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domingo, 11 de novembro de 2018


Após um jogo a meio da semana para a Champions, contra um adversário complicado e disputado debaixo de condições atmosféricas muito difíceis e que tiveram como consequência um grande desgaste físico - e não só, estava em jogo um grande passo a caminho dos oitavos-de-final -, o F.C.Porto jogava a liderança frente ao invicto S.C.Braga.
Um estádio praticamente cheio, assistiu a uma excelente partida, intensa, equilibrada, com situações de golo numa e noutra baliza, incerteza no resultado, um resultado que premiou um F.C. Porto desgastado e que acusou o esforço do jogo da ultima terça-feira, mas que acreditou até ao fim e penalizou talvez demasiado um Braga que jogou muito bem, mostrou a razão porque estava com os mesmos pontos e liderava juntamente com o campeão nacional.

Sérgio Conceição escolheu Casillas, Maxi, Felipe, Militão e Alex Telles, Danilo e Óliver, Corona, Marega, Soares e Brahimi, isto é, apenas uma alteração em relação ao jogo com o Lokomotiv, entrou Soares e saiu Herrera. E a propósito da equipa que iniciou o jogo, uma nota: a tertúlia de bitaiteiros e treinadores de bancada que se reúne antes dos jogos, quando soube a equipa, torceu o nariz. OK, o que importa é a organização, as dinâmicas, mas quatro avançados e apenas dois médios, depois de um jogo a meio da semana disputado sob péssimas condições e que por isso obrigou a um enorme desgaste, frente a uma equipa que tem mostrado competência e tem qualidade? Não seria melhor mais um médio? O jogo, é a minha opinião, mostrou que os bitaiteiros e treinadores de bancada, tinham todas as razões para estar preocupados.
Também é minha opinião que passou por um Óliver cansado e que não conseguiu pensar e executar rápido, circular, ter a clarividência dos últimos jogos, a pouca fluidez do futebol do campeão nacional.

Primeira-parte muito disputada, equilibrada, perigo e oportunidades para as duas equipas. Braga compacto, organizado, deu poucos espaços, com mais gente no meio-campo, num 4x4x2 bem marcado, condicionou a saída e emperrou o jogo portista. E como a equipa de Sérgio Conceição estava lenta, pouco dinâmica, o nulo ao intervalo justificava-se... embora ambas as equipas tivessem boas oportunidades para marcar e um empate com golos talvez fosse mais condizente com o desenrolar dos primeiros 45 minutos.

Na segunda-parte, o cariz do jogo não se alterou, Braga forte, mais assertivo e mais tranquilo, Porto mais coração que cabeça. Sérgio Conceição viu que as coisas não estavam bem, mexeu, tirou Maxi e colocou Otávio. Foi um sinal de crença, uma mensagem que queria muito vencer, mas nem sempre ter muita tracção à frente torna a equipa melhor, nem melhora a forma como se ataca. E por isso o jogo do F.C.Porto tornou-se confuso, muita gente nos mesmos espaços, só em esforço as coisas saíam. Também não melhorou com a saída de Brahimi para a entrada de Herrera e disso se foi aproveitando um Braga mais fresco, para, mais que tentar vencer, manter o nulo - a partir de determinada altura ficou ideia que os minhotos já estavam satisfeitos com o ponto. Foi já com Hernâni no lugar de um estourado Óliver e quando já estávamos nos 10 minutos finais, que os Dragões chegaram ao golo. Cruzamento de Otávio - voltou a entrar bem e a ser importantíssimo - e excelente cabeçada de Tiquinho Soares para a vitória e a liderança isolada do campeão nacional.

Conclusão:
Talvez o empate com golos, sei lá, 1-1, 2-2, traduzisse melhor o que foi a partida. Mas no futebol não há vitórias ou empates morais. Se o Braga fez um grande jogo, já o F.C.Porto mesmo que fosse notório o cansaço de alguns jogadores e mesmo não se exibindo a um nível alto, teve atitude, carácter, crença e quem tem estes atributos às vezes consegue vitórias daquelas que fazem a diferença nas contas finais.

Notas finais:
Quando aquele que é considerado o melhor árbitro português vai para os jogos do F.C.Porto condicionado pela miserável campanha que dirigentes, cartilheiros e máquina de propaganda ao serviço do SLB, faz contra si, não é capaz de ser imune à pressão e coacção e na dúvida decide sempre contra o F.C.Porto, algo vai muito mal no reino da arbitragem.

Foi o último jogo de um ciclo muito exigente, o F.C.Porto sai dele com um saldo claramente positivo. Líder do campeonato, líder do Grupo D e em óptima situação para passar à fase a eliminar da prova rainha da UEFA, está na Taça de Portugal e na discussão pela passagem à final-four da Taça da Liga. E sendo assim até se perdoa o facto de algumas exibições não atingirem a qualidade que está ao alcance desta equipa e só tem aparecido em alguns jogos.

Bem merecidos e significativos os quatro dias de folga que o treinador portista deu aos seus jogadores que não vão para as selecções.

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