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sábado, 8 de agosto de 2015


Chegou o dia do regresso ao Dragão, do reencontro com os amigos e com o F.C.Porto, após uma pausa de mais de 2 meses; das conversas sobre entradas e saídas, estamos mais ou menos fortes, se viesse aquele e saísse este..; da apresentação dos jogadores, mas sem aquela expectativa que havia no passado de uma surpresa de última hora; de ver o jogo, um bom e apelativo teste a uma semana do início do campeonato e que mesmo sendo particular, é frente a uma grande equipa, recheada de bons jogadores como é o Nápoles;  enfim tudo óptimas razões para quem puder não ficar em casa. Eu lá estarei e depois contarei...


F.C.Porto 0 - SSC Nápoles 0. Faltaram golos a espectáculo bonito
Estádio quase lotado, só faltaram alguns detentores de lugar anual, ambiente de festa, muito entusiasmo, uma festa de apresentação à altura do grande clube que somos. Um jogo que mesmo sendo particular, foi bem disputado, teve um resultado justo, apenas devia ter sido um empate com golos. Melhor e mais dominador o F.C.Porto na primeira-parte, jogo mais repartido na segunda, equipa que viajou de Nápoles mais perigosa.
Com Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Cissokho no lugar do tocado Alex Sandro, depois José Ángel aos 40 minutos, Rúben Neves, Imbula e Herrera, Varela, Aboubakar e Brahimi, depois Tello aos 18 minutos, de início, sem ser brilhante, o F.C.Porto foi uma equipa equilibrada, consistente, dominou, raramente permitiu qualquer veleidade a uma boa e organizada equipa italiana. Sem ter muitas oportunidades, o conjunto de Lopetegui teve algumas, justificava chegar ao intervalo em vantagem.

Entrando na segunda-parte com Helton, Maxi depois Ricardo aos 62 minutos, Maicon, Lichnovsky aos 84, Martins Indi e José Angel, Danilo, André André e Imbula depois Sérgio Oliveira aos 62, Tello depois Hernâni aos 71, Aboubakar depois Dani Osvaldo aos 62 e Bueno, os Dragões tiveram uma bela entrada e que durou até ao minuto 62. Até esse momento, altura em que saíram Maxi, Imbula e Aboubakar, a equipa do F.C.Porto foi superior, trocou e circulou bem bem, pressionou alto, aproximou-se com mais gente e com perigo da baliza dos napolitanos, podia ter marcado, teve oportunidades, mas bastava que o árbitro tivesse assinalado um penalty claro sobre Maxi - se o uruguaio equipasse de vermelho aquilo eram dois penalties, como equipava de castanho nem um foi... Estão a começar bem a épocas os comandados do artista Vítor Lapa Pereira. Talvez entusiasmados e querendo mostrar serviço, a partir daí a equipa coesão no meio-campo, consistência, deu espaço, foi algumas vezes surpreendida no contra-ataque, podia ter sofrido. Não sofreu, aguentou o nulo que é, tudo somado, um resultado que se aceita.

Dos que se estrearam hoje, Cissokho parecia nunca ter sáido do F.C.Porto, estava a fazer um excelente jogo quando se lesionou. Foi pena, espero que não seja grave, o francês é uma excelente alternativa a Alex Sandro, mesmo não querendo ser injusto em relação a José Ángel que hoje quando entrou cumpriu totalmente, podia ter marcado.
Dani Osvaldo, para quem esteve tanto tempo parado, trabalhou bem, procurou pressionar, aparecer. Mas quando os alas, mesmo em óptimas circunstâncias, como aconteceu flagrantemente com Tello e também com Hernâni, não lhe fazem chegar a bola, cruzam para o guarda-redes, não ponta-de-lança que resista.

Concluindo: temos gente com qualidade, precisamos de afinar algumas posições. Se a defesa com Casillas, Maxi, Maicon, Marcano e Alex dá garantias, quem joga com um indiscutível Imbula no meio-campo e acompanha Brahimi e Aboubakar no ataque? No meio-campo não dou palpites, há muitas e boas opções, na vaga do ataque e pelo que vi hoje, entrava Varela.

 Entrevista de Julen Lopetegui ao Jogo:

Julen Lopetegui deu uma entrevista ao jornal O Jogo que reproduzo na íntregra - para ler basta clicar sobre as imagens.
Sem esmiuçar ao pormenor, gostei de ler que há uma sensação de responsabilidade muito grande para com os adeptos que deram muito e receberam pouco. Gostei da definição da mística, vai muito para além da naturalidade e de onde nasceram para o futebol.
Ambição de ganhar tudo, OK, mas que não fique  a sensação, como ficou, pelo menos para mim, na época passada, que havia um Porto para a Champions e outro para a Liga, no espírito com que se encaravam os jogos.
Concordo que experiência sem competência... as duas, óptimo! Vários dos reforços que chegaram têm as duas.
Gostei do elogio ao Rúben, mesmo que o custo zero, nunca seja zero, é preciso dizer alto e em bom som, entre o que vendemos e o que comprámos, o salvo é claramente favorável.
Completamente de acordo e já aqui defendi, a formação dos plantéis é uma gestão partilhada entre o clube e os técnicos, mas isso não me impede de dizer que nunca um treinador teve tanto poder como Julen Lopetegui, nunca o F.C.Porto foi tão longe para dar tudo a um treinador como fez na época passada e está a fazer nesta.
Também torço para que o campeonato não tenha s interferências externas do anterior e não haja colinho nem manto protector para ninguém.

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