Populares Mês

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019


A Taça da Liga, pelo menos para mim, continua a valer pouco, obviamente, porque ninguém gosta de perder, muito menos frente ao Benfica, principalmente agora, com a rivalidade no máximo, é natural a satisfação, mas contida. I, porque ainda há outro jogo, II, porque da forma como o jogo foi apresentado - F.C.Porto favoritíssimo -, se fosse o SLB a vencer teríamos festa rija.

Dito isto, foi um bom jogo de futebol, boas jogadas, golos, incerteza no marcador, paixão dentro e fora do rectângulo, um clássico cheio de peripécias como são quase sempre os clássicos entre F.C.Porto e Benfica, uma vitória justa da equipa de Sérgio Conceição, excelente réplica encarnada. Talvez, analisando com isenção, a diferença mínima espelhasse melhor o que foi o desenrolar do jogo. E no final devíamos colocar enfoque nisto, valorizar os aspectos positivos, também porque não houve incidentes nem dentro nem fora do estádio, mesmo com as dificuldades inerentes a um jogo destes e num dia da semana, mas quando o clube do regime e da propaganda enganosa não ganha, isso é impossível, como veremos lá mais para a frente.

Obrigado por força dos regulamentos a ter de deixar de fora alguém dos habituais titulares, para ter dois jogadores formados localmente, sendo que um foi Pepe, também porque não tem Danilo, Sérgio Conceição optou por Soares que tinha feito um hat-trick no último jogo, fez entrar André Pereira, alterou a titularidade na baliza, o F.C.Porto começou com Vaná, Militão, Felipe, Pepe e Alex Telles, Herrera e Óliver, Corona, Marega, André Pereira e Brahimi e começou bem. Logo no 1º minuto Marega podia ter marcado, na reacção também o SLB podia ter feito o mesmo, o jogo estava bonito, entretido, melhor o campeão, Benfica a replicar, sair rápido para o contra-ataque. Aos 24 minutos Brahimi adiantou os Dragões, o empate veio aos 31 por Rafa, quase de seguida - sem a paragem para consulta do VAR teria sido no minuto 32 - Marega colocou novamente os portistas em vantagem. Vantagem que se manteve até ao intervalo, apesar de a equipa do F.C.Porto voltar a cometer mais um erro que não devia nem podia cometer e que culminou num lance polémico a merecer tratamento mais adiante.
Uma equipa que está em vantagem no marcador, tem de ter calma, cabeça fria, jogar pela certa, deve ter bola, mantê-la, evitar jogar por dentro, fazer passes de risco que possam apanhar a equipa desorganizada, desequilibrada, como aconteceu e não foi só uma vez. Houve lances em que no último terço do campo a superioridade era de três do Benfica para um do F.C.Porto.

No início da 2ª parte o SLB entrou bem, a procurar empatar, criou perigo, podia ter feito o 2-2. Não fez, Sérgio Conceição que já tinha trocado André Pereira por Soares, apenas troca por troca, sentiu o perigo, retirou um avançado, Corona, meteu um médio, Bruno Costa, os portistas ficaram mais confortáveis, deram menos espaços, equilibraram, deixaram de estar em em sobressalto. Numa saída que exemplifica bem como devia ter jogado o F.C.Porto quando estava por cima no marcador, Fernando Andrade que tinha substituído Brahimi, lançado por Herrera, correu meu campo e na cara de Svilar, fez o terceiro, acabou com qualquer esperança benfiquista, colocou o F.C.Porto na final do próximo sábado.
Tudo somado, repito, vitória justa, resultado demasiado pesado para o SLB. A diferença mínima espelharia melhor o que foi o jogo.

A arbitragem:
Porque sou sério e coerente, digo para o lance que daria o empate a dois, aquilo que digo sempre, em caso de dúvida, beneficia-se o atacante. Portanto, o golo devia ser validado.
Mas este critério deve ser seguido por todos os árbitros, VAR, em todos os jogos, os analistas e comentadores, em particular os de arbitragem, devem tê-lo bem presente quando analisam e comentam. Ora, não é assim, como nós bem sabemos, vão variando ao saber de certos interesses e as análises são vergonhosas, sem critério nem coerência. Três exemplos:
Quando na Luz foi invalidado um golo ao Portimonense no final do jogo e que daria o empate a dois, porque o jogador dos algarvios tinha o pé uns milímetros adiantado, o célebre, aguenta, aguenta, protagonizado por Fábio Veríssimo, os analistas acharam muito bem - curiosamente, Fábio Veríssimo foi o VAR de ontem e de repente, o herói da época passada e que tão elogiado foi porque teve olho de lince e disseram os propagandistas, foi milimétrico, mas era fora-de-jogo, a decisão evitou que a verdade desportiva fosse prejudicada, agora é arrasado.

