Em Belgrado, no estádio do Partizan, casa emprestada do Maccabi Tel-Aviv e no primeiro jogo sobre o comando de Martín Anselmi, o FCP para poder chegar ao play-off da Liga Europa, evitar quaisquer tipo de surpresa, tinha de vencer os israelitas.
De início com Diogo Costa, João Mário, Tiago Djaló, Otávio e Francisco Moura, Eustáquio, Alan Varela e Nico, Fábio Vieira, Namaso e Pepê, e num relvado em mau estado, o FCP entrou a tentar pressionar alto, mas também a complicar na saída e errar passes fáceis - até Diogo Costa errou dois. Quando tinha bola no perto da área, faltava definir e passar bem, ser mais acutilante no ataque - Namaso estava muito sozinho. Era importante que os médios se chegassem à frente, mais junto do inglês. Entretanto os azuis e brancos iam ganhando cantos e livres, mas sem perigo para os israelitas, em paralelo alguns jogadores abusavam dos maus passes - Pepê em evidência - e dos passes para o guarda-redes. Toques e mais toques, remates zero, oportunidades de golo nem uma durante os primeiros 45 minutos.
Perante tanta falta de contundência, um ataque de pólvora seca, não admira que ao intervalo o nulo prevalecesse. Pedia-se mais agressividade e mais determinação na zona de finalização. Até porque com este resultado o FCP estava fora da Liga Europa.
Para a 2ª parte Martín Anselmi manteve o mesmo onze, mas era fundamental mais intensidade, mais poder de fogo, mais gente a aparecer onde se decidem os jogos. Entretanto vários jogadores caíam mais do que jogavam. E quando se soltou bem pela primeira vez no ataque e criou uma grande oportunidade, Namaso sozinho na cara do guarda-redes, falhou. Com Francisco Moura amarelado o Maccabi atacava por esse lado, Pepê e Fábio Vieira competiam para ver quem errava mais. Aos 58 minutos excelente cruzamento de João Mário e entrada de cabeça de Nico para o golo que deu vantagem aos Dragões. Era preciso perceber que não estava feito, importante manter a concentração e procurar marcar mais golos. E o aviso veio logo, a bola bateu na barra de Diogo Costa. Martín Anselmi tirou Fábio Vieira - mais uma exibição muito abaixo dos mínimos exigíveis. Que jogador é este? - e Namaso, entraram Vasco Sousa e Gul. Depois do golo Maccabi reagiu, o FCP perdeu a capacidade de ter bola e chegar na frente com perigo. A ingenuidade dos atacantes portistas até mete pena. Aos 75 minutos entraram Zaidu e Galeno, saíram Francisco Moura e Pepê.
Incapaz de ter bola e chegar à frente, o FCP estava a pôr-se a jeito, só não sofreu golo por muito pouco. Era o Porto do costume: nervoso, trapalhão, errático. Galeno com espaço não aproveitava para decidir. Se Namaso não fez nada, Gul parecia apostado em fazer pior. Não dava sequência a um lance. Ora perdia bolas fáceis ora fazia falta - mas o FCP acha que vai a qualquer lado com estes avançados? Se têm possibilidade de contratar entra pelos olhos dentro que é um avançado. Aos 84 saiu Nico e entrou Zé Pedro. Avançou Eustaquio para o meio-campo. O jogo caminhava para o fim e as dificuldades continuavam, os passes errados também, idem para o perigo para Diogo Costa. A bola chegou a entrar, valeu que havia fora-de-jogo. Um sufoco a parte final do jogo.
A partida terminou e a única coisa que se aproveitou foi a vitória e o apuramento em 18º. Já que a exibição foi muitíssimo fraca. O FCP tem que ser muito mais que isto. Não pode jogar tão mal. Muito trabalho para Martín Anselmi que entrou com o pé direito. Pôs fim a uma série de maus resultados e conseguiu o objectivo de manter o FCP na Liga Europa.
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