Populares Mês

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016


Na sociedade ocidental o Natal , para além da sua simbologia religiosa, também se caracteriza pelo chamado período de reflexão que se estende até ao Ano Novo. É um tempo onde todos nós, ou quase todos, reflectimos, retrospectivamos as nossas vidas, as nossas acções.
Desportivamente falando, o F.C. PORTO mantêm-se forte, coeso e hegemónico em 90% das suas modalidades. Sinal de vitalidade, estrutura forte e sã, mentalidade ganhadora e, talvez por isso, na minha opinião, um bairrismo que ainda não se esgotou, por muito que certos intelectuais da nossa praça nos tentem a abandonar. O F.C. PORTO, tal como o Barcelona, o Atlético de Bilbao, o Anderlecht, são clubes internacionais de carácter, fibra e moldura regional. São os porta-estandartes das suas regiões, das suas gentes. São o baluarte de quem se sente injustiçado pela prepotência de quem acha que só as capitais tem direito ao caviar, enquanto o resto tem que se contentar com sardinhas.
É por isso que quem me conhece, sobretudo os meus amigos mais próximos e familiares, eu, costumo dizer, maldito a hora em que mandamos a carninha toda lá para baixo, e nos contentamos com as tripas! Já que repararam, que metaforicamente, Lisboa faz precisamente ao contrário? Fica com a carne suculenta, e manda os ossos e miúdos para o resto do país?
O futebol do F.C. PORTO este ano, foi mais do mesmo até ao campeonato transacto findar. Uma equipa que sabe jogar futebol (Fernando Santos que me desculpe), mas com muitas dificuldades em jogar á bola! Com Lopetegui, o futebol do F.C. PORTO era enfadonho, demasiado previsível. Lateralizações constantes, progressão a passo de caracol e uma aversão estranha em rematar á baliza!
O jovem treinador basco, acabou por pagar as favas das suas ideias, e foi demitido. A vinda de Peseiro, foi um pesadelo que a equipa viveu e que nem vale a pena falar por ser mau demais. Talvez por isso mesmo, Pinto da Costa tenha dito que estava em curso uma espécie de pré-época para ver quem era quem!
Chegou outro jovem treinador Nuno Espírito Santo. Com uma equipa nervosamente esfrangalhada (e os adeptos ainda mais esfrangalhados nervosamente, diga-se!), com ideias novas ao anterior técnico, com um sistema de jogo que não era ADN do F.C. PORTO, NES e os jogadores, andaram ás apalpadelas uma boa meia-dúzia de jogos, onde se notava que o futebol estava lá, a qualidade estava lá, a vontade de vencer estava lá, mas que era contrabalançada pela inexperiência de uma juventude imberbe na frente de ataque e no comando, pelos famosos e “inocentes” erros de arbitragem que continuam a ter dois pesos e duas medidas, sobretudo nos casos de bola na mão ou mão na bola e nos fora-de-jogo e, pela ansiedade das gentes azuis-e-brancas. Mas que mesmo assim, acho que estão muito mais tolerantes que antes.
E foi com a rebeldia desta juventude, que passamos o primeiro Adamastor da época, a Roma. No primeiro jogo, cá, fomos superiores, mas foi uma Roma cínica que nos apareceu pela frente, bem ao estilo italiano. Sem querer jogar futebol, apenas para segurar o resultado de forma a poder virá-lo em Itália. O F.C. PORTO engoliu o isco, pensando que era peixe, mas deu-lhe uma lição: fazer igual aos romanos, o que os romanos nos fizeram. E foi ver uma equipa super experiente, candidata ao titulo italiano, perder-se, desnortear-se perante um F.C. PORTO que foi a Roma jogar à bola, já que jogar futebol no Dragão, não tinha dado grandes resultados!
Vamos a quatro pontos de uma equipa que joga tanto ou pior que nós.
Vamos a quatro pontos de uma equipa que nos momentos maus, leva o famoso empurrãozinho que a tranquiliza.
Vamos a quatro pontos de uma equipa que veio ao Dragão jogar à Tondela, empatando com um golo caído do céu.
Vamos então fazer tudo por tudo para que esses quatro pontos se diluam. Vamos acarinhar a equipa. Vamos deixar as intrigas palacianas, que só interessam aos nossos rivais. Vamos todos juntos, dar as mãos, tornar o F.C. PORTO novamente forte, unido e coeso. Todos juntos nunca seremos demais. Vamos rugir no Dragão, deitar fogo nos campos alheios.
Vamos então reflectir qual o caminho que queremos; o da união e vitória, ou o da discórdia, insinuação, mesquinhice, derrota?
Vamos lá… SER PORTO!!!!

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset