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quinta-feira, 1 de novembro de 2018


Com dois jogos muito importantes no espaço de apenas 72 horas, sábado, Marítimo nos Barreiros para o campeonato e terça-feira, Lokomotiv de Moscovo no Dragão, num jogo que pode ser decisivo para para o futuro do F.C.Porto na Champions League, fez bem Sérgio Conceição em fazer uma revolução na equipa, recorrer e utilizar muitos dos jogadores que têm jogado menos.

Em função das alterações produzidas - em relação à equipa que iniciou o jogo de domingo passado frente ao Feirense, nem um único jogador começou o jogo de ontem -, não admirou que os azuis e brancos na primeira-parte tivessem dificuldades em imporem a sua mais valia individual e a sua superioridade colectiva. É verdade que o F.C.Porto dominava, não permitiu ao Varzim grandes situações de perigo - os poveiros tiveram 100% de eficácia, um remate enquadrado, um golo -, até teve oportunidades para ir para o intervalo em vantagem, mas depois de praticamente ter oferecido um golo, apenas conseguiu empatar, marcou Bazoer já quando se esgotavam os 45 minutos.

Na segunda-parte, já com Corona no lugar de Jorge, o F.C.Porto entrou muito forte, criou e desperdiçou várias oportunidades, até que Soares, que tinha entrado para a saída de João Pedro, colocou os Dragões na frente do marcador, estava consumada a reviravolta. Feito o mais difícil, porque só dava Porto, era previsível que os campeões dilatassem a vantagem, conseguissem uma vitória tranquila. Mas o futebol é fértil em surpresas. Passados apenas 3 minutos, um erro grave de Sérgio Oliveira, permitiu o empate do Varzim, foi preciso voltar a dar à pinhanha. O técnico dos Dragões esgotou as substituições, entrou Óliver, saiu Bazoer, e já com o espanhol a manobrar e nos últimos 10 minutos, primeiro num auto-golo do defesa dos poveiros Payne, pressionado por Tiquinho Soares, e pouco depois por André Pereira, após um fantástico número de magia de Tecatito Corona, fez o quarto golo, acabou com todas as dúvidas, garantiu os três pontos e a liderança isolada do Grupo C, embora com um jogo a mais em relação a Belenenses e Chaves.

Como conclusão:
Vitória justíssima e natural da equipa mais forte, frente a um Varzim que deu uma excelente réplica. Porque quando se faz uma revolução numa equipa não há milagres, a exibição não foi, nem podia ser, brilhante, mas na segunda-parte teve momentos de bom futebol.
Também não se pode exigir que jogadores que não jogam há muito tempo, entrem numa equipa sem rotinas e sem processos consolidados e brilhem. É preciso esperar, dar tempo ao tempo. Assim, aguardemos por outros jogos para falar principalmente de Jorge e Mbemba, já que João Pedro e Bazoer parecem ser jogadores com qualidade para contar como alternativas credíveis num futuro próximo.

Nota sobre Corona:
É óbvio que Tecatito Corona tem muito talento, é daqueles jogadores capaz de sacar coelhos da cartola, como se viu ontem, mas também é verdade que não é consistente, tão depressa faz grandes coisas, como passa ao lado dos jogos. É a altura do sim ou sopas, tem de ser esta a época da afirmação definitiva do mexicano. Não estarei errado se disser que só depende dele.

Notas de rodapé:
Um clube a viver um período muito complicado, saído de uma situação sem paralelo no futebol português, tem um presidente que aos primeiros assobios e contestação, cede à pressão e despede o treinador?

LFV: "Na presença do meu amigo Rui Rangel - chiu que alguém pode ouvir, não podíamos estar juntos - declaro para memória futura que não saio do Benfica sem ser campeão europeu."

Béla Guttmann até deu saltos na cova e quase ressuscitava.
- Ó Quim, sai mais um fardo de palha para a mesa do canto!

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