segunda-feira, 30 de julho de 2018
Muita gente, exactamente 43.829 espectadores, muito entusiasmo e muita paixão, o Mar Azul regressou em força e em forma no dia da apresentação do F.C.Porto versão 2018/2019. E a equipa correspondeu. É verdade que o resultado não foi além de um nulo, mas a exibição foi bastante boa, em particular na segunda-parte. Parafraseando Sir Bobby Robson, o homenageado na tarde/noite de ontem, fizemos uma excelente exibição, faltou apenas uma pontinha de sorte e killer instinct.
No primeiro jogo que vi nesta pré-época, gostei, fiquei com a certeza que estamos no bom caminho e daqui para a frente só vamos melhorar.
A equipa mantém as virtudes que a levaram ao título na temporada passada e para princípio de época até está já acima das minhas espectativas. A atitude e o compromisso continuam lá, apareceu um F.C.Porto solto, compacto, organizado e que raramente se desequilibrou - não é um ou outro erro que vai alterar esta constatação, foram apenas excepções à regra - um Porto rápido a reagir à perda, dinâmico e que procurou diversificar, atacando pelas laterais, pelo meio, tudo já com uma intensidade muito aceitável. Foi Dragão muito superior ao seu adversário, dominador no jogo todo e que criou e desperdiçou várias e claras oportunidades, algumas por alguma falta de eficácia - o tal killer instinct de que falava Bobby Robson. Se a isso juntarmos também alguma falta de sorte - duas bolas nos ferros - e guarda-redes inspirados, temos a explicação para o empate sem golos, num jogo em que o conjunto de Sérgio Conceição deixou boas indicações, sinais muito positivos, sinais que indiciam estar pronto e preparado para começar oficialmente a temporada 2018/2019 e para colocar no Museu o primeiro troféu em disputa, a Supertaça Cândido de Oliveira.
Nota final:
Pareceu-me ver jogadores com um espírito diferente, Corona e Hernâni e não fiquei surpreendido por ver Maxi e Herrera, mesmo que tenham regressado mais tarde, já capazes de aguentar o ritmo da equipa que não foi lento em nenhum momento. A isso chama-se profissionalismo.
Se sobre João Pedro e Marius - quando entrou já eu tinha saído - preciso de ver mais, já sobre Diogo Leite, até porque o conhecia, se é muito cedo para fazer afirmações peremptórias, não creio estar a exagerar se disser que Diogo Leite tem tudo para poder ser uma opção fiável. Vai errar, claro que vai, mas vai aprender e crescer com os erros, chegar a um rendimento que o coloca no patamar de mais um excelente central made in F.C.Porto.
PS - Obrigado Vítor Kasparov Pastel de Belém Serpa por nos lembrares que as equipas da Premier League são ingénuas, suaves, mal preparadas...