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domingo, 4 de maio de 2008



Se na semana passada falei em Campeões da Seriedade, hoje, infelizmente, tenho de dizer o contrário.
Mesmo admitindo e aceitando, que possa haver uma certa descompressão e um certo relaxamento, há limites que não podem, nem devem, ser ultrapassados. Neste jogo com o Nacional, o F.C.Porto ficou muito abaixo dos limites mínimos exigíveis a um Campeão.
Aquilo foi uma caricatura do Campeão.
Os profissionais azuis e brancos, não podiam, nem deviam, encarar o jogo, último da época no Dragão, da forma displicente e pouco séria como o fizeram. Deixaram uma péssima imagem, a última é sempre a que fica, nos mais de quarenta mil adeptos que foram ao Estádio. Aliás, a forma como a equipa portista iniciou o jogo, deixou logo perceber, que ontem não era dia para grandes feitos. Cometeram mais erros neste jogo com o Nacional, que nos 28 jogos anteriores.

Nunca foi tão fácil analisar a equipa do F.C.Porto: ninguém se salvou, todos jogaram mal, mas, Quaresma e principalmente Bosingwa, abusaram.
Sobre o que se diz estar de saída, só tenho uma coisa a dizer: com esta mentalidade e este espírito, de só jogar a sério quando lhe dá na telha, vai ter seguramente muitos dissabores seja lá para onde for.

Quanto ao nº7, porque fez de facto um grande jogo em Guimarães, resolveu no final da partida do D.Afonso Henriques, abrir a boca, não o devia ter feito, perdeu uma grande oportunidade para estar calado, pois a exibição contra os madeirenses foi tão má, que fez esquecer rapidamente a do jogo anterior.
A inconstância exibicional de Quaresma é a sua imagem de marca.

Uma palavra para Jesualdo: não sei como foi preparado o jogo contra o Vitória, nem como foi preparado o jogo contra o Nacional, mas há uma coisa que eu sei; a equipa passou do 80 para o 8 no espaço de uma semana e isso também é responsabilidade do treinador.


Uma referência e um grande aplauso para a claque dos Super-Dragões. Estiveram do princípio ao fim a apoiar e a incentivar, sendo a única nota positiva do jogo de ontem.

Nota final: apesar de tudo de mau que se passou, acredito que se tratou apenas uma excepção e o F.C.Porto, brilhante Tri-Campeão, vai dar a volta por cima, apresentando-se nos jogos que faltam ao nível que habituou os seus fieis adeptos.

Um banho de humildade não faz mal a ninguém e às vezes há males que vêm por bem.

É pois, apesar de tudo, com optimismo, que encaro os dois jogos que faltam, principalmente o jogo da Taça de Portugal.

Ficam as declarações do Mestre e do capitão P.Emanuel:

Jesualdo Ferreira:"A equipa entrou desligada, desconcentrada. Todos temos consciência de que se tivéssemos jogado assim no campeonato não tínhamos ganho nada e, se encararmos os dois jogos que restam com esta atitude não ganhamos nada, seguramente"
"Estamos zangados. Nós, os jogadores, toda a estrutura"

"As duas semanas que restam têm de ser bem mais sérias"

"Todos temos de ter consciência de que, se não formos o FC Porto de até aqui, dificilmente ganharemos alguma coisa".
"A melhor equipa do FC Porto foram os adeptos, os 42 mil que estiveram no Dragão e não mereciam a infelicidade de ver a sua equipa despedir-se uma forma pouco brilhante, com uma exibição medíocre. O Nacional ganhou bem. Não jogámos como uma equipa e, quando assim é, temos dificuldade. Sempre disse isto, desde que estou no FC Porto".

"Não fomos uma equipa séria"

"Três golos não funciona senão como a consequência de uma má exibição"

P.Emanuel:"Depois desta derrota, podemos estar a dizer que foi por isto ou foi por aquilo, mas o mais importante é que temos que ir para casa e perceber o que se passou. Temos de ir para casa e levar a mão à consciência. Hoje foi mau de mais. Espero que na próxima semana possamos repor a nossa verdadeira imagem. O subconsciente, por mais que não se queira, acaba por ser nosso inimigo."


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