Borussia de Monchengladbach 2 - F.C.Porto 1. Melhor a segunda que a primeira-parte, numa derrota injusta. Mas quem oferece golos...
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Na casa de um adversário que foi 3º classificado na Bundesliga, vai estar na Champions, e que tem a preparação mais adiantada, o F.C.Porto que entrou de início com Casillas, Ricardo, Maicon, Marcano e José Ángel, Danilo, Sérgio Oliveira, Evandro e André André, Tello e Aboubakar, foi durante a primeira-parte uma equipa lenta, cautelosa, preocupada em ter muita posse, mas para os lados e para trás, estéril, uma equipa sem profundidade e que raramente chegou com perigo à área do Borussia. Os alemães também não fizeram nada de especial, apenas aproveitaram dois erros grosseiros, primeiro de José Ángel que com tempo para tudo quis inventar à entrada da área, perdeu a bola, golo; o segundo, foi Tello que numa saída para o ataque, passou mal, contra-ataque, golo, com Casillas a parecer mal batido. E foi assim, sem que o conjunto da casa fosse superior, que o F.C.Porto chegou ao intervalo a perder por dois golos de diferença, resultado pesado, injusto, mas no futebol não se pode dar nada de barato.
Há atenuantes, muitos destes jogadores nunca jogaram juntos, não há conjunto, organização, ainda falta frescura e equipa cansada perde discernimento a pensar e a executar. OK, mas quando é assim, tens de estar concentrado, não dar abébias, se não consegues ficar em vantagem, pelo menos tens de estar empatado. Estes erros que aconteceram várias vezes na época passada, têm de acabar.
Para os segundos 45 minutos e de início, Lopetegui fez entrar Alex Sandro, Rúben Neves, Brahimi e Varela, para os lugares de José Ángel, Danilo, Evandro e Tello, mais tarde entrariam Maxi e Bueno para as saídas de Ricardo e Sérgio Oliveira, André Silva substituiu Aboubakar, depois Hernâni e Lichnovsky, nos lugares de André André e Maicon.
Entrando bem no jogo, os portistas reduziram logo aos 4 minutos por Aboubakar, após excelente jogada de Varela, foram superiores, só por uma vez estiveram em riscos de sofrer, Casillas salvou. Foi um Porto mais organizado, mais equilibrado, mais consistente e mais rápido, teve mais ataque até à saída de Aboubakar, merecia pelo menos o empate.
Resumindo: foi um bom jogo treino, permitiu detectar alguns defeitos que persistem e lacunas que têm de ser colmatadas. No primeiro caso, posse sim, mas para a frente e isso aconteceu na etapa complementar; continuamos a falhar passes em zonas que dão contra-ataques perigoso e a cometer erros de principiante. Urge contratar mais um ponta-de-lança, André Silva ainda tem algum caminho a percorrer; se sair Alex Sandro, José Ángel parece apostado em mostrar que não é alternativa válida.
Muito bem André André e excelente segunda-parte do Silvestre Varela, os meus destaques.
Para ler o artigo do Pedro Marques Lopes basta clicar na imagem...