Com a final da Taça de Portugal ainda longe e, infelizmente, já sem provas europeias a atrapalhar, o F.C.Porto viajou até aos Açores para defrontar o Santa Clara. Era importante dar um sinal forte de que os Dragões estão aí, prontos para dar tudo na luta pelo título. Não foi um sinal forte, a exibição não foi famosa, mas o objectivo de sair de S.Miguel com os 3 pontos foi conseguido. E olhem, se tiver de ser sempre assim... que seja. Mas tenho pena que a jogada do golo de Manafá - falarei dela mais à frente -, tenha sido tipo única.

Entrando com Marchesín, Manafá - deu lugar a Pepe ao minuto 83 -, Mbemba, Marcano e Alex Telles, Danilo e Sérgio Oliveira, Otávio, Corona - substituído por Romário Baró iam decorridos 67 minutos - e Marega - saiu para a entrada de Nakajima ao minuto 90 -, Soares. Na 1ª parte as coisas  não estiveram famosas para o F.C.Porto. Foi um jogo muito disputado, quilizento, mais transpiração que inspiração, Santa Clara a dar excelente réplica e não permitir grandes oportunidades aos Dragões. Tirando um corte defeituoso de João Afonso, defesa da equipa da Ilha e que ia originando um auto-golo, raramente o conjunto da Invicta criou perigo, conseguiu superiorizar-se. Um bom exemplo das dificuldades e da forma como a equipa de Sérgio Conceição se exibia, foi um lance ao minuto 32: um monte de jogadores portistas dentro e à saída da área não conseguiram aliviar a bola, pior, fizeram uma falta perigosa, livre que terminou com a bola na barra de Marchesín. Estava o jogo assim, quando Sérgio Oliveira abriu em Manafá, o patinho feio arrancou, driblou, tabelou com o colega que lhe tinha passado a bola, recebeu mais à frente e na cara do guarda-redes deu vantagem aos azuis e brancos. Estavam decorridos 37 minutos, Dragões em vantagem sem terem feito muito por isso. Até ao intervalo apenas uma expulsão absurda do autor do golo, corrigida para cartão amarelo após intervenção do VAR e nada mais a realçar.
Resumindo, Porto na frente no final dos 45 minutos, resultado que penalizava a equipa açoreana.

Na 2ª parte o F.C.Porto até entrou bem, mas a primeira grande oportunidade foi da equipa de João Henrique. Mais um lance de bola parada, mais uma bola no ferro do guarda-redes argentino. O jogo continuou muito disputado, demasiado parado, raramente bem jogado, azuis e brancos com dificuldades em ligar o jogo, aproveitar os espaços, criar perigo. De um erro defensivo da equipa da casa, Marco derrubou Otávio, penálti. Alex Telles chamado a bater, atirou ao poste - mais um penálti desperdiçado, desta feita, felizmente, sem consequências. Aos 76 minutos Marcano de cabeça e após livre de Sérgio Oliveira, fez o segundo golo deu algum conforto ao conjunto de Sérgio Conceição. Cansado e com vários jogadores em dificuldades, incapaz de ter e circular a bola, arrefecer o jogo, o F.C.Porto nunca esteve sossegado, o Santa Clara nunca desistiu, merecia um golo.

Nota final:
Com o empate do Benfica frente ao Moreirense, grande surpresa, o F.C.Porto é líder do campeonato. Uma reviravolta sensacional na classificação que importa manter, agora que só dependemos de nós.  Descansar, tão importante como trabalhar e preparar bem o jogo com um Rio Ave bom de bola.

PS - Se com o F.C.Porto atrás, a festa já tinha começado, agora com o F.C.Porto na frente vai haver foguetório todos os dias. Temos de estar preparados. Coragem e nervos de aço.