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segunda-feira, 4 de maio de 2015


Ainda sobre o jogo de ontem...
É perfeitamente natural que jogando depois, sabendo que quem vai à frente ganhou e com isso as suas possibilidades de chegar ao título, diminuíram, a equipa do F.C.Porto se sinta pressionada, não tenha a confiança nem a tranquilidade necessária para se exibir a grande altura. Foi o que aconteceu ontem em Setúbal, principalmente nos segundos 45 minutos. Após uma bela primeira-parte, mas que só rendeu um escasso golo, muito pouco para aquilo que o F.C.Porto fez, na segunda, com o tempo a passar e o resultado na diferença mínima, a equipa perdeu clarividência, ficou tensa, tendeu a controlar, em vez de procurar o golo da tranquilidade. É natural, percebo isso, como percebo e compreendo que com o jogo longe de estar resolvido e havendo o risco de sofrer um golo que deitaria tudo a perder, mesmo que num qualquer lance fortuito, o futebol de toque e mais toque, que não aquece nem arrefece, irrite quem está a ver. Mas o importante foi conseguido, o objectivo vencer foi cumprido, tudo ficou na mesma, a distância para o líder manteve-se para tristeza de alguns, como por exemplo, Nuno Traumatismo Ucraniano Paralvas. Esse verdadeiro artista, anda ansioso, está mortinho por entrar na redacção do panfleto da queimada com a camisola do Benfica vestida, cachecol ao pescoço, bandeira na mão direita, a garrafa de champanhe na esquerda e festejar o título. Escreveu ele ontem: "Se os Dragões perderem no Bonfim os encarnados podem festejar o bicampeonato no sábado na recepção ao Penafiel, precisando de vencer. Uma vitória do Benfica sobre o último da Liga valerá o título no domingo, quando o F.C.Porto receber o Gil Vicente, se os portistas tiverem vencido em Setúbal, mas depois perderem em casa com o Gil ou se tiverem empatado no Bonfim e não conseguirem bater a equipa de Barcelos".
Um mimo de análise. Lúcida, equilibrada, isenta, com muitos ses, obviamente, mas sempre no mesmo sentido: o F.C.Porto falhar, que já se faz tarde para a festa no Marquês.

A propósito, o DAM foi ao Bruxo de Fafe saber se era possível fazer alguma coisa... eis o diálogo:
- Bruxo - é assim que ele gosta de ser tratado -, então, isto está mesmo perdido, não há nada que se possa fazer para o Benfica não ser campeão?
- Só vens agora? É tarde, está muito difícil, quase impossível, sou Bruxo, mas não faço milagres.
- Mas, bruxo, tenho aqui uma madeixa de cabelo do Jesus, nem calcula o que paguei por ela à cabeleireira, será que não dá para tentar?
- OK, vamos ver, deixa ficar, amanhã volta cá que já te digo alguma coisa.
- Então, Bruxo, há novidades?
- Há, não são totalmente conclusivas, mas talvez me ajudes a decifrar o significado de algumas coisas que vi.
- Vamos a isso!
- Olha, vejo alguém a brandir uma espada, gente em pânico, muitos gritos de vitória, vitória. Vejo também resmas de guardanapos a serem usados para enxugar lágrimas que correm pelo rosto de uma multidão concentrada junto a uma praça que não consigo identificar.
- Bruxo, não será a espada de D.Afonso Henriques, os gritos de vitória, vitória, não serão dos adeptos vimaranense, o pânico não terá cores vermelhas? As resmas de guardanapos não terá a ver com o Marítimo, cujo presidente é conhecido pelo guardanapo? Não, não pode ser, esse não faria uma coisa dessas. Não vê mais nada, uma pena nem que seja de galinha ou um fiel de uma balança?
- Espera aí, vejo sabonetes, muitos sabontes...
- Bruxo, sabonetes?!
- Sim e também perfumes...
- Ah!, faz sentido, Ach Brito, Brito, Carlos Brito, treinador do Penafiel...
- Bruxo, ainda há esperança, carago!

Nota final:
Não é a primeira vez que falo no assunto, mas porque ele está na ordem do dia... volto à carga. Independentemente do que possamos pensar sobre a formação, incluindo a equipa B, desde os muitos estrangeiros que estão nas nossas equipas jovens - para mim facto natural nestes tempo de globalização também no futebol; das análises que façamos sobre a qualidade dos técnicos, alguns sem a necessária alma de Dragão - não é incompatível ter técnicos competentes, actualizados, bons comunicadores, com firmeza, exigência máxima, raspanete alto e em bom som; ou sobre jogadores, onde a profissionalização precoce, é óptima para uns, mas estraga outros; há um factor que fez a formação, equipa B incluída, perder alma, mística, aquele espírito de luta e de combate que existia no passado: o facto de jogarmos no Olival e em Pedroso. São estádios com boas condições, mas longe do Porto, pouco apelativos a deslocações de adeptos, no caso do Centro de Estágio, sem condições para quem tem de se deslocar, sabendo que quase só de carro é possível lá chegar. Falta pois, à formação, equipa B incluída, aquele apoio, aquele colinho, aquele entusiasmo que havia no campo de treinos do antigo Estádio das Antas. Sim, ali, onde nasceram grandes craques, os adversários e árbitros tinham vida difícil - ontem nos Iniciados, quando o resultado estava em 1-1, foi invalidado por fora-de-jopgo inexistente, um golo limpo ao F.C.Porto e que seria o 2-1. Se fosse no campo de treinos das Antas, aquele fiscal de linha até se borrava todo...-, mas a exigência não permitia facilitismos aos nossos, obrigava-os a crescer bem e depressa, separava rapidamente o trigo do joio. Cheguei a pensar que o Parque de Jogos do INATEL, em Pereiró, podia passar a ser utilizado pelo F.C.Porto. Lamentavelmente, não foi possível, continuamos a jogar longe e em campos vazios.

PS - O Je jogou contra a equipa da foto, por vergonha não diz quantos levou, mas diz que o Maia fez meia dúzia de assistências para o Fernando Gomes marcar.

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