vitória da equipa de Jesus, frente ao Vitória S.C., deixa de ser líder, mesmo que o líder seja à condição - recorde-se que faltam disputar os segundos 45 minutos do jogo do Estoril, aos Dragões. E se o resultado é injusto, a equipa de Sérgio Conceição merecia vencer, o facto é não venceu e não venceu, mais por culpas próprias que por pecados alheios - arrumo já a questão: não me pareceu penalty sobre Felipe, o golo de Waris pareceu-me em fora-de-jogo, acho é que 5 minutos de desconto foram pouco tempo, se tivermos em conta o jogo entre Belenenses e Benfica, então nem se fala.

Com José Sá, Ricardo, Felipe, Reyes e Alex Telles, Herrera, Óliver e Paulinho, Marega, Aboubakar e Brahimi no onze inicial, o F.C.Porto entrou mal, pouco intenso, lento com e sobre a bola, pouco dinâmico, teve algumas oportunidades para marcar - Aboubakar, Paulinho, Óliver e Brahimi podiam ter feito melhor -, mas não fez uma primeira-parte brilhante, nunca foi claramente dominador, nunca sufocou e encostou às cordas um Moreirense que até procurou jogar no campo todo.

Na segunda-parte, apesar do livre de Alex Telles só não ter entrado por duplo milagre, primeiro na defesa do guarda-redes, depois no corte do defesa quando Felipe ia recargar com a cabeça e já se gritava golo, ter acontecido ao minuto 50, foi após a entrada de Soares para o lugar de Paulinho, iam decorridos 68 minutos - o brasileiro fez uns bons 45 minutos, mas era preciso meter mais gente na frente -, que o F.C.Porto passou a atacar com mais critério - Tiquinho melhor que um desinspirado Aboubakar -, o último reduto do Moreirense vacilou, o golo esteve iminente, mas a bola não entrou. Já com Waris no lugar do camaronês, passou a haver mais versatilidade, já no tempo de descontos e com Sérgio Oliveira na batuta e melhor do que Óliver, o reforço ex-Lorient até marcou, mas não valeu. E lá foram 2 pontos à vida.

Notas finais:
Num campeonato equilibrado e em que ninguém nos dá nada, temos de encontrar maneira de vencer estes jogos frente a equipas que apenas lutam para não descer. É verdade que em campos pequenos, relvados que não são famosos, não é fácil jogar, mas se o espírito da parte final, tivesse sido o da parte inicial, até pode ser especulativo, mas atrevo-me a dizer que tínhamos ganho fácil.

Agora que o mercado vai fechar, é preciso estabilizar, olhar para a frente que os jogos vão-se suceder e não há tempo para ficar a carpir mágoas.

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