F.C. Porto com: Helton, Sapunaru, Rolando, Otamendi e Fucile, Souza, Moutinho e Guarín, Hulk, Kléber e C.Rodríguez.
Entraram: Varela para o lugar de C.Rodríguez aos 68 minutos; Fernando e Belluschi para os lugares de Souza e Kléber, aos 77 minutos.

F.C. Barcelona: V.Valdez, D.Alves, Mascherano, Abidal, e Adriano, Xavi, Iniesta e Keita, Pedro L.Messi e D.Villa.
Entraram: A.Sanchez para o lugar de Villa aos 62 minutos; Busquets para o lugar de Adriano, aos 63; e Fabregas para o lugar de Pedro aos 80. 
Estádio cheio, grande ambiente, duas claques apaixonadas e vibrantes, um clima de festa, todos os ingredientes reunidos para uma grande noite do futebol. De um lado o campeão europeu, o super-Barça de Pepe Guardiola, considerada a melhor equipa do mundo e super-favorita, do outro o F.C.Porto, vencedor da Liga Europa, único clube do futebol português que de há muitos anos a esta parte, consegue estar na alta roda do desporto-rei e competir ao mais alto nível.

E o F.C.Porto competiu, perdeu e perdeu bem, frente a uma equipa que lhe é superior, aliás o Barça é superior a todas as equipas do futebol mundial, mas não há nada a apontar à equipa portista. Trabalhou, lutou, mostrou qualidade e saiu do principado com o prestígio incólume.
Frente a este Barcelona para ganhar é preciso fazer uma exibição perfeita. Linhas bem marcadas, espaços reduzidos, concentração máxima, qualidade com a bola e não cometer erros. Eles com espaços, com tempo para pensar e executar, não dão hipóteses, mais, cada erro paga-se caro. Foi, numa análise simplista, mais ou menos isto que se passou. Estivemos bem, concentrados, bem tacticamente, o Barça dominava, mas o Porto replicava, até que Guarín, cabeça sabe-se lá onde, cometeu um erro, entregou a bola a L.Messi e entregar a bola a L.Messi naquela zona, é a morte do artista.

Foi com a vantagem mínima e injusta, que o Barcelona foi para o intervalo. Voltamos bem, fomos estando vivos e bem vivos no jogo, criamos lances de perigo, até que, na fase final e já com menos um - expulsão de Rolando -, sofremos o segundo golo, a 3 minutos do fim, resultado que é justo, embora o F.C.Porto merecesse ter marcado.
Não vou falar do árbitro, não vale a pena. Não gosto de me desculpar com conversa de calimero, mesmo  quando as razões são óbvias.

Notas finais:
primeira, uma palavra de grande apoio e solidariedade para Vítor Pereira. O treinador do F.C.Porto, como se já fosse pouco, ter um enorme avião para tripular, tem tido que lidar com azias, amuos, de alguns, que se não fosse o F.C.Porto andavam por aí, sabe-se lá onde, sem qualquer visibilidade. Se não fosse o F.C.Porto colocá-los na montra e dar-lhes todas as condições, andariam, quem sabe, a arrastar-se num qualquer clube, daqueles que ao fim do mês não pagam salários. Respeito e profissionalismo é o que se exige. Coitados daqueles que forem por outros caminhos. Apesar tudo, destas e outras contrariedades - Copa América e Mundial de sub-20... -, mérito de Vítor Pereira, na forma como montou a equipa. O conjunto azul e branco esteve bem tacticamente, sabia o que tinha de fazer, como contrariar o Barça. E manteve o sistema... Temos homem. Só precisa de apoio e que rapidamente as coisas se normalizem.

A este propósito e é a segunda nota, para os responsáveis portistas:
Meus amigos, se for preciso cortar a direito, cortem. Se necessário fechar o ciclo, um ano antes, fechem-no.
Defendam intransigentemente os interesses do F.C.Porto, mas não poupem os aziados e os amuados.
O F.C.Porto é muito grande, muito maior que alguns pseudo-craques.
Ah, precisamos com urgência de um bom avançado. Kléber, acredito, vai lá, mas ainda precisa de tarimbar e com tanta pressão em cima, não está fácil.

A última nota vai para o jornalista da RTP, Carlos Manuel Albuquerque:
patéticas, absolutamente ridículas, as perguntas a Helton. Valeu-lhe o fair-play do capitão portista com outro... "Que recordação vai guardar do primeiro golo do Barcelona?"; "Esta derrota vai deixar traumas na equipa?" 

Sobre o Freitas Lobo, esse nojento, podem ver aqui e aqui