sábado, 15 de setembro de 2018
Frente a um Chaves de tracção à rectaguarda e apostado em aproveitar todas as oportunidades para queimar tempo e quebrar o ritmo, tudo perante a complacência do árbitro, o F.C.Porto dominou na 1ª parte, mas não foi capaz de encontrar a melhor forma de desmontar a teia defensiva flaviense, chegar à vantagem. O nulo ao intervalo penalizava o jogo menos conseguido da equipa de Sérgio Conceição, que até nem entrou mal na partida. E não há muito mais a dizer sobre os 45 minutos iniciais, embora, porque mesmo não jogando bem, o F.C.Porto foi superior- Vaná só fez uma defesa e sem qualquer dificuldade -, talvez a equipa portista merecesse ir para as cabines a vencer pela diferença mínima.
Na 2ª parte, 15 minutos mais do mesmo, nos 30 minutos finais, já com Brahimi em campo, a qualidade de jogo subiu, foi um F.C.Porto mais dinâmico e mais rápido, por via dessa melhoria o Chaves ainda ficou mais lá atrás, a equipa de Sérgio Conceição procurava o golo, mas faltava capacidade para transformar essa superioridade e domínio, numa vantagem no marcador. Até que Hernâni entrou e no minuto seguinte marcou. Era uma vantagem merecida, sem dúvida, mas curta, portanto era preciso ter algum cuidado na abordagem aos cerca de 20 minutos finais. Procurar chegar ao golo da tranquilidade, sim, mas sem perder os equilíbrios e a organização. Não aconteceu uma coisa nem outra e do nada, já a 5 minutos dos 90 e num contra-ataque, o Chaves empatou. Alex Telles não estava lá, não houve as devidas compensações, Eustáquio sozinho ao segundo poste, fez golo. Até final, incluindo os 6 minutos de desconto, o F.C.Porto tentou, podia ter marcado, mas Vaná também teve de se aplicar a fundo para não sofrer outro golo.
Assim e concluindo: exibição cinzenta do F.C.Porto, particularmente durante a primeira hora, mas resultado injusto, em mais um jogo em que os portistas estiveram em vantagem e não a souberam guardar. Está tudo em aberto, mas tal como aconteceu na época anterior, foi mais uma entrada em falso na Taça da Liga.
Gostei de Danilo, já está aí para as curvas e não desgostei de João Pedro, apesar de ter atacado melhor do que defendeu, se afinar alguns posicionamentos defensivos tem potencial - técnica, força, velocidade, dá profundidade, vai por fora, mas sabe interiorizar - para ser uma alternativa ter em conta para a lateral do lado direito.
De Vaná não há nada a dizer, cumpriu, Adrián López não aproveitou a oportunidade. Isto para falar apenas daqueles que não têm jogado muito, os mais utilizados depois da paragem ainda estão a entrar no ritmo certo.
Terça-feira, em Gelsenkirchen, frente ao Schalke, na 1ª jornada da Fase de Grupos da Champions League, já será preciso muito mais Porto. Será um excelente teste para avaliar o estado de forma e as capacidades actuais do F.C.Porto 2018/2019.
Sérgio Conceição foi expulso por palavras que o árbitro achou desrespeitosas já no túnel e após o final dos primeiros 45 minutos. Não conheço este árbitro, mas auguro-lhe um grande futuro. Expulsar o treinador do F.C.Porto no Dragão, é obra, sinal de grande personalidade.
Falando a sério e sobre a arbitragem que Vítor Ferreira fez, uma porcaria, com vários lances mal ajuizados e que tiveram influência no resultado. E quando no início da época são dadas instruções aos árbitros para punirem o anti-jogo, ontem assistimos a uma arbitragem que passou por cima dessas instruções e permitiu tudo aos flavienses.