domingo, 6 de abril de 2025
Um FCP versus Benfica, independentemente de ser para o campeonato e da classificação, outra prova qualquer, ou até a feijões, é um clássico de grande rivalidade que os Dragões sempre querem muito vencer. Eram essas as expectativas, era esse era o espírito que se esperava estivesse imbuído na cabeça dos profissionais do FCP no jogo deste domingo. Expectativas totalmente defraudadas, uma noite de pesadelo, uma noite negra, uma humilhação para todo o portismo.
Com Diogo Costa, João Mário, Nehuén, Marcano e Francisco Moura, Eustaquio, Fábio Vieira, Alan Varela, Pepê e Rodrigo Mora, Samu e logo no 1° minuto, toda a gente a dormir na saída para o fora-de-jogo, Pavlidis adiantou o Benfica.
Não podia ter começado pior o jogo para o FCP. Reagiram os Dragões, Mora ficou em situação privilegiada, não decidiu bem, nem rápido, passou mal, perdeu-se uma boa oportunidade. Enquanto os lisboetas do nada marcaram, os portuenses com possibilidades não foram capazes. Porto por cima, mas a cometer erros recorrentes - muito tempo para soltar e soltar mal. Pepê e Mora, particularmente.
Aos 17 amarelo para Nehuén.
Aos 18, livre para a área, defesa do FCP novamente mal batida, defesa incompleta de Diogo Costa, bola na trave. Como possível bola metida pelo ar e ninguém de frente para a bola, cortar?
Aos 26 minutos, saída rápida para o contra-ataque, Fábio Vieira deu numa bandeja a Pepê, o brasileiro em excelente posição, em vez de rematar, preferiu passar a Samu, passou mal, perdeu-se outra boa chance. Medo de assumir num jogo destes?
Porto com mais bola, mas cada transição do Benfica era uma oportunidade. Culpa de erros que não se podem cometer no meio-campo e ataque.
Entretanto, os jogadores do Benfica protestavam tudo, até faltas claras. Mas as bolas paradas continuam a não dar em nada.
Dragões dominavam, Benfica recuado, esperava o erro para sair. E não era difícil, tantos eram os passes errados e as más decisões.
Rodrigo Mora quase que esteve na origem de um golo do Benfica. Logo a seguir mais erro grosseiro, mais perigo junto à baliza de Diogo Costa.
A quantidade de erros não forçados da equipa do FCP era de bradar aos céus. E foi de um canto e mais um erro grosseiro, Fábio Vieira ficou e colocou tudo em jogo, Pavlidlis com toda a facilidade fez o segundo.
Sem fazer nada de especial, apenas se limitando a aproveitar os erros dos portistas, o Benfica ficou com dois golos de vantagem. E foi assim que o jogo chegou ao intervalo.
Na 2ª parte e a perder por dois golos, o FCP para a 2ª parte veio com o mesmo onze e a cometer os mesmos erros. Pouca gente na frente, Mora e Pepê, complicativos, lentos a pensar e executar. Era preciso mexer, mas Anselmi não mexia, e o terceiro do Benfica esteve perto.
Quando nos jogos anteriores parecia haver evolução, voltou o FCP desorganizado, sem nada que se aproveitasse, incapaz de fazer uma jogada em condições, criar perigo. Era um Porto sem defesa, meio-campo e ataque. Metia dó a forma como o FCP se exibia e o treinador a ver. O Benfica só não marcou por várias vezes por acaso.
Deixou de ver e fez alterações ao minuto 64. Entraram Martim Fernandes e Gonçalo Borges e saíram Eustaquio e Pepê.
Jogadores do FCP competiam para ver quem fazia mais asneiras e juntavam a isso uma incapacidade de lutar contra o destino que metia dó.
O primeiro lance de algum perigo aconteceu ao minuto 67, Samu abordou mal um excelente cruzamento de Martim Fernandes, cabeceou muito por cima.
E perante este cenário, em que de um lado estava uma equipa e do outro um conjunto de jogadores sem grande qualidade, sem alma, sem raça, sem atitude, incapaz de lutar contra o destino. E como se fosse pouco, sem noção do que é jogar no FCP. Assim, foi sem surpresa que Pavlidis aproveitou um cruzamento para as costas de Nehuén, fez hat-trick. Iam decorridos 70 minutos. Não havia um único jogador que se fizesse qualquer coisa de jeito. Nada, um desastre total e absoluto.
Ao minuto 77 saíram João Mário e Rodrigo Mora, entraram Zé Pedro e Namaso.
Sem ter feito muito para o merecer, o FCP reduziu. Marcou Samu aos 81 minutos o golo de honra. Aos 84 saiu Francisco Moura, entrou William Gomes.
Para tudo ser ainda pior, já no tempo de descontos, livre lateral, defesa, guarda-redes incluído, mais uma vez a dormir, Otamendi marcou o quarto.
Uma exibição muito má, inadmissível, muito aquém do que se exige a uma equipa do FCP. Não me lembro de um Porto tão mau e tão inferior num jogo em casa frente ao Benfica. E já agora, nem um resultado tão desnivelado frente àquele que tem sido o seu grande rival de há muitos anos nas provas internas. O FCP hoje perdeu por falta de comparência.