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domingo, 18 de fevereiro de 2018


Num Dragão com uma excelente casa, 42.127 espectadores, numa manifestação de grande apoio e confiança na equipa depois da noite negra de quarta-feira, o F.C.Porto deu uma manita - 5-0 - ao Rio Ave e disse: sai daí ó líder provisório, esse lugar é meu!
Agora, feito o que era fundamental - ganhar -, recuperada parte da auto-estima, é preciso preparar bem os 45 minutos que faltam jogar no Estoril, com a certeza que na pior das hipóteses, mantemos a liderança isolada, em caso de empate, ampliamos a vantagem em relação ao(s) segundo(s) para três pontos, mas o que era bom era a vitória, passaríamos  ater cinco pontos de avanço e isso seria ouro sobre o azul. Sim, porque não sendo uma vantagem decisiva, seria um passo importante no caminho para o título, grande objectivo da época.

Entrando com Casillas, Maxi, Felipe, Marcano e Alex Telles, Herrera e Sérgio Oliveira, Corona, Marega, Soares e Brahimi, o F.C.Porto não podia ter início melhor. Iam decorridos apenas dois minutos e o marcador já tinha sido inaugurado - remate de fora da área de Sérgio Oliveira. Não podia haver melhor tónico para afastar alguns fantasmas que pudessem pairar sobre equipa e público.
Depois, mesmo não sendo brilhantes, errando até muitos passes e definindo mal, os azuis e brancos aumentaram a contagem à passagem do minuto 22 - cabeça de Tiquinho Soares -, fizeram o terceiro aos 34 - por Marega a meias com Marcelo, embora  Liga tenha considerado auto-golo -, pelo meio, uma bola na barra num livre de Brahimi, após lance que valeu cartão amarelo e devia ter valido vermelho a Tarantini - Tiquinho Soares ia isolado para a baliza e na zona frontal -, mais uns poucos lances bem gizados, algumas oportunidades por parte da equipa de Sérgio Conceição, um disparate de Herrera, que não deu golo por acaso - pois é, lances desse na Champions são quase sempre cada tiro cada melro. E assim, sem precisar de mostrar o melhor fato, o F.C.Porto chegou ao intervalo com o jogo praticamente decidido.

Para a segunda-parte e com uma vantagem confortável, tendo jogado a meio da semana passada e voltando a jogar a meio da próxima, seria natural que o ritmo que já não tinha sido muito alto na primeira-parte, diminuísse, os Dragões se limitassem a parar algum atrevimento dos vilacondenses, controlassem, estivessem mais preocupados em evitar sofrer que marcar. Mas esta equipa de Sérgio Conceição não é capaz de juntar àquela vontade de atacar, capacidade para ter e descansar com bola, controlar e não creio que vá mudar. E assim, mantendo a equipa do Rio Ave sob rédea curta, os líderes do campeonato nunca deixaram de atacar, procurar a baliza de Cássio, ampliar o resultado. Conseguiram-no por mais duas vezes, aos 72 - Marega de cabeça, após livre de Alex Telles, uma espécie de canto mais curto - e 84 - marcou Soares de costas para a baliza e em lance decidido pelo VAR -, ainda podiam ainda ter feitos mais três ou quatro. Seria demasiado castigador para o conjunto de Miguel Cardoso, mas apenas não fizeram por culpa de um Brahimi muito egoísta na cara do guarda-redes, forçando golos de ângulo difícil e exagerando nas fintas, quando podia ter assistido colegas em boa posição para marcar - não aprendeu nada com a simplicidade e altruísmo do trio atacante do Liverpool.

Notas finais:
Sérgio Conceição voltou a dar a titularidade a Casillas, relegando para o banco José Sá. Foi uma surpresa, pelo menos para mim, mas quem está lá dentro é que sabe tudo sobre os jogadores e legitimidade para tomar decisões. E se Sá ficou marcado e com a confiança balada após o jogo frente ao Liverpool, mudar até pode ser bom para o jovem internacional português.

Dalot substituiu Alex Telles - justíssima a enorme salva de palmas que o Dragão, de pé, lhe tributou na hora da saída do campo - e fez a estreia na principal equipa do F.C.Porto, em jogos do campeonato. Não foi muito tempo, o jogo estava decidido, mas o jovem lateral que tanto joga numa lateral ou outra da defesa, é daqueles que não engana. É natural que ainda aconteça um ou outro erro, uma ou outra desatenção, mas Dalot é o futuro do F.C.Porto - isto se não vier por aí um daqueles tubarões endinheirados e o leve. 

Passado mais de uma volta, o VAR voltou a decidir a favor do F.C.Porto. Tal como no primeiro jogo do campeonato, o resultado já estava feito, mas mesmo assim foi uma decisão arrancada a ferros.
Mas sobre Carlos Xistra nem vale a pena falar muito. Apitava a todas as faltinhas, não apitava às faltonas... enfim, uma arbitragem anti-futebol.

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