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quinta-feira, 23 de novembro de 2017


O futebol profissional português está sob ameaça de uma paragem por parte dos homens da arbitragem. Já era para acontecer nesta jornada que se aproxima, não é, mas ficou o aviso de ser a partir da 14ª jornada. Diz o sector, quem o representa e quem o dirige, tudo vai depender do comportamento dos clubes e nos clubes, acho que menos os adeptos, todos contam, desde o presidente até à comunicação, com os canais de televisão pelo meio.
Como sou um observador muito atento, mas não sou um adepto que só coça para dentro, nem resume a culpa de todos os males que afectam o meu clube, aos árbitros - quem frequenta o tasco pode testemunhá-lo facilmente -, estou à vontade para dizer que é verdade, fala-se demasiado de árbitros e arbitragem em Portugal. Mas se para mim isso é claro, também é claro que de há muitos anos a esta parte, os mais violentos ataques à arbitragem tiveram origem na Luz. Vou mais longe, toda esta agitação de agora, tal como aconteceu no passado mais ou menos longínquo, acontece sempre que as coisas não correm ou correram bem ao clube do regime. E onde encontravam maior eco essas queixas benfiquistas? Pois é, penso que ninguém terá dúvidas em afirmar e peremptoriamente: no jornal A Bola aqui carinhosamente tratado por panfleto da queimada. Os exemplos estão aí e são tantos que seriam precisos dezenas de posts para os mostrar todos. Por isso ver alguns freteiros e recadeiros, como se tivessem as mãos limpas, derramar lágrimas e tomarem as dores dos árbitros, só dá vontade de os mandar aquela parte, são apenas lágrimas de crocodilo.
Onde estavam os agora amigos dos árbitros quando um dos melhores árbitros portugueses, internacional e que até tinha apitado a final da Taça de Portugal, Marco Ferreira, foi despromovido para espanto do país que acompanha o futebol? Porque nunca pegaram a sério nas queixas do ex-árbitro madeirense e as aprofundaram quando havia tanta a tanta matéria para investigar?
Onde estavam aqueles que tanto criticaram os jogadores do F.C.Porto por correrem atrás de um árbitro, mas nunca disseram nada sobre a pouca vergonha que a imagem da esquerda documenta?
Onde estavam e porque nunca se revoltaram quando e em programas de televisão, se esmiuçavam ao pormenor e durante horas os erros dos árbitros e em especial quando o F.C.Porto era beneficiado? Não estavam, até gostavam. Como adoravam e disso davam conta em artigos de opinião, de programas sobre as escutas do Apito Dourado, muitas vezes descontextualizadas e numa clara violação grosseira da lei. Mas bastou que o F.C.Porto, farto, reagisse, Aqui d' Rei, para onde caminhas futebol português? Passaram a defender os árbitros com unhas e dentes, tanto que até dá para desconfiar...

Meus amigos, nada como o jogo jogado, como os resultados conseguidos no campo, para provar quem é quem nesta história: F.C.Porto, atacado, caluniado, denegrido, insultado, provocado e constantemente achincalhado, num concerto de apitos que nunca mais parava, quando era claramente a melhor equipa do futebol português, juntava aos títulos internos, grandiosas conquistas externas, como uma Taça UEFA e uma Champions League. Agora que o comportamento do Benfica no futebol europeu, é miserável, indigna de uma equipa do Pote 1, que ninguém se atreva a colocar em causa alguns sucessos conseguidos de uma forma, no mínimo, muito duvidosa. Mas também seria bom que os árbitros assumissem as suas responsabilidades, não reagissem como primas donas, deixassem de ter atitudes de um corporativismo sistemático, mas às vezes selectivo, escolhessem para os seus orgãos de classe, no caso, a APAF, alguém que juntasse à competência, capacidade para unir e gerar consensos e não alguém que quando abre a boca ou entra mosca ou sai asneira

O objectivo de mostrar a capa do panfleto da queimada do dia seguinte ao jogo Zenit 3 - F.C.Porto 1, versus capa de hoje, dia seguinte a ficar consumada a saída do Benfica pela porta dos fundos das competições europeias, nem é tanto comparar o grande destaque de um momento com a lavagem do outro, até porque são momentos incomparáveis - o F.C.Porto perdeu em S.Petersburgo muito por culpa de Fucile que se fez expulsar já no tempo de descontos para o intervalo, depois de já com amarelo, ter colocado de forma patética a mão na bola, ter levado outro e o consequente vermelho. Também porque o F.C.Porto fez oito pontos e continuou nas provas da UEFA através da Liga Europa - mas mostrar o pormenor assinalado na rodinha e que diz: «Pinto da Costa, premonitório, não acompanhou a equipa à Rússia». Só que essa falta do presidente do F.C.Porto, que também foi destacada na altura pelo director, entre aspas, do panfleto, teve motivos fortíssimos - coincidiu com uma melindrosa operação a que o filho foi sujeito -, já a falta de Luís Filipe Vieira em Moscovo, deveu-se a quê, Serpa? Premonição? Não sabemos, nem Serpa, que hoje, por acaso, assina o editorial do jornal, nos diz. Mesmo que um, JNPC não tivesse um historial de se pirar a meio dos jogos, faltar a outros, como faz o presidente do Benfica. Aquela saída  do Dragão, ao intervalo, no F.C.Porto 5 - Benfica 0, com 3-0 ao fim dos primeiros 45 minutos, ficou famosa.
 
Nota final:
Um futebol português melhor passa também e muito, pela isenção, rigor, equilíbrio, ética e deontologia da comunicação social. Uma comunicação social feita por jornalistas e não por comerciantes apenas preocupados em vender papel ou ter audiências. Uma comunicação social que apenas vista a camisola da seriedade e da verdade e não jornalismo com camisola de clube vestida, cachecol ao pescoço e bandeira na mão. Principalmente uma comunicação social sem medo do mito dos seis milhões.
O Benfica faz mal ao futebol português, pena que o chamado grupo dos 15, mas que parece que são 11, não tenha coragem para colocar o dedo na ferida.
Quem inviabilizou a negociação conjunta dos direitos televisivos, por exemplo, e que tanta importância teria para um futebol português mais justo, mais equilibrado, mais competitivo?

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