terça-feira, 16 de abril de 2013
Caríssimo Vítor Pereira, quando estamos na mó de baixo, até os cães nos mijam nas pernas. Não sei quem inventou este provérbio português, mas sei que é que é a mais pura das verdades e acredito que neste momento difícil, este provérbio já te tenha passado pela cabeça. É a vida, como disse o outro, mas caro Vítor, se por um lado, independentemente do que acontecer, no final da época direi o que penso do teu trabalho em 2012/2013, por outro e entretanto, digo-te para seres forte, não ligares a gente mesquinha, vingativa, gente que quando os resultados não lhes dão razão, metem a viola ao saco, calam-se, dão cambalhotas de 180 graus, mas quando as coisas lhes correm de feição, gostam de pisar e massacrar. Não ligues, há críticas e atestados de incompetência que, vindos de onde vêm, devem ser encarados como os melhores elogios.
É gente, meu caro Vítor que tem dois pesos e duas medidas. Sobre ti, cavalgam a onda, mas sobre a desastrosa exibição de um dos seus meninos de ouro, nem uma palavra. Apesar, Vítor, de na segunda-parte do jogo de sábado, três das mais claras oportunidades de golo do S.C.Braga, terem nascido de perdas de bola, em zona proibida, desse tão badalado jogador portista. Mas mais, enquanto tu e outros profissionais do F.C.Porto são constantemente causticados, o mesmo jogador, passa sempre sem qualquer crítica. Isto, meu caro Vítor, apesar de nunca ter sido decisivo em jogos difíceis, daqueles que é preciso dizer presente, tomar a batuta, levar a equipa às costas. Brilha, sim e até decide, como aconteceu frente ao PSG, mas quando tudo corre bem e o colectivo funciona. Se o critério fosse o mesmo que têm em relação a ti... esse jogador, nem vontade tinha para twittar. Ele que nas redes sociais apresenta sempre grandes teorias de super-motivação que depois na prática... Para terminar, vê lá Vítor, que um dos apontados ao teu lugar esteve no Corunha; abandonou o barco e deixou o clube galego em último lugar; porque, disse ele, não era capaz de motivar jogadores com problemas extra-futebol. Curiosamente, meu caro, o Corunha, com um novo treinador, Fernando Vásquez e com os mesmos problemas, passou a ganhar jogos e já está acima da linha de água. Fantástico, diria o Melga.
Caro Mister, o que não nos abate, torna-nos mais fortes. Tenho a certeza que sairás desta época muito mais forte. E depois, como ainda és muito novo, tens o futuro à tua frente para provares a tua capacidade e o teu valor. No F.C.Porto ou noutro lado qualquer.