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sexta-feira, 5 de maio de 2023


Partindo em vantagem após a vitória em Famalicão, o conseguiu o seu objectivo, mas continua pouco brilhante, com um nível exibicional abaixo do que se exige.


Com algumas alterações em relação ao jogo frente ao Boavista, Cláudio Ramos, Manafá, Fábio Cardoso, Pepe e Wendell, Otávio, Grujic, Uribe e Galeno, Pepê e Toni Martínez de início, a equipa de Sérgio Conceição viu o Famalicão começar atrevido, com mais bola, 
F.C.Porto na expectativa, quando tentava sair, tinha dificuldades, alguns jogadores, no meio-campo, especialmente, Grujic, tardavam a entrar no jogo. Aos poucos os Dragões começaram a acordar, mas não muito, os problemas mantinham-se, a incapacidade para encontrar espaços era notória, em simultâneo os espaços dados aos famalicenses que apareciam no último terço com perigo.
Aos 21 minutos não foi uma surpresa que os minhotos chegassem ao golo, com a defesa portista incapaz de por cobro ao lance, um livre sobre a esquerda.
Aos 25 minutos, penálti sobre Uribe, que o VAR assinalou e Manuel Mota concordou. Chamado a bater, Galeno marcou, empatou, mas foi um golo saído praticamente do nada.
Era fundamental que a equipa de Sérgio Conceição aproveitasse o factor golo para melhorar a qualidade, mostrasse quem manda.
Toni Martínez na 1ª jogada em que os azuis e brancos saíram com critério, podia ter feito melhor.
Na resposta, com Wendell a ser ultrapassado com muita facilidade, também por falta de ajuda, Cláudio Ramos evitou que os visitantes voltassem à vantagem.
Aos 38 Galeno bisou, mas o lance foi bem anulado por fora-de-jogo.
Até ao intervalo o jogo continuou no mesmo tom, nada de mais relevante a realçar.

Numa primeira-parte equilibrada - esperava-se bem mais do F.C.Porto -, com um resultado justo e com um Famalicão intenso, agressivo, bem organizado, sem medo de assumir e bom de bola, notaram-se as dificuldades que os campeões sentem frente a estas equipas. É preciso ser mais rápido a soltar, pensar e executar e isso raramente aconteceu nos primeiros 45 minutos.

Depois de ter jogado pouco na primeira-parte e com o Famalicão disposto a discutir a eliminatória, que F.C.Porto na etapa complementar? Foi quase uma fotocópia...
Sérgio Conceição não mexeu e o jogo começou com a equipa a cometer os mesmos erros. Pepê perdeu a bola em zona proibida, voltou a repetir, perigo junto à baliza de Cláudio Ramos. 
Eram novamente os minhotos por cima, portuenses muito mal. A lentidão de alguns jogadores do F.C.Porto é desesperante.
Depois de 10 minutos que apenas viu o adversário jogar, os Dragões pareceram acordar.
Ao minuto 60 bola no poste desviada pelo guarda-redes dos azuis e brancos.
De seguida entraram André Franco e Taremi, saíram Manafá e Grujic.
Com Otávio a pedar na batuta, o F.C.Porto estava bem, por cima, os famalicenses, com excepção lance da bola no poste, já não criavam grande perigo, mas era precisa estar atento. Com André Franco a entrar lento a executar e por isso a perder sempre a bola, desta vez foi o Famalicão a marcar contra a corrente do jogo e a empatar a eliminatória,  com Pepê completamente nas covas, depois de um contra-ataque rápido e mortífero, enquanto na jogada imediatamente anterior o do F.C.Porto foi uma  grande trapalhada.
Aos 80 minutos entraram Rodrigo Conceição e Evanilson e saíram Pepê e Toni Martínez.
Os Dragões tinham 10 minutos mais os descontos para evitar o prolongamento.
Com os jogadores do F.C.Porto com os nervos à flor da pele, perdidos em querer fazer tudo sozinhos, incapazes de ligar uma jogada, Cláudio Ramos voltou a salvar os portistas.
Com o jogo a ferver, muito coração, mas mais nada, o jogo terminou com a vitória pelo mesmo resultado da 1ª mão, prolongamento.
Tirando um pequeno período em que parecia ter a capacidade para resolver o jogo, o F.C.Porto voltou ao mau futebol que o tem caracterizado, com o jogo da Luz a ser a excepção que confirma a regra.

Com um prolongamento, o que pior podia ter acontecido nesta fase da época, que ao menos a equipa encontrasse um pequeno momento de inspiração para ganhar o jogo e estar no Jamor.

No 30 minutos suplementares saiu Wendell e entrou Zaidu.
O jogo continuava na mesma, Famalicão mais sereno, mais consistente, F.C.Porto tudo em esforço, muito confuso, raramente encontrando as melhores opções.
Inacreditável a forma quase sempre errada como se decidia no último terço, a quantidade de passes errados que faziam os dois laterais.
Os primeiros 15 minutos foram de muita confusão, muita discussão e pouco futebol.
Os segundos começaram com o F.C Porto a tentar jogar e o Famalicão a não deixar, abusando da falta. Vários livres e cantos, mas longe vão os tempos em que estes lances eram um perigo para os adversários do campeão.
Entrou Eustaquio e saiu Fábio Cardoso. 
Com a equipa João Pedro Sousa apenas preocupada em defender e à espera dos penáltis, a incapacidade dos azuis e brancos em marcar, até criar oportunidades, era flagrante.
Em cima do final e após um lançamento de linha lateral, um golo do outro mundo de Otávio fez o 2-2, deu aos portistas vantagem na eliminatória. A confirmação veio logo de seguida com o golo da vitória, marcou Evanilson.

Num jogo de grande intensidade, que teve de  tudo e com um final dramático, o F.C.Porto carimbou o passaporte para o Jamor.

No conjunto dos dois jogos pode dizer-se que está na final da taça com justiça, mas mais uma vez sofreu muito, a exibição deixou a desejar. 

Costuma dizer-se que tudo está bem quando acaba bem, mas de bom, hoje, apenas e mais uma vez, o resultado.
O que esta equipa tem a mais em coração, determinação, garra, capacidade para lutar até ao fim, tem de menos no nível exibicional. Há um claro défice de qualidade neste plantel.


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