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quarta-feira, 30 de setembro de 2009


Não marcou nenhum golo, não fez nenhuma assistência para golo, mas foi a alma, a crença, a fibra e a coragem do Dragão. Fucile, o melhor em campo, fez um jogo notável e foi ele, com a sua atitude, o seu carácter, que contagiou a equipa, a manteve sempre acordada e, nunca a deixou baixar os braços, mesmo quando pela qualidade de jogo, domínio e superioridade - principalmente a partir da saída de T.Costa, entrada de Guarín, com a passagem de Meireles para a posição 6 - os Tetracampeões portugueses já justificavam uma vantagem que teimava em não se materializar. Um Fucile de oiro!

Se na primeira-parte o jogo foi repartido, com poucas oportunidades de golo, mas com um ligeiro domínio de um F.C.Porto sereno, concentrado, a jogar bem, embora pouco contundente no ataque, na segunda, e a partir da feliz substituição e alteração, já referidas, os Dragões arrancaram para vinte minutos finais de grande fulgor, marcaram dois golos, podiam ter marcado mais um ou outro e terminaram em grande, uma partida muito difícil, frente a um adversário recheado de grandes jogadores.
É um Porto com este espírito que queremos na Champions, mas também na Liga, pois este Porto de hoje, chega e sobra, apesar do foguetório vermelho, para ganhar o Penta. Estas vitórias moralizam, fazem ultrapassar mais rapidamente etapas, dão confiança e tranquilidade. Que os próximos jogos confirmem esta teoria e não voltemos aos tempos de a seguir a um bom jogo, vir um mau e tudo ter de voltar ao princípio.

Duas notas finais: uma, para os perto de 40 mil portistas que apoiaram sempre a equipa e a ajudaram com o seu apoio a chegar à vitória.
A outra, para o anão que capitaneou o Atlético e que pretendeu ser engraçadinho, chamando à colação o clube onde espera ter uma reforma dourada, para menorizar o F.C.Porto. Teve o que merecia: jogou pouco e saiu do campo sob um merecido coro de assobios. Para o anão Simãozinho duas labaredas de Dragão, com todo o desprezo!

Os jogadores um a um:
Helton: está muito bem o guarda-redes portista depois do lance do jogo de Braga - achei e mantenho, que foi mal batido. Não teve muito trabalho, mas defendeu o que tinha a defender e esteve sempre sereno, transmitindo confiança a uma defesa que ainda não acertou nos lances de bola parada.
Fucile: não preciso de dizer mais nada. Ou melhor, acho que fez a melhor exibição com a camisola do F.C.Porto.
Rolando: melhor que frente ao Sporting, mas ainda não está o jogador da época passada, tendo hesitações que podem ser comprometedoras.
Bruno Alves: se não considerarmos os lances de bola parada, onde por exemplo, permitiu que um jogador do Atlético cabeceasse à vontade e que só não deu golo por acaso, o capitão portista, fez um jogo exemplar e está a chegar ao seu melhor nível. Que assente e só pense no F.C.Porto, é bom para o clube, mas também para ele.
Álvaro Pereira: tem pilhas que nunca mais acabam... É um jogador consistente, que trás a equipa para a frente e dá pela esquerda, grande profundidade ao jogo portista. Uma excelente aquisição, de um jogador que joga quase sempre a níveis altos.
T.Costa: tirando uma perda de bola que podia ter tido consequências, até fez um jogo muito aceitável para quem não está habituado ao lugar. Saiu e a partir da sua saída a equipa melhorou o que pode transmitir a ideia que jogou mal. Não acho e comparativamente ao jogo de sábado, foi uma diferença como da água para o vinho.
Meireles: primeira-parte não muito famosa, mas na segunda, jogou muito bem, embora melhor na posição 6 que na meia-esquerda. Aguentou os 90 minutos o que é óptimo!
Belluschi: muito bom jogo do argentino e no tempo todo. Criativo, dinâmico, capaz de ter a bola, de a segurar, soltando-a no momento certo, o argentino que tem uma técnica superior, foi um dos melhores em campo. Aos poucos vai percebendo como se tem de encaixar na equipa e já começa a render o que se esperava dele.
Guarín: entrou muito bem no jogo e com a entrada dele a equipa ganhou bastante, em posse, em poder de choque e em capaciade de tiro à distância. Foi a partir de um remate seu que a equipa percebeu que sem rematar à baliza, não se marcam golos.
Mariano: frente ao Sporting esteve muito mal, mas hoje fez, quanto a mim, um bom jogo. Não teve jogadas de génio, mas cumpriu bem a sua função Atacando e defendendo sempre a preceito, passando bem e segurando bem, Mariano deu um belo contributo para a vitória portista, facto reconhecido pelas claques que lhe tributaram uma justa homenagem, cantando o seu nome, na hora da substituição. Foi o Mariano da parte final da época passada, que, recorde-se, foi muito importante na conquista do título.
Hulk: mais um grande jogo do Incrível, que foi fundamental na vitória portista. Não sei se é impressão minha, mas parece-me ainda longe do seu melhor, fisicamente falando, o que o faz às vezes, perder jogadas que em condições normais não perderia.
Falcao: um ponta-de-lança de excelência, sem dúvida o melhor depois de Jardel. Mais um golo à matador, com um sentido de oportunidade só ao alcance dos chamados ratos de área. Um pequeno defeito, que acho deve ser corrigido: não deve andar às fintinhas no meio-campo, mas jogar simples, de primeira e ir ocupar o espaço na área, onde é decisivo...
Farías e Valeri: não deu para nada e foram apenas substituições para glorificar os que saíram e queimar tempo.

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