terça-feira, 25 de novembro de 2008
É com a emoção à flor da pele, que começo por dizer: já lá estamos!!!
O F.C.Porto, melhor clube português dos últimos trinta anos, conseguiu, no inferno turco, apurar-se para os oitavos-de-final da Champions League, a uma jornada do fim. É um feito extraordinário, até porque é a terceira vez consecutiva, que o Campeão, ou melhor o Tri-Campeão, o consegue. E consegue-o, contra os prognósticos de alguns, que deviam ser os primeiros a apoiar, a ter uma palavra de estímulo, a confiar, mas portam-se como se fossem adeptos adversários, sempre à espera das coisas correrem mal, para poderem falar.
Como eu disse por diversas vezes, não temos um plantel de estrelas, nem uma super-equipa, mas não eramos tão maus, como alguns nos pintavam.
Hoje vimos um F.C.Porto com um fato à medida e por isso, é justo, ter uma palavra de parabéns ao alfaiate: o treinador Jesualdo Ferreira!
Foi um Dragão com a lição bem estudada, que sabia o que queria e a forma de o conseguir. Depois de um período, no início da partida, onde tivemos alguns problemas, o conjunto portista encontrou a forma de travar os amarelos e pretos, de Luis Aragonés e partir à conquista da vitória, que o coloca, com todo o mérito, na fase seguinte da prova mais importante da Uefa.
Como está à vista, a crónica da morte do F.C.Porto, era manifestamente exagerada.
Também demos, definitivamente, um pontapé na crise e estamos aí, prontos para tudo. Contem com o Dragão!
Lisandro, o homem do jogo, mesmo contra algumas vozes, que diziam: - sente muito a falta de Lucho -, está a voltar à forma que o notabilizou na época passada e isso, é muito bom sinal.
Como a equipa valeu por um todo, não seria justo estar a destacar mais alguém, para além do marcador dos golos. Corria o risco de ser injusto para um ou outro, pois houveram muito boas exibições na equipa portista.
Tal como tinha acontecido em Kiev, esta equipa mostrou que está à altura do prestígio e das ambições, que são muitas, do F.C.Porto e mostrou alma, raça e crença, que são, como todos sabemos, a imagem de marca das equipas azuis e brancas da Invicta.
Declarações de Jesualdo:
«O F.C. Porto conseguiu duas vitórias importantes fora de casa. Recuperámos os pontos perdidos em casa e estamos pelo terceiro ano seguido nos oitavos. Agora frente ao Arsenal não temos nada a perder. Vai ser um jogo diferente. Hoje tivemos algumas dificuldades no inicio, mas depois fizemos dois golos e poderíamos ter feito mais alguns. Tivemos que sofrer na parte final devido ao golo deles. Mas merecemos muito este resultado. Temos trabalhado muito.»
Sobre a qualidade da exibição do F.C. Porto: «Vamos ficar com a primeira parte como manual de instruções para o que queremos do nosso jogo. Interpretámos muito bem o plano que havíamos concebido. Tínhamos que aproveitar aquilo que também é o modelo do Fenerbahçe e acho que foi isso que aconteceu. Eles jogam sempre da mesma maneira, acabam por ser previsíveis e aproveitámos bem isso.»
De Lisandro:
«Tínhamos o objectivo de seguir em frente e estamos felicíssimos. Eu tento sempre fazer golos, mas nem sempre as coisas saem bem. Mas garanto que coloco em todos os jogos a mesma entrega e atitude. Agora espero dormir bem na viagem para Portugal. Estou muito cansado. Acabei morto o jogo de hoje.»
Do capitão, Pedro Emanuel:
«Esta equipa precisava de tempo, para se adaptar. Tínhamos jogadores que só chegaram este ano, alguns jogadores novos, com falta de experiência na Liga dos Campeões. De qualquer forma, tínhamos um plano para a Liga dos Campeões e conseguimos o nosso objectivo. Aliás, acho que hoje o resultado peca por escasso. Tenho que dar os parabéns a este grupo fantástico. Quanto a mim, jogo onde for necessário.»
«Esta equipa precisava de tempo, para se adaptar. Tínhamos jogadores que só chegaram este ano, alguns jogadores novos, com falta de experiência na Liga dos Campeões. De qualquer forma, tínhamos um plano para a Liga dos Campeões e conseguimos o nosso objectivo. Aliás, acho que hoje o resultado peca por escasso. Tenho que dar os parabéns a este grupo fantástico. Quanto a mim, jogo onde for necessário.»