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domingo, 11 de dezembro de 2011


Nota introdutória:
No post 1500, uma entrevista, virtual, ao treinador do F.C.Porto, Vítor Pereira. Por essa razão e porque é um mero exercício especulativo, não pode, nem deve, merecer qualquer extrapolação.

Dragão até à morte (DAM) - Vítor, desculpe a pergunta ser assim, de chofre, mas você é masoquista? Pergunto-lhe, porque você tem dois laterais-direitos, Fucile e Sapunaru e joga com um central adaptado, Maicon.
Vítor Pereira ( VP) - Ah, ah, ah, não sou, não e como sabe, já respondi a essa pergunta.
A competência e o carácter do jogador, dão-me a garantia na função. Posso compreender que quem está de fora até possa achar estranho, mas quem tem de analisar todas as vertentes e trabalha diariamente com o grupo, está muito mais habilitado para saber quem deve ou não deve jogar. Veja-se o caso do Real Madrid. Frente ao Barça, um jogo de grau de dificuldade máxima, preferiu jogar com Coentrão, um esquerdino, no lado direito, em vez de Sergio Ramos e com Arbeloa e Albiol no banco. Procuro, como é óbvio, escolher aqueles que me parecem em melhores condições para atingirmos o objectivo, ganhar.

DAM - Vítor, você também já respondeu à questão de jogar com Hulk no lugar do chamado ponta-de-lança, em detrimento de Walter e Kléber. Mas insisto, porquê? O Vítor diz que tem confiança nos dois, conta com os dois, mas depois... joga Hulk.
VP - Vila Pouca, conto com Walter e Kléber, mas entendo que a equipa com Hulk no meio, rende mais. Como deve calcular, há coisas que nenhum treinador deve falar publicamente, ficam no segredo do grupo e da estrutura do futebol.

DAM - Sem ser brilhante, longe disso, os dois últimos jogos para o campeonato, tiveram exibições que justificaram a vitória. Mas quer frente ao Braga, quer frente ao Beira-Mar, nos últimos minutos desconcentrações inadmissíveis, se por um lado não tiveram consequências, por outro e como no futebol as últimas impressões é que contam, deixaram uma impressão que não foi a melhor. Pior, que logo foi aproveitada para colocar em causa os méritos das vitórias e do que de bom, tinha sido feito anteriormente. Se no jogo frente aos minhotos, a vantagem era confortável e com muita boa vontade ainda se tolera, já contra os aveirenses e com a diferença mínima, já custa mais a compreender e aceitar. Porquê?
VP - É uma questão pertinente, que temos de corrigir rapidamente e que não pode voltar a acontecer. Pode acreditar, que não é por falta de alertas e de chamadas de atenção, antes, durante e no final dos jogos.

DAM - Mesmo ainda faltando um jogo para a pausa natalícia e correndo o risco da pergunta ser prematura, tenho de lha fazer. O Vítor disse que não sairão quaisquer jogadores que considere fundamentais para alcançar o sucesso. Admite abdicar de um desses fundamentais, mas que poderão ser mais facilmente substituíveis dentro dos que já tem no plantel, em nome de uma contratação que o treinador do F.C.Porto considere fundamental?
VP - Boa tentativa, mas não antecipo o futuro. Mais lá para a frente, ver-se-há.

DAM - Vítor, na altura da constituição da equipa técnica, ouvi falar na possibilidade de Bruno Moura ser o seu nº 2. Depois, apareceu o Professor Rui Quinta. Há quem diga que o Vítor não quis o Bruno e preferiu Rui Quinta, porque não queria ninguém que lhe pudesse fazer sombra. Acha esta pergunta e este raciocínio, maldoso e especulativo?
VP - Totalmente! Primeiro, nunca se colocou verdadeiramente a possibilidade da vinda de Bruno Moura. Depois, confio totalmente na capacidade e na competência de Rui Quinta. Não vivo com receio de nenhuma espécie e como é óbvio, seria um golo na própria baliza, trocar a competência pela incompetência, só porque tinha qualquer receio das capacidades do nº2. Sou o líder da equipa técnica, mas um líder que age em conjunto, que gosta de ouvir e depois, quantos mais contributos úteis, melhor. Claro, quando as coisas não correm tão bem como gostaríamos, tudo serve para criticar. Até o bigode do Rui. 

DAM - Última pergunta. Como o Vítor sabe, fui muito crítico da entrega do Dragão de Ouro ao agora treinador do Chelsea e daquela gala, para mim, claramente desproporcionada, com grandes elogios a alguém que tinha abandonado o F.C.Porto a 8 dias do começo da época. Sinceramente, o Vítor não ficou nem um bocadinho incomodado? Não achou que de alguma forma, tantas loas ao seu antecessor, era um bocado contra si? Não achou que isso, de alguma forma, o fragilizava junto dos jogadores?
VP - Não, sinceramente não achei. Tenho tido sempre e em todas as circunstâncias, o apoio e a solidariedade do Presidente e da estrutura do futebol, na pessoa do DG, Antero Henrique.

Como disse na nota introdutória, esta entrevista é virtual e qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência.

Nota final:
É espantoso! O Sporting não jogou um corno e não mereceu ganhar ao Nacional. Mas, diz o Pasquim da Queimada, foi um jogo electrizante, de cortar a respiração, entusiasmante e apaixonante. Os madeirenses que recorde-se, levaram cinco no Dragão, foram fantásticos e houve um leão de garra. Em Aveiro, o F.C.Porto ganhou com toda a justiça, foi claramente superior, mas o jogo foi fraco, a antítese do jogo de Alvalade. O Beira-Mar, curiosamente, empatou frente aos leões, muito fracote, muito tímido e houve um azul pálido. Mais do mesmo, sempre foi assim, dir-me-ão. É verdade, mas agora temos outras possibilidades, por exemplo, dizer-lhes o seguinte: Serpa e Neves, estamos comovidos, sabemos muito bem que estão preocupados, vocês adoram ver um Porto forte, dominador e não têm visto isso. Tadinhos, tenho tanta pena de vocês!

post 500 e post 1000

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