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domingo, 14 de novembro de 2010


É natural e compreensível que depois de uma vitória tão retumbante e tão categórica como a de domingo passado, haja tendência para descomprimir, baixar o tom, pensar que o mais difícil já foi conseguido e não é necessário manter a mesma atitude, o mesmo espírito e a mesma concentração como contra o Benfica. Compreendo isso muito bem e ia mentalizado que esta noite não seria de Ópera, mas também não ia à espera de tanto cinzentismo, de uma música tão desafinada. Quando num domingo à noite, contra um adversário pouco apelativo, com todo o respeito pelo Portimonense e com um tempo chuvoso e frio, se tem 40.418 espectadores no Estádio, não se deve baixar tanto o nível exibicional, passar de 80 para 8. Com isso "mata-se" o entusiasmo, desmobiliza-se os adeptos, perde-se o estado de graça. As alterações, que foram várias, servem como atenuantes, mas não explicam tudo. O problema que afectou esta noite a equipa do F.C.Porto foi um mal que, pensava eu, estava definitivamente ultrapassado e dera lugar à imagem de marca do Dragão de Villas-Boas: um colectivo forte que potencia as individualidades. Hoje as individualidades quiseram fazer tudo sozinhas, marcar golos de qualquer maneira, até do meio-campo e assim, nem brilhou o colectivo nem brilharam as individualidades. Ganhamos, mantivemos a distância e isso é fundamental, é o que importa, dirão alguns. Pois, mas para mim isso não chega, é possível juntar o útil ao agradável e hoje foi como um regresso ao passado recente. No passado noites como esta eram a regra, espero que com Villas-Boas, sejam a excepção.

Como não gostei de ninguém em particular - talvez Walter pelo golo e Otamendi que esteve certinho, escapem -, não vou fazer análises individuais. Tinha que baixar o pau e esta equipa pelo que tem conseguido não merece.

Se fosse noutro relvado, com o que choveu esta noite, teriamos pólo aquático, no Dragão tivemos futebol, fraco, é verdade, mas não foi pelo relvado que nem sentiu os chuveiros...

Li as declarações do treinador do F.C.Porto e parece que ele não concorda com esta análise de descompressão, abrandamento... Paciência, embora compreenda o discurso, que para dentro tem de ser diferente. Mal vai se não for...

Uma boa notícia para quem puder: «Dragão celebra aniversário com treino aberto aos adeptos

Para celebrar a efeméride, o clube decidiu realizar no estádio um treino aberto a sócios, adeptos e simpatizantes, agendado para as 10h30. Este é, de resto, o primeiro treino aberto do F.C. Porto na era André Villas-Boas, uma vez que o clube tem como hábito abrir ao público, apenas, o primeiro treino do ano.

Para além do apronto, quem se deslocar ao Dragão poderá privar com o argentino Belluschi que, pelas 12 horas, estará na Loja Azul do estádio para um sessão de autógrafos

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