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segunda-feira, 29 de outubro de 2018


Num Dragão que registou mais uma enchente, 46.028 espectadores, o F.C.Porto sob a batuta de um pequeno, mas brilhante maestro, Óliver Torres - talvez na sua melhor exibição com a camisola azul e branca. Lamentavelmente os dois avançados, Marega e Tiquinho Soares, estavam desinspirados, para além de não aproveitarem algumas claras oportunidades, ainda atrapalharam. E se no que toca ao maliano, ainda há a atenuante do jogo de quarta-feira, já no que diz respeito ao brasileiro fica difícil de entender -, sem ter deslumbrado, venceu com justiça um difícil Feirense, aproveitou os deslizes de Braga e Benfica e chegou à liderança do campeonato, embora partilhada com o clube da capital do Minho.
Obviamente e mais à frente falarei disso, como acontece sempre, este pequeno pormenor, já provocou algumas ondas de choque e nos chiqueiros as gamelas estão em ebulição.

Com Soares no lugar de Herrera, única alteração em relação à equipa que entrou de início em Moscovo, o F.C.Porto começou bem, com ritmo alto, intensidade, uma qualidade de jogo interessante, o Feirense só procurava defender, não saía, Casillas só assistia. De repente entrou em cena um árbitro fraquinho e sempre a apitar, o VAR, o jogo parou demasiado, a equipa de Sérgio Conceição perdeu concentração, a dinâmica desapareceu, a qualidade de jogo baixou, as coisas durante algum tempo pioraram, foi o momento de Casillas entrar em acção. E como é guarda-redes de grande equipa, mesmo sem ter feito nada até aí, quando foi chamado disse presente e com uma grande defesa evitou o golo do empate que o Feirense não fez nada por merecer.
Foi já na parte final da primeira-parte que tudo voltou ao normal e aí a equipa de Sérgio Conceição esteve por três vezes muito perto do golo. Soares, Brahimi à barra, e Marega travado por uma fantástica defesa de Caio Seco, podiam ter conseguido o segundo e colocando o resultado numa diferença mais de acordo com o desenrolar dos 45 minutos iniciais.

Sabe-se como é, nestes jogos e enquanto o resultado está na diferença mínima, o adversário acredita, surge alguma intranquilidade, o cansaço começa a notar-se, a capacidade para decidir e definir bem não é a mesma, o F.C.Porto parecia conformado, só através de Óliver e das arrancadas de Brahimi, sem esquecer os laterais, mais Maxi que Alex, o conjunto de Sérgio Conceição ameaçava, mas não muito. Com Corona a ser dos primeiros a baixar de rendimento, entrou Herrera e com a entrada do mexicano aos 64 minutos, o F.C.Porto estabilizou, melhorou, criou e desperdiçou algumas oportunidades - uma de Soares foi inacreditável!  Finalmente e a cerca de 10 minutos do fim, o golo da tranquilidade haveria de chegar. Marcou Marega, mas teve de ser aos repelões, já que, repito, a inspiração do duo de avançados ficou em casa.
O Feirense ainda obrigou Casillas a brilhar já no fim do tempo de descontos, antes Adrián tinha desperdiçado mais um golo feito.

Tudo somado, o mais importante foi conseguido e nada há a apontar à justiça da vitória portista. Sabemos todos - não é só com o F.C.Porto - que estes jogos depois da Champions são sempre complicados, ao cansaço do jogo junta-se o de duas longas viagens. Mas bastava mais um bocadinho de calma e qualidade na hora de finalizar para que a tranquilidade chegasse mais cedo, permitisse controlar e gerir melhor o desgaste que se fez notar em alguns jogadores.
Como treinador de bancada teria metido André Pereira - entrou para o lugar de Marega - e Adrián López mais cedo. Só entraram depois do 2-0 e no caso de espanhol para a saída de Brahimi.

Nota final:
Duarte Gomes, Dudu, acha que o toque de Alex Telles no jogador do Feirense, aos 83 minutos, é uma jogada de análise complexa, mas era penalty. Mas no lance aos 3 minutos, achou que o toque de Marega no jogador do Feirense não é suficiente para o derrubar, mas aí, benefício da dúvida para o árbitro. Mais, independentemente das análises sobre o lance do golo de Felipe - e digo isso porque as opiniões dividem-se, no Tribunal do Jogo os três juízes são unânimes em considerar como boa decisão do árbitro -, como é que um lance aos 22 minutos, da 1ª parte, é determinanete no jogo? Depois, lá está o site da pocilga da queimada a colocar à consideração dos leitores, uma pergunta para a qual já sabem a resposta: "É compreensível a validação do primeiro golo do F.C.Porto contra o Feirense?"
Para tudo terminar em beleza, Ricardo Quaresma, chefe de redacção da pocilga, que nunca foi capaz de dizer nada quando o F.C.Porto foi claramente penalizado por acção ou omissão do VAR, hoje lá saiu a terreiro a falar sobre o assunto.
Ricardo Quaresma, és um PORCO com letra grande e sublinhado.

Depois estes vendilhões do templo, estes artistas de análise selectiva, queixam-se e diabolizam as redes sociais.
É, nas redes sociais há muitas coisas más, cometem-se muitos e lamentáveis exageros. Mas as redes sociais também têm a virtude de permitir que se aponte o dedo a quem sempre estes comportamentos  intelectualmente desonestos.
Tenho pena, muita pena de não estar no lugar de alguns portistas que têm possibilidade de estar frente a frente e olhos nos olhos com estes artistas, têm oportunidade de dizer-lhes aquilo que eles são, mas não dizem.

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