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segunda-feira, 7 de abril de 2025


 

Sérgio Conceição, o treinador que no FCP apelava à unidade, em nome da unidade disparava contra tudo que mexia, desde os apanha bolas até ao departamento médico; ficava louco quando alguém, portista, nas redes sociais ou em comentários televisivos criticava a equipa, o treinador, a qualidade de jogo; veio aproveitar um resultado negativo, daqueles que deixam marcas, para fazer o ajuste de contas com um post sonso, cínico, meias tintas, apenas com insinuações. Até parece que quando era treinador do FCP e no Dragão, foi sempre tudo maravilhoso. Por exemplo, não levou 5-0, 5-1 e 4-1 do Liverpool e 4-0 do poderoso Brugge.

Porque não se preocupa com o Milan onde com um plantel de luxo e que foi reforçado em Janeiro com jogadores que custaram muitas dezenas de milhões de euros, está em 9° lugar? Porque não explica que recebeu o Milan nos oito primeiros na fase de grupos da CL, conseguiu não ficar apurado directamente, foi ao play-off, foi eliminado pelo "poderoso" Feyenoord? Ah, é contestado semanalmente, corre sérios riscos de durar muito pouco tempo no clube milanês.


Mas tal pai, tal filho, Francisco Conceição também resolveu sair a terreiro com um post enigmático, na mesma linha do pai.
Ao Francisco Conceição, respondendo à pergunta que coloca: "Um dia eles vão saber", respondo, eles, suponho que os portistas, vão saber o quê, Francisco? Que a tua saída, posterior entrada e depois a renovação do contrato foi um triplo crime de lesa FCP? Explico o que disse quando da tua saída para o Ajax.

Quando saiu: Francisco Conceição é um jovem com grande talento, potencial, tecnicamente evoluído, tem raça, vai para cima sem medo, estava no plantel principal e jogava por mérito próprio e não por ser filho do treinador. Estava num clube ganhador e que compete sempre ao mais alto nível, junto da família, dos amigos, o clube ideal para evoluir, naturalmente, crescer, ganhar experiência e daqui a algum tempo, como aconteceu com outros jovens da formação do F.C.Porto, sair por valores na casa das dezenas de milhões de euros. O argumento de querer sair para crescer longe das polémicas e de um clima tóxico, é conversa, tanga, apenas um pretexto. Paralelamente, estava a negociar um novo contrato e que, entre outras coisas, passava por um aumento substancial da cláusula de rescisão. De repente, sem nada que o perspectivasse, passa-se por cima disso tudo e sai por 5 milhões, valor da cláusula do actual contrato?

Quando regressou: Deu-se mal, não se impôs, raramente jogou na principal equipa do Ajax. Voltou para o FCP que teve de pagar o dobro do que tinha recebido, veio ganhar ao nível dos mais bem pagos do plantel. Então as razões que motivaram a saída, de repente, como por encanto, estão ultrapassadas? 

Quando renovou: renovou com uma cláusula que até 15 de Julho é de 30 milhões de euros, baixa, ficou com a possibilidade de numa futura transferência receber 20%, mais 10% de comissão para o empresário. Isto é, grande negócio para todos menos para o FCP. É a isto que se refere Francisco Conceição quando diz, "um dia eles vão saber"? Não, nós já sabemos e sabemos bem. Haja um bocadinho de decência e respeito pelos portistas.

Um portista tem todo o direito de criticar, até ser contundente nas críticas, mas deve ser sempre respeitoso, objectivo e construtivo. E de preferência, evitar cavalgar a onda negativa, aproveitar estes momentos de grande desilusão e tristeza, para revanches, vinganças incompreensíveis. Serve para todos, muito mais para aqueles que têm grande visibilidade, tudo que dizem ou escrevem, tem grande impacto, como é o caso de Sérgio e Francisco Conceição - o que diz Rodrigo não aquece nem arrefece.
Se isto é portismo, não é o meu portismo. Porque o FCP não se apregoa, pratica-se. E quem tem telhados de vidro que não resistem a um simples caroço de azeitona, devia ter cuidado ao atirar pedras ao telhado do vizinho.

O país está em festa, só faltou irem festejar para o Marquês, nas redacções de alguns panfletos que se confundem com o jornal do Benfica, não se esconde a alegria. Alguns ressabiados e revanchistas reagem como se este período negativo fosse o único da história recente ou menos recente, do FCP. A coisa é de tal ordem que até o frustrado por nunca ter treinado o FCP, Manuel José, hoje teve alguma coisa para dizer. 
Atrás do tempo tempo vem, digo agora como disse quando entre 1999/2000 e 2001/2002 ou entre 2013/2014 e 2017/2018, épocas sem a conquista do título. Mas para que isso aconteça é importante que quem dirige, presidente acima de todos - porque para o bem e para o mal responde sempre e em 1º lugar o presidente. Tem de ser sempre assim, não é quando corre bem cantarmos o nome do líder, quando corre mal há sempre um ou outro bode expiatório para pagar o pato, como acontecia no passado -, reflicta bem, faça um diagnóstico correcto, encontre as melhores terapias. Se aproveite até ao final da época para ver quem é quem, separar o trigo do joio. Porque até pode não haver muita qualidade, mas a atitude, raça, garra, capacidade de transcendência, de ser capaz de lutar até contra o destino, mesmo quando ele parece estar contra nós e nunca baixar os braços, isso tem de ser inegociável para quem serve profissionalmente o FCP. E se no final da época, feita a reflexão devida, se tiver de assumir que algumas opções estão erradas, assumam-se sem medo, dando a cara e explicando, porque só quem não faz é que nunca erra.

Vivi com AVB a treinador a época de mais e maiores alegrias. Estou a viver com AVB presidente a de mais e maiores tristezas. Tal como acreditei no AVB treinador, continuo a acreditar no AVB presidente. Acredito que no futuro a curto prazo, tal como aconteceu na época do treinador, também as alegrias virão com AVB presidente. E como nunca me escondo, não sou daqueles que aparecem e desaparecem conforme as circunstâncias, se a vida não me pregar nenhuma partida cá estarei para conferir se é assim ou não.

No passado, nesse períodos difíceis que citei, também fui muitas vezes criticado, para ser brando, por acreditar e defender aquilo em que acreditava, que íamos dar a volta. Não foi preciso esperar muitos anos para ter razão...



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