A questão da possível interdição da Luz pelo IPDJ, só serviu para confirmar o que já sabíamos: o Benfica é um caso à parte, tem tratamento de excepção, goza de uma impunidade que mais ninguém goza. Em benefício do Benfica os organismos do estado estão sempre de espinha curvada, a justiça é à la carte, leis são criadas ou interpretadas ao sabor dos interesses do clube do regime.
Como é assim, não admira que um iletrado, bronco e trauliteiro, com um telhado de vidro que não resiste a um caroço de azeitona, mas esperto, capaz de hoje abraçar António Costa, ontem José Sócrates e anteontem participar em jantares de apoio ao PSD, apareça a dar ares de grande senhor, dizer disparates, como se o facto da selecção jogar na Luz ou lá ter sido disputada uma final da Champions League tivesse alguma coisa a ver com o que estava em discussão. Pior, vitimiza-se, faz papel de coitadinho, aparece a gozar com a nossa inteligência, dizendo que o Benfica não tem claques ou que vai valer tudo para evitar o penta benfiquista. É uma, mais uma pouca vergonha, mas não é surpresa. Quando se trata do clube do regime as poucas vergonhas repetem-se. E como há sempre quem venda a alma ao diabo, quem lhe apare todos os golpes e lhe dê toda a cobertura, mesmo quando o que faz ou o que diz são autênticos disparates - veja-se o destaque dado hoje no panfleto da queimada - Vieira vai andando sob o salvo conduto que é, em Portugal, o Benfica. Como se tem visto quando atravessa a fronteira, aí a coisa já fia mais fino, o grande torna-se muito pequenino, vulgar.

O presidente do F.C.Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, teve ontem alta hospitalar. Saúda-se a boa nova e acrescente-se: só quem nunca teve um problema semelhante e eu já tive, embora sem a mesma gravidade, pode estranhar o tempo de internamento e de recuperação. Ou e já lá vamos, quem com cumplicidades absolutamente lamentáveis, aproveite estes incidentes para mostrar a sua (má)índole e o seu (mau)carácter.
A alta foi obviamente notícia, a comunicação social deu conta do facto, o panfleto da queimada não fugiu à regra. Só que no site do jornal e na caixa de comentários, sob o pseudónimo de blood-red, tinha, por exemplo, este miminho:

Outra pouca vergonha, uma grande falta de respeito, vindo de um jornal onde não é raro lermos e ouvirmos, alguns moralistas de pacotilha fazerem críticas às redes sociais, a quem sem nome e sem rosto, usa esses espaços para dizer o que lhe apetece.
É verdade que nos sites dos outros jornais, é igual, e também é verdade que tanto come PC, como LFV ou BC, mas quem constantemente apregoa a moral e os bons costumes, não pode permitir frases como a daquele energúmeno sem nome.
Já aqui tinha abordado este assunto dos comentários no site do panfleto da queimada, mas de vez em quando é preciso voltar ao assunto para que algumas virgens ofendidas percebam que não têm moral para nada, nem legitimidade para apontar o dedo aos outros.