sábado, 17 de março de 2012
Sete lindos troféus internacionais, ao vivo e... a cores
...Vou continuar a bater na mesma tecla.
Há poucas semanas atrás estávamos fora do título, recuperamos e embora tivessemos perdido, de uma forma que ninguém esperava, 2 pontos, em casa, frente à Académica, ainda continuamos a liderar. A seguir vinha o Nacional e era fundamental ganhar sob pena de à perda de liderança se juntar um abalo anímico, psicológico e na confiança de todos, profissionais e adeptos, que podia causar danos irreparáveis e de consequências imprevisíveis - estão três equipas a lutar por dois lugares que valem muitos milhões...
Jogávamos sem três jogadores que em condições normais são titulares indiscutíveis, Danilo, Fernando e Hulk, a que se juntaram as ausências por lesão de Varela e Djalma, muitas vezes utilizados de início e quando não são, boas alternativas no banco. Estávamos fragilizados e por isso tivemos que recorrer a dois jogadores jovens, Iturbe e Mikel, este que é júnior e não faz parte do plantel principal. Todo conjugado, fazia do Nacional/F.C.Porto um jogo de grande grau de dificuldade, mas que tinhamos, custasse o que custasse, de ganhar. Ganhamos! Não jogamos bem? Não, na segunda-parte, principalmente, jogamos mal. Tivemos de sofrer muito? Tivemos. Cometemos erros que não podemos cometer? Cometemos - Maicon, antes, quando estava apertado, batia, ontem, por excesso de confiança, fez aquilo que antes não fazia e complicou... Mas ganhamos e isso é que conta. Claro que todos os portistas gostariam de ver o F.C.Porto jogar melhor - alguém acha que eu gosto da forma como temos jogado? - ser mais fiável, não ser, como diz o Situacionista, uma espécie de montanha russa, entrar sempre forte e dominador, as excepções serem os maus jogos e não o contrário.
Mas, meus caros amigos, como a história do F.C.Porto prova à saciedade, há campeonatos que se ganham com os grandes espectáculos a serem a marca do Dragão, óperas, música clássica, como já houve campeonatos que se ganharam na amarra, com os maus jogos a serem esmagadoramente maioritários, fazendo apelo à raça, à alma e ao forte espírito que nos distingue dos outros - Este, não tenho dúvidas, só pode ser ganho assim, com fanfarras, bombos, música pimba. Os jogadores e técnicos têm de fazer a parte deles, mas para que isso aconteça era bom que nós fizéssemos a nossa, isto é, todos se unissem em torno da equipa, deixassem de lado as críticas constantes por tudo e mais alguma coisa, disséssemos não ao pessimismo. Já estamos a pensar que vem aí o dilúvio e o dilúvio pode nem vir? Mas meus amigos, quando o F.C.Porto ganha com muitas dificuldades e como se podem ver pelas capas do panfleto da queimada, é estrelinha, quando o clube do regime ganha da mesma forma é goleada de emoções, grandioso, renascidos. Nós, fazemos ao contrário... parece que perdemos...
Gostava de ver muitos portistas, tão rápidos no gatilho a atacarem, até com insultos, o treinador do seu clube - o que é extraordinário e significativo -, a serem na mesma cáusticos contra aqueles que diariamente nos faltam ao respeito, ignoram, boicotam, tudo fazem para que o campeão seja o clube do regime.
Não fiquemos à espera do que o clube pode fazer por nós, façamos nós alguma coisa pelo clube.
É esse o meu lema, agora, mais do que nunca.
Há portistas que parecem que desejam que o F.C.Porto não seja campeão para depois poderem vir dizer que bem avisaram, que já sabiam que ia acontecer, etc e tal. Aproveitam tudo para bater no elo mais fraco e ainda não perceberam que quem perde não é o Vítor Pereira, é, em primeiro lugar, o F.C.Porto, somos todos nós. Já assisti a portistas aplaudirem golos do adversário, pensei que nunca mais assistiria a nada parecido, depois de tantos sucessos, mas cada vez mais me convenço que já esteve mais longe de acontecer...
Nota final:
Claro que vem aí o Paços, temos de voltar a ganhar e assim sucessivamente... Mas o Nacional, por ser o primeiro após a desilusão de sábado passado, era o mais importante de todos. Acredito que o espírito frente ao Paços já será diferente...
Tenham vergonha, senhores jornalistas
Que um bronco, com claras deficiências intelectuais, não perceba a diferença entre uma crítica, que é legitima e o insulto que coloca em causa a seriedade e idoneidade de um árbitro auxiliar, por exemplo, ainda se entende, como disse Manuel Machado, um vintém é um vintém, um cretino é um cretino, agora que os jornais destaquem o que disse Jorge Jesus: vou continuar a criticar, agora há liberdade... e não sejam capazes de fazer uma pequena nota crítica e mostrarem ao irresponsável Mister Chiclete, as diferenças entre uma coisa e outra, mostra bem a forma como, em relação ao clube do regime, funcionam os jornais e os jornalistas deste país: entre o comércio de papel e a prostituição jornalística.