terça-feira, 5 de maio de 2015
Nesta altura há pouco a dizer, resta esperar e depois falar, com a expectativa de quem tem de falar em primeiro, fale e para dizer coisas importantes sobre o futuro a curto e médio prazo. Até lá há muita conversa fiada, muita especulação, muitas mentiras repetidas, mas como nunca são desmentidas, mesmo aquelas que são prejudiciais e dão origem a reacções perniciosas... para alguns passam a verdades absolutas.
Independentemente do que possa ainda acontecer, por mim só quero saber se este Porto calado, conformado, sem espírito de luta e de combate, é para continuar. Como acho que esta estratégia não nos vai levar a um bom Porto... espero que se comece por aí e haja resposta para este problema que afecta o universo do Dragão. Até lá...
O Paulo Teixeira que é um FDE - Fanático Das Estatísticas -, enviou-me um mail que me deixou a pensar em colinho, vá lá saber-se porquê. Resumidamente, é o seguinte: na 1ª volta do campeonato, quando jogava na Champions e tinha de resolver problemas, recorde-se que saíram vários jogadores, alguns titulares, o Benfica fez 46 pontos. Na 2ª volta, mesmo que ganhe os jogos todos até ao fim, apenas pode fazer 41, isto apesar de jogar de semana a semana, sem qualquer desgaste das provas europeias e Taça de Portugal. Já o F.C.Porto, que na 1ª volta fez 40 pontos, na 2ª volta, se ganhar os 3 jogos que faltam, fará 44, mesmo tendo estado sujeito ao desgaste de ter chegado aos quartos-de-final da Champions League. Será que perante esta análise estatística, aparentemente contraditória, podemos concluir que se o F.C.Porto tivesse o colinho que o clube do regime teve na sua fase mais difícil da época, jogos com Boavista, Estoril, Rio Ave, Nacional ou Gil Vicente, as contas do campeonato seriam diferentes? Como explicar que o melhor Benfica, claramente o da 2ª volta, aconteça o que acontecer até ao fim do campeonato, faça menos pontos que o pior, sendo, repito, que o da 2ª volta não tem provas europeias? Mistérios que metem andores, colinhos, capelas, paixões, tavares, motas e afins.
Acho extraordinário, ver a propaganda vermelha encardida, tecer grandes elogios a João Capela após o Gil-Benfica. E para dissipar dúvidas, há quem vá mais longe e afirme, em alguns lances até prejudicou o clube do regime. Um espanto, como se um jogo sem história, rapidamente resolvido e que terminou em goleada, fosse conclusivo sobre o que quer que seja. Mas estas reacções de alívio, só demonstram o incómodo com que os freteiros e recadeiros afectos ao clube da Luz, encararam a nomeação de Capela. faz parte da lavagem para que no fim possam dizer que foi limpinho limpinho, mas não foi.
Dragões Diário
«Aconteceu
Faz hoje 31 anos que o FC Porto disputou a primeira final europeia. Em Basileia, frente à Juventus, a vitória acabaria por sorrir aos italianos, por 2-1, mas estavam lançadas as bases para os sete títulos internacionais que se seguiriam e que fazem com que o FC Porto sozinho tenha mais do dobro de títulos internacionais de todas as outras equipas portuguesas juntas. Os pioneiros, comandados por António Morais, porque Pedroto já estava hospitalizado, foram: Zé Beto; João Pinto, Lima Pereira, Eurico e Eduardo Luís; Jaime Magalhães, Frasco, Jaime Pacheco e Sousa; Gomes e Vermelhinho.»
Um erro grave, a final de Basileia foi a 16 de Maio de 1984. É pena, Francisco J.Marques é bom e até devia ter mais e maior espaço na comunicação do F.C.Porto.
Perguntaram-me o que achava de mais uma reacção aziada de Quaresma quando foi sustituído no Bonfim. Sobre jogadores que reagem mal às substituições, já falei muitas vezes, a última das quais, aqui
Vómito da semana:
Os elogios de quem agora só vê virtudes em José Mourinho, quando antes só via defeitos.