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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Absolutamente inacreditável, ouve-se e tem de se voltar a ouvir para acreditar. Carlos Severino, candidato às eleições do Sporting - só para ter protagonismo, já ninguém se lembrava que ele existia, ele que foi um jornalista mixuruca e um director de comunicação pobre, triste e apagado - faz na campanha o papel de bobo da corte, animador do zé pagode, uma espécie de Beppe Grillo nas últimas eleições italianas, mas com uma diferença, ninguém acredita que tenha mais que 1 ou 2% dos votos, isto claro, se for até ao fim. Severino, sem qualquer bom senso e sem medir as consequências, atirou-se a Jesualdo Ferreira e com o ar mais natural do mundo, disse que não quer infiltrados no Sporting; que o professor criticou Rui Patrício e Ricky van Wolfswinkel para os desmoralizar e irem fragilizados para o jogo do próximo sábado e com isso favorecer o F.C.Porto - ouvir aqui. Absolutamente lamentável! Mas quando um candidato a presidente do Sporting entra neste caminho da crítica fácil, demagógica e populista, se atreve a atacar e colocar em causa a idoneidade e o profissionalismo de alguém que tem uma carreira longa e de prestígio no futebol português, está tudo dito, muito mal vai o Sporting. Por isso também não são de espantar as declarações de Eduardo Barroso a dizer que só não foi candidato por não quis.
Jesualdo sabia onde se ia meter, até teve tiradas que mereceram censura, mas não acredito que alguma vez lhe passasse pela cabeça ter de ouvir barbaridades destas, principalmente vindas de alguém que se candidata ao mais alto cargo do clube onde trabalha.

Notas finais: 
Mangala, lesionou-se e está fora do clássico de sábado. É uma baixa importante - aliás, nos últimos tempos há sempre um que falha... -, mas atendendo à pressão que o central tem sofrido sobre a forma como joga e sabendo-se como funcionam as coisas em Alvalade - todas as faltas, mesmo as que existem e são claras, são contestadas -, sem saber o nome do árbitro, até pode ser um mal que vem por bem.

Domingos Paciência ultimamente está em todas, o que é bom, quem não aparece esquece e ontem foi ao programa Grande Área, quintinha de Carlos Daniel, benfiquista de Paredes. Do que disse, destaco a passagem sobre o Corunha e aí, enveredou pela mesma linha do que tinha dito antes, «Não consigo motivar jogadores que estão a pensar como pagar contas» e o que disse sobre Izmaylov, aqui.
Sobre Izmaylov não vale a pena dizer muito, mas se o Sporting e não aponto ninguém em particular, não conseguiu que o russo, durante anos, estivesse à altura de poder render ao nível que está a ter no F.C.Porto, culpa do Sporting, ponto final. Sobre o Corunha, aí, embora compreenda que não é fácil trabalhar num clube com os problemas que o clube galego tem tido nos últimos meses, um líder também se vê na capacidade que tem ou não, para manter as tropas motivadas, disponíveis, capazes de ultrapassar os problemas, de forma que no campo possam render. Nos dias de hoje, dias de crise profunda e que afectam quase todos os clubes, cada vez mais o treinador tem de estar preparado para lidar com situações semelhantes. Pedroto teve um problema desses numa das passagens pelo F.C.Porto, resolveu-as como Líder. Como? Abrindo a porta a quem não estava bem e queria sair, dois foram por esse caminho, Romeu e Gabriel, mas quem ficou teve de ficar de corpo e alma.

Vejam o Grande Área e oiçam Carlos Daniel a partir do minuto 58. Muito bonito, todos estarão de acordo, mas vindo dele? Se é assim, porque trocou um sensato, equilibrado e respeitador Júlio Machado Vaz, por João Gobern, que é a antítese do médico benfiquista, por exemplo?

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