sábado, 12 de abril de 2025
Depois de uma derrota que deixou marcas frente ao Benfica, era fundamental não ficar prostrado a carpir mágoas, ver de que massa é feita esta gente, se era capaz de reagir à Porto e ganhar ao Casa Pia - não era pedir muito.
Ganhou, mas apenas isso. Tirando o golo o resto foi tudo muito fraquinho.
Com Diogo Costa, João Mário, Zé Pedro, Marcano e Francisco Moura, Eustaquio e Alan Varela, Fábio Vieira, Pepê e Rodrigo Mora, Gül, o FCP na 1ª parte fez uma exibição muito pobre. Tirando o grande golo de Rodrigo Mora aos 5 minutos e que se seguiu a uma excelente defesa de Diogo Costa a evitar o golo do Casa Pia, pouco mais há a realçar. A equipa continuou na mesma bitola dos jogos anteriores. Desorganizada e incapaz de fazer jogadas com o mínimo de qualidade, pressiona mal, erra muitos passes, abusa dos atrasos para o guarda-redes, os lances de bola parada continuam a não fazer mossa.
Ao intervalo a pergunta que coloquei a mim próprio foi: é esta a sede de vingança do FCP?
Na 2ª parte, Dragões com mesmo onze, a primeira oportunidade voltou a ser da equipa da casa. Portistas pareciam mais compactos e organizados, mas sem criar perigo.
Aos 56 e 58 minutos, dois lances duvidosos na área dos lisboetas, mas nada foi assinalado.
Aos 66 entrou Samu saiu Deniz Gül - não fez nada de relevante.
Com o resultado na diferença mínima e o FCP sem mostrar capacidade para se impor, marcar superioridade e matar o jogo, ou pelo menos ter bola, controlar, Martín Anselmi tirou João Mário e Pepê, meteu Martim Fernandes e Gonçalo Borges. Se agarrar desse pontos o FCP ia lançado na luta pelo título...
Aos 85 saiu Rodrigo Mora e entrou Otávio para segurar a vantagem. E os azuis e brancos continuavam incapazes de criar um lance de perigo, muito menos uma oportunidade. Lentidão, más opções, passes errados, jogadores longe uns dos outros e sempre de complicómetro ligado, tudo mau demais. O jogo chegou ao fim com o Casa Pia instalado no meio-campo do FCP à procura do empate. Até o guarda-redes subiu à área.
O jogo terminou com a vitória do FCP, mas valeram os três pontos, já que a exibição foi mais uma muito fraca. Aliás, esta falta de qualidade nas exibições dos Dragões tem sido uma constante.
Tal como no final dos primeiros 45 minutos, a interrogação é: era esta a sede de vingança? Se era, passou muito longe de Rio Maior.
Notas finais:
Andebol, FCP 32 - SCP 35. Últimos 10 minutos desastrados na origem de uma derrota comprometedora.
Continua a bandalheira, roubalheira, pouca vergonha, chamem-lhe o que quiserem, na arbitragem portuguesa. Os dois lances na área do Casa Pia, empurrão nas costas de Pepê e braço do defesa da equipa lisboeta, se fossem em jogos de Benfica ou Sporting seriam penáltis indiscutíveis. Mas ao FCP não se marcam estes penáltis, mas transformam-se golos em penáltis contra.