sábado, 15 de novembro de 2008
De facto é uma pena, que o F.C.Porto, mesmo sem ter feito um jogo estraordinário, não tenha ganho por mais: merecia-o, sem dúvida nenhuma! Foi pena que tanta superioridade, tanto domínio, tantos livres, cantos e remates, perante um adversário que não criou um lance de perigo, não se reflectisse, num resultado mais dilatado.
Iniciando o jogo no sistema preferido de Jesualdo, o 4x3x3, a equipa portista entrou muito bem muito forte, mas foi uma pressão intermitente, que foi permitindo que o Vitória, com mais ou menos dificuldades, fosse levando a água ao seu moinho e aguentado o zero a zero. À equipa Campeã, faltou, principalmente, contundência no ataque e mais constância exibicional. Ficou a sensação que se o primeiro golo tem entrado mais cedo, poderiamos ter ganho p
or mais e jogado melhor. Na frente é que está, neste momento, o problema: Tarik está muito aquém do jogador da última época. Rodríguez, voluntarioso e empenhado, mas a falhar no último passe e também, em jogadas de contra-ataque com superioridade numérica - várias vezes o Cebola, perdeu a bola, quando se a passa bem, deixava um colega na cara do guarda-redes -, tarda em fazer um grande jogo. Sobra apenas Lisandro, que não tendo o mesmo instinto de matador do ano do Tri, é o melhor avançado da equipa.

Que falta fez Hulk, já que Farías, apesar do golo, jogou pouco.
Nos outros sectores não há grandes razões de queixa.
O meio-campo, teve em Fernando, o melhor elemento, seguido de R.Meireles, com Lucho a alternar coisa muito boas, com perdas de bola, anormais, num jogador da sua categoria. Está a faltar a esta equipa azul e branca, o talento do internacional argentino.
Nada apontar à defesa, com os centrais muito bem e até os laterais - Sapunaru na direita e Fucile na esquerda - fizeram um bom jogo.
Helton não teve grande trabalho e quando foi chamado a intervir, fê-lo bem.

Depois de Kiev e Alvalade, era importante dar continuidade às vitórias, pois só as vitórias, dão confiança, tranquilidade, melhoram a auto-estima e permitem que a equipa possa entrar no caminho que a levará, estou confiante, ao lugar cimeiro da classificação.
Notas finais: nunca faltou apoio e mesmo com o resultado em zero a zero, nunca se ouviram assobios: é um bom sinal!
37410 espectadores , é um bom número e a indicar que os portistas já ultrapassaram, o período triste e de falta de confiança na equipa.
A arbitragem foi boa, ficam-me apenas dúvidas - escrevo ser ver as imagens - num lance em que Lisandro fez golo, mas foi assinalado fora-de-jogo.
Mais simples«Tornámos o jogo relativamente mais simples do que eventualmente poderíamos esperar. O FC Porto fez uma boa primeira parte, mas faltou-lhe o golo, em função de tudo aquilo que fez.»
Abertura para o golo«Na segunda parte, o Guimarães abriu mais o jogo e, aí, tornou-se mais fácil chegar ao golo.»
Desafio superado«Deixo uma palavra de apreço para os jogadores, por conseguirmos superar estes dez dias difíceis com três vitórias. Passámo-los com profissionalismo e todos os jogadores sabem que é assim que temos de jogar e ganhar.»
Esforço conjunto«Sinceramente, no decorrer do encontro, nem me lembrei de que completava o meu centésimo jogo pelo F.C. Porto. Hoje era imperativo ganhar e tivemos a massa associativa a puxar por nós desde o primeiro minuto, o que revela a conjugação de esforços que nos envolve a todos.»
Descanso merecido«Vou dar dois dias de folga, porque os jogadores merecem e até porque há o jogo da selecção.»
Trajecto mais fácil«O trajecto será, agora, seguramente mais fácil. Era importante que chegássemos a conclusões simples e que percebêssemos que é este o nosso método, que são estes os nossos processos e é assim que temos de ganhar.»
