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sábado, 20 de dezembro de 2014


Não fui para o estádio à espera de ver um recital da mais bela Ópera, mas também não esperava uma segunda-parte como aquela que a equipa de Julen Lopetegui brindou os seus adeptos. E não esperava um show de bola, primeiro, porque tenho consciência que derrotas como a de domingo passado deixam sempre marcas e são difíceis de digerir; segundo, porque frente a equipas como este Vitória, de Domingos Paciência, equipas que só defendem e a única coisa que fazem, mesmo a perder, é tapar os caminhos para a sua baliza, nunca não saem para jogar, tornam complicada a tarefa de quem ataca, é complicado encontrar espaços, brilhar. Mas também não esperava aquela pobreza franciscana. Ontem, nos segundos 45 minutos, não foi questão de querer e não poder, foi poder e pouco querer. Foi descontracção a mais, cada um a jogar para si, mesmo quando rodeado de adversários, foi deixar correr o tempo, jogando para os lados e para trás, ninguém se preocupou em tentar fazer o minímo para agradar aqueles adeptos que depois de uma derrota frente ao maior rival e como isso custa, numa sexta-feira gelada e já em época natalícia, trocaram o conforto do sofá ou as compras, por uma ida ao estádio. Não é, "querem Ópera vão ao São Carlos", é querer apenas uma questão de exigência, no caso, exigência mínima e nem isso os profissionais do F.C.Porto foram capazes de oferecer aos adeptos. No final do jogo, os que ficaram em casa devem ter dito: "Ainda bem que não fui"; os que foram, muitos devem ter pensado:"porque não fiquei em casa". Há adeptos, nos quais me incluo, que resmungam, mas vão sempre, porque já vêm de outras paragens, adquiriram outros hábitos; no entanto, esses são os cerca de, mais coisa menos coisa, 20 mil certinhos e os outros, que precisamos conquistar e fidelizar? Mais, foi uma clara oportunidade perdida de mostrar que apesar do desaire frente ao clube do regime, estamos aí, na prática e não apenas no discurso.
Que o este período leve à reflexão necessária e como disse no post de ontem, o Ano Novo traga um grande Porto. Um Porto com alma, espírito guerreiro e de conquista, dentro e fora do campo.

Nota:
Enquanto o tasquinho funcionar, nunca serei um portista de crítica fácil, que anda à cata de pretextos para qualquer afirmação de personalidade, um Dragão para dividir em vez de somar. Não, procurarei ser objectivo nas análises, criticarei ou elogiarei de acordo com aquilo que vejo e sinto. Algumas vezes terei razão, outras não. Mas há uma coisa que nunca serei enquanto o Dragão até à morte existir: um portista acomodado e conformado. Se isso acontecer... então é a hora de fechar o tasco.

Nota final:
Se não há nada que lhe garanta protagonismo, ser o centro do universo e não lhe dão o destaque que ele julga que merece quando faz aqueles discursos populistas e demagógicos, ele fica inquieto, nervoso, trata de arranjar qualquer coisa. Agora, utilizando a velha táctica do agarrem-me, senão... entre ameaças veladas de bater com a porta, pedidos de apoio sem sentido e ataques em todas as direcções, Bruno Vale de Azevedo e Carvalho, aí está novamente em grande.
- Bruno, pela tua rica saúde, não vás embora. Que ia ser de nós sem ti?

PS - O penalty sobre Danilo é claro; há outro sobre Alex Sandro que não foi assinalado; Jackson está em linha, mesmo que estivesse ligeiramente adiantado, mandam as regras que se deve beneficiar quem ataca. Criticar o árbitro, nestas circunstâncias, só por má-fé ou para desviar atenções.

Última hora: F.C.Porto conquista a Supertaça de Andebol, ao vencer o Sporting por 29-28


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