Quando na meia-final da Taça da Liga da época passada, no jogo entre F.C.Porto e Sporting, o VAR, Artur Soares Dias, invalidou um golo a Soares, num lance muito duvidoso, até hoje ninguém conseguiu provar a irregularidade, não houve polémica, mesmo que na dúvida se tenha prejudicado o atacante, mesmo que a decisão possa ter evitado a conquista da Taça da Liga pelos Dragões.

No último D.das Aves - F.C.Porto, para concluírem que o golo do campeão foi mal validado, andaram de repetição em repetição, analisaram com uma lupa, a interpretação do protocolo variava de uns para os outros, quando se o critério de análise fosse o mesmo utilizado no lance de ontem, era golo, ponto.
Concluindo, repito: quem analisa e comenta tem de ser coerente, ter um critério uniforme, não pode ser intelectualmente desonesto, analisar e comentar ao sabor dos interesses do clube do regime.

Quanto às reacções de Vieira e do Benfica, só pode ficar surpreendido quem não conheça o que aquela casa gasta. Eles de há muitos anos a esta parte, são assim, não sabem perder... nem ganhar! Quem não se recorda das declarações da saídas da comunicação do SLB, extrapoladas e destacadas pela sua principal caixa de ressonância, o chiqueiro da queimada, a classificação está aldrabada pelos árbitros; não precisámos de mudar de treinador, temos é de mudar de árbitros; o título do F.C.Porto foi um tributo dos árbitros; e, a cereja no cimo do bolo, Vieira a declarar, com a desfaçatez que o caracteriza, o campeonato teve jogos viciados, num ano, pasme-se, em que ficou em 4º lugar a mais de 20 pontos do 1º?

Mais, ver Vieira a falar de árbitros condicionados, ameaçados ou pressionados, só dá vontade de concluir que ele se estava a ver ao espelho. Quem não se recorda dos vários casos de adeptos do Benfica condenados em tribunal por agressões e ameaças a árbitros? Da agressão por um adepto a Pedro Proença? Da invasão, com agressão a um árbitro assistente, na Luz? Ou as ameaças a Jorge Sousa e à sua família? É preciso ter uma grande lata, graves problemas de memória, não ter um pouquinho que seja de pudor, a mínima noção do ridículo.

Disse aqui na época passada e quando do escândalo da década e que foi o golo invalidado a Herrera, por fora-de-jogo de Aboubakar, com o camaronês em jogo mais de dois metros, caso fosse ao contrário caía o Carmo, a Trindade, a Torre dos Clérigos, o futebol português pegava fogo, tínhamos falatório para muitos anos. Basta ver as reacções após o jogo de ontem, o histerismo que tomou conta de algumas programas televisivo, onde os Catarros, Baptistas, Aguilares e afins, todos como sabemos muito isentos e equidistantes, comentam, para concluirmos que estava coberto de razão.

Xistra pode ter errado, mas errou para os dois lados. Se quiser analisar com o mesmo critério do Benfica e da sua máquina de propaganda, também encontro razões de queixa e não é apenas em um lance, há pelos menos três. Penalty sobre Corona, braço de Seferovic no empate a um, amarelo que seria o segundo, por mostrar ao internacional suíço.
Como seria de esperar, hoje os mesmos chiqueiros de sempre, lá estão a dar eco e apregoar o que da jeito ao SLB. E aqui, hoje como no passado mais ou menos longínquo, a pocilga da queimada leva a bandeira.

Para todos aqueles que acham que exagero na forma como trato A Bola, fica a capa do dia seguinte à única derrota sofrida pelo F.C.Porto de Vítor Pereira, em jogos do campeonato. Foi em Barcelos e os Dragões foram escandalosamente prejudicados por uma deplorável arbitragem de Bruno Paixão.
Podia mostrar mais algumas, mas não vale a pena, comparem, por exemplo, com a capa de hoje e digam-me se estes critérios editoriais não são prostituição jornalística, são o quê? Como se deve tratar gente desta? Com panhinhos quentes, ignorando, ou denunciando aquele bando de vendilhões do templo, ratos de sarjeta, que tanto mal fazem ao F.C.Porto e ao futebol português?

PS - A decisão estava tomada, era para ter acontecido há mais tempo, foi sendo adiada, mas é o momento de informar os meus amigos e os clientes do tasco que a partir de agora não há mais crónicas de jogos, esta foi a última.

Com o aviso que o conteúdo não é recomendado a pessoas com estômagos sensíveis, deixo uma prova do que é o Benfica de Luís Filipe Vieira - AQUI. A criatura chama-se Valdemar Duarte.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset