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sexta-feira, 5 de novembro de 2010


Começo pelo fim: se este Paolo Tagliavento, foi o árbitro do ano em Itália, muita mal vai a arbitragem italiana... Tantos erros grosseiros, com o F.C.Porto a ser a equipa mais prejudicada...

Com um jogo importante no Domingo frente ao clube do regime e tendo menos 48 horas de descanso que o seu próximo adversário, que jogou na terça-feira, o F.C.Porto partiu para confronto com os turcos do Besiktas, com alguns objectivos bem definidos: em primeiro lugar ganhar para conseguir o apuramento; depois, em função do desenrolar da partida, ir gerindo de forma que o desgaste não fosse muito e para isso, fazendo as substituições necessárias para que ninguém ficasse demasiado desgastado para o jogo da Liga Zon Sagres; se no final, conjugando os resultados dos dois jogos, desse para, matematicamente, conseguir o primeiro lugar no Grupo L, óptimo, ficaria tudo resolvido a duas jornadas do fim. Conseguimos o apuramento, a gestão dos recursos humanos foi conseguida - para isso contribuiu que passado pouco tempo depois da expulsão de Rodríguez, também um jogador turco foi para a rua... -, mas não ganhamos e ao deixar escapar a vitória, não conseguimos garantir o primeiro lugar. Porquê?, tenho para mim que a saída de "Cebola" foi determinante.
Vamos lá a ver: sem ser exuberante na exibição, alternando bons períodos, com períodos em que foi pouco brilhante, a equipa portista ganhava, controlava, geria e apenas pecava na finalização. Era assim que estava o jogo, até ao momento, em que uma atitude irrefletida do internacional uruguaio, alterou tudo. Acusando a saída do seu nº 10, demorando a organizar-se, o conjunto de Villas-Boas sofreu um golo, passou um mau bocado e teve alguma sorte, ao ver bater duas bolas bater na trave da baliza de Helton. Passado esse mau bocado - durou cerca de 15 minutos -, o F.C.Porto, é verdade, voltou a estar por cima, teve lances de golo - acho que até marcou um, mas o robot que está junto à linha não viu -, mas já não foi capaz de voltar à qualidade que tinha demonstrado antes da saída de "Cebola". Faltou esclarecimento, foi mais coração que cabeça.

Resumindo: não foi mau, mas podia ter sido bem melhor, bastando para isso maior indíce de aproveitamento e mais cabeça fria da parte de um jogador que tarda em encontrar-se e ainda por cima, ferve em pouca água. Certo, o primeiro amarelo é absurdo, mas Rodríguez é um jogador experiente e tinha obrigação de não reagir a provocações.

Helton, Fucile, Rolando, Otamendi e Álvaro: não estiveram mal, mas Otamendi pecou em alguns lances, lances em que esteve trapalhão e não foi rápido a matar as jogadas. Fucile, até gostei, mas e há sempre um mas em relação ao uruguaio, perdeu-se em demasiadas fintinhas que deram origem a um ou outro conta-ataque perigoso. Sapunaru não é tão jogador e por essa razão não inventa tanto, mas também não compromete tanto. Helton ia "mamando" um chapéu de abas largas, porque estava muito adiantado. Espero que tenha aprendido a lição.

Guarín, Belluschi, Moutinho, Souza, Rúben Micael: o melhor foi o colombiano, apesar de não ter rotinas de trinco - aquele triângulo, trinco, centrais, não foi tão eficaz como costuma ser com Fernando -, Souza e Moutinho entraram numa altura complicada. Belluschi bem na primeira-parte e até ao momento da expulsão de "Cebola". Era ele a controlar o ritmo, com menos um, perdeu-se até ser substituído pelo ex-jogador leonino. R.Micael, voltou a não ser o jogador determinante que foi na época 2009/2010, até se lesionar.

Hulk, Falcao, Walter e Rodríguez: Walter não teve tempo. Falcao esteve muito perdulário - marcou bem o penalty. Será que vai ser o marcador das grandes-penalidades? Hulk excelente durante os primeiros 45 minutos - fez duas assistências maravilhosas para Falcao e que o colombiano falhou escandalosamente - e nos segundos, para além de falhar um golo cantado, numa jogada do melhor que tenho visto, fez pouco mais, acabando por sair a meia-hora do fim - Villas-Boas manteve e bem o roteiro que tinha traçado para este jogo... Sobre Rodríguez já disse tudo.

34.139 espectadores. Uma excelente casa, tendo em conta a hora e o jogo de Domingo. Em tempos de crise é preciso fazer opções...

